Capítulo 24

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- Não sei não, Ally. Não gostei desse sapato com esse vestido. - Bea se olhou no espelho do seu quarto. - Na verdade, não gostei do vestido.
Também a olhei pelo espelho. O vestido estava lindo, mas realmente os sapatos não estavam combinando.
- Não. O vestido está lindo. Não troque.
Caminhei até seu enorme closet e procurei nas sete prateleiras de sapatos algo que pudesse combinar com o vestido.
Encontrei uma sandália com um salto alto e bem fino da cor vermelha, com tirar cruzadas na parte da frente. Iria combinar perfeitamente com seu vestido preto justo, na altura do joelho e com a gola alta, mas sem mangas.
- Experimenta esse. - Entreguei os sapatos à ela.
Ela analisou e balançou a cabeça.
- É. Ficou melhor. Mas estou um pouco desconfortável.
- Seu estilo é um pouco diferente desse, entendo. Mas hoje é um show especial. Deve caprichar.
Ela assentiu.
Bea havia me pedido ajuda para arrumá-la. Pois era quinta-feira, o dia em que abririam o show da banda Red Wave.

Campainha tocou. Bea pediu para que eu atendesse, pois ela estava terminando de se maquiar.
Era Petterson.
- Oi. - Ele me abraçou.
Meu amigo estava vestido maravilhosamente bem, usava um suéter azul com gola v, uma calça esquine preta e um sapato social da mesma cor da calça.
- Uau. Que arraso! - Eu disse.
Ele sorriu.
- Ah, Ally. Você também está estonteante.
Eu também estava de vestido, ele era azul petróleo, largo em cima e justo em na parte da saia. Usava jóias da cor prata e uma sandália alta preta com detalhes pratas.
- E os meninos? Estão prontos?
- Ah. Estão. Eles pediram que eu viesse buscar vocês.
Só então me dei conta que havíamos demorado mais de uma hora.

Apressei Bea e então fomos ao encontro dos meninos.
Quando saí para ir ao apartamento de Bea, Martin ainda não tinha se arrumado. Me surpreendi ao ver meu namorado, estava encantador. Vestia um colete social vinho com cinza, um blusão branco por baixo e uma gravata preta. Uma calça jeans escura e um sapato preto incrementavam mais​ com um ar despojado. Seus cabelos macios estavam penteados para trás. Minha boca secou ao admirá-lo. Sua beleza jamais se compararia com nenhuma outra.

Sr. Tobias interfonou, dizendo que o carro estava à nossa espera. O empresário da banda fez questão que tivéssemos um carro para nos levar e trazer.
Ficamos perplexos ao ver que o carro era uma limousine luxuosa. Com drinks e músicas durante todo o trajeto. Serviu para aliviar um pouco a tensão dos meninos.

Chegamos cerca de cinquenta minutos antes da hora prevista pro show começar.
A casa de shows era grande, espaçosa e bem aconchegante. O palco era bem no centro do espaço. As pessoas ficariam em volta. Havia também espaços exclusivos na parte de cima, bem perto do palco. Foi para lá que eu e Petterson fomos encaminhados.
Em tempo em tempo iam até nós garçons servindo bebidas e petiscos.
Os meninos estavam no centro do palco arrumando os equipamentos.

- E agora, como show de abertura, a banda Moon Phases. - Uma voz ecoou das caixas de som.
A banda se posicionou e começaram o show.
No começo, as pessoas estavam quietas, apenas analisando o som dos meninos. Mas depois, começaram a se envolver com a música, e até cantavam juntos quando eram músicas conhecidas.
Eles pareciam estarrecidos quando Bea puxou a minha canção e de Martin, Moon Phases, que também dava o título da banda, em homenagem a banda The Splinters. Era a única música que Martin cantava. Ele puxava o refrão com sua voz rouca e doce ao mesmo tempo. Ele não podia me ver, estava abaixo de mim. Mas seus olhos diziam que ele cantava pra mim, apenas pra mim.

- Vocês mandaram super bem. Parabéns.
Petterson disse quando os meninos nos encontraram na área reservada.
- Parabéns, amor. - Beijei Martin com leveza. - Foi um belo show.
Ele sorriu e retribuiu meu beijo amoroso.
Continuamos por lá e assistimos o show da banda Red Waves. Eles eram sensacionais no rock. Deixavam todos extasiados. A banda era formada por três irmãos: Gustavo, Emerson e Edgar. Todos loiros, de olhos verdes, bem magros e com belos penteados.

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