Capítulo 19

21 3 2
                                    

Ele me pegou no colo e me levou rapidamente em direção à casa. Estávamos cerca de duzentos metros de distância.

Ele me deitou na cama de um dos quartos e depois deitou do meu lado. Suas mãos seguravam minhas nádegas e me puxavam cada vez mais para perto dele, eu podia senti-lo por inteiro. Sua boca, macia e carnuda me beijava com ferocidade. Ele me colocou em seu colo e me observou com atenção enquanto eu tirava a blusa, e depois o sutiã. Seu olhar no meu corpo era de tirar o fôlego.
"Eu te amo", sussurrei no seu ouvido. Ele agarrou meus cabelos por trás e me puxou na direção do seu rosto. Seus lábios preencheram os meus. Ele pôs seu corpo por cima do meu, estava apenas de cueca. Ele terminou de se despir e me atacou novamente.
Quando o senti dentro de mim, meus dedos apertaram o lençol da cama com tanta intensidade que perderam a cor.
"Ally", ele sussurrou meu nome. "Como eu preciso de você". Martin era exatamente o que eu precisava. Me completava em todos os sentidos. Era atencioso, protetor, cavalheiro e romântico, mas na cama, era de superar qualquer expectativa.

Acordei acolhida nos braços de Martin, ele dormia como um anjo. Com a mão direita dobrada embaixo de sua cabeça, a outra me abraçava. Me levantei com cuidado para que ele não acordasse.
Abri a porta da sala e as cortinas para que o sol iluminasse o ambiente.
Observei as ondas baterem nas vigas que sustentavam a varanda, e depois voltarem lentamente. Era um lugar lindo, praticamente deserto.

Coloquei um biquíni, azul da cor do mar. Me olhei no espelho enorme que havia na parede da sala e gostei do que vi. Eu tinha seios médios, barriga chapada e uma bunda avantajada. O biquíni azul de bordas costuradas com pedras coloridas realçou a beleza do meu corpo. Costumava não deixar tão amostra minhas curvas, mas depois de me olhar daquela forma no espelho, refleti que talvez eu estivesse deixando algo tão bonito escondido.

— Está pensando em curtir o mar sem mim?
Martin apareceu atrás de mim com sua voz rouca. Seus cabelos estavam bagunçados e sua cara amassada. Mas continuava lindo, era ainda mais sexy depois que acordava.
Eu me virei e lacei meus braços em seu pescoço.
— Você dormia tão bem. Não queria acordar.
Ele analisou meu rosto por um tempo. Depois deu um passo pra trás e me observou dos pés à cabeça.
— Meu bem, você é tão gostosa. — Ele deu seu sorrisinho malicioso.
Sorri e dei um tapa em seu ombro.
— Coloque uma sunga e vamos aproveitar o sol e depois dar um mergulho.
— Pensei que tinha me dito que não gostava de sol e tinha alergia a água salgada.
Olhei feio para ele, que me lançou um sorriso de lado.
— Mudei de ideia.

Me garanti de passar a maior quantidade de protetor solar possível. Minha pele era muito branca e sensível e quase não entrava em contato com o sol. Já a de Martin era corada, com um bronzeado divino.
Coloquei um lençol por cima da areia para que pudéssemos deitar.
— Passa esse óleo bronzeador, sua pele vai ficar ótima. — Martin esticou o frasco na minha direção.
— Minha pele vai ficar irritada.
— Não vai.
Passei o óleo a pedido dele e me deitei na direção do sol, Martin fez a mesma coisa. Seu corpo todo bronzeado, reagindo da melhor forma diante da luz solar. Eu não me cansava de admirá-lo.
— Vamos entrar na água? — Pedi.
Ele sorriu e assentiu.
Deixei que a água molhasse meu corpo e relaxei. Eu realmente não imaginava o quanto era maravilhoso a sensação de estar em contato com o mar. Me arrependi amargamente das vezes em que me recusei de ir à casa de praia quando meus pais me chamavam. Odiei uma coisa sem se quer ter experimentado.
As mãos de Martin me abraçavam, enquanto as ondas iam e vinham.
— Estou com fome. — Ele disse.
— Eu também.
— Vem. — Ele saiu da água. — Vamos achar um restaurante por aqui.
Fomos à casa. Vesti só um vestido de saída de praia por cima do biquíni e ele vestiu uma bermuda.

O que encontramos não foi bem um restaurante convencional. Era de uma família de havaianos, serviam uma comida diferenciada, que vinha do seu país.
Como não conhecíamos nenhum dos pratos e não sabíamos o que escolher, pedimos a sugestão da casa. Nos serviram tomate com peixe triturado, uma delícia, realmente. Mas o que mais me deixou com água na boca foi o manjar de coco.
Uma menina muito simpática nos servia. Ela era magra, morena e com o cabelo preto, liso e escorrido até nas costas. Parecia ser um pouco mais nova que eu. Usava um vestido longo amarelo e florido e uma flor branca enfeitando o cabelo. Seu nome era Ohana, fez questão de se apresentar assim que chegamos.
— Ohana?!
Martin disse, esperando que ela confirmasse se ele tinha acertado seu nome. Ela sorriu e balançou a cabeça.
— Sabe nos dizer onde tem um bom lugar para curtirmos a noite?
Ela pensou um pouco.
— Costuma ter um happy hour em uma bar noturno à três quadras daqui.
— Obrigada. — Sorri.
Ele pagou a conta e na saída ela nos deu dois doces em formato de flores.
— Por conta da casa. — Ela sorriu e nos entregou os doces. — Volte sempre.

Fases da LuaOnde histórias criam vida. Descubra agora