Capítulo 27

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Petterson passou com Alfredo na minha casa para me buscar às seis em ponto.
Ao passar na portaria, cumprimentei o sr. Tobias e fiz questão de apresenta-lo à Petterson.
— Prazer, mocinho. — Ele apertou a mão de Petterson, sorridente. — Você tem uma ótima amiga.
— Ah, tenho sim. — Ele sorriu.
Tiffany passou por nós, ela saía do prédio. Nos olhou com uma cara de nojo e nos esbarrou de propósito.
— Sua lacraia siliconizada, não está nos vendo aqui? — Petterson gritou.
Ela olhou para trás e deu um sorrisinho maligno.
Ele foi do elevador até a cobertura falando dela, se irritou mais ainda quando informei que a figura petulante era Tiffany, a meretriz que tentou destruir a vida de Martin.
— Oi. — Bea sorriu quando abriu a porta.
Martin e Marco estavam lá. Faziam o trabalho pesado de pendurar algumas coisas no teto e acender as luzes coloridas.
Eu, Bea e Petterson arrumamos as mesas na varanda, onde seria a festa. Uma vista linda pra toda a cidade. Enfeitamos também o local com as coisas que havíamos comprado. Montamos um painel onde iríamos tirar fotos.
Por volta das oito horas a cozinheira chegou, na ajuda de alguns funcionários, com as comidas e frios. A bebida ficaria por conta do barman.
Depois de tudo pronto, fomos nos arrumar. Para facilitar, me arrumei na casa de Martin. Pois seriam muita gente para se trocar na casa de Bea, além dela, ainda tinha Marco e Petterson.

Meu namorado elogiou minha saia justa preta com um cropped preto e branco listrado. Ele escolheu os sapatos e as jóias.
Ele também estava fascinante com sua jaqueta de couro preta, uma blusa branca por baixo e um jeans rasgado.
— Uau. — Eu disse. — Você está maravilhoso, meu amor.
Ele sorriu de lado e beijou minha testa.
— Nada se iguala a sua beleza, meu bem.

Chegamos na cobertura e já haviam algumas pessoas. Caio chegou logo depois de nós.
— Oi. — Abracei-o.
Ele era bem tímido e reservado, não gostava muito de estar no meio de muitas pessoas. Mas Bea com certeza soube convencê-lo.
— Mag não vem? — Petterson perguntou.
— Ela disse que viria.
Não chamamos muitas pessoas. Mas tinha bastante gente. Marco disse que pessoas estavam ligando e pedindo para entrar. Bea foi bem precavida e conseguiu distribuir pulseiras para os convidados, que  foram no máximo vinte pessoas. Sr. Tobias só deixava subir quem tinha a pulseira. Mas algumas pessoas conhecidas dos meninos ligavam e perguntavam se podiam entrar. Como tinha bastante comida e bebida, ela autorizou a entrada.
Mag também não tinha pulseira, então disse para ela me ligar quando estivesse na portaria que eu iria busca-la.

Quando Mag me ligou, eu estava com uma bandeja de canapés na mão para servir. A única pessoa que eu conhecia que estava próxima de mim naquele momento, era Kevin.
— Kevin. — Chamei-o. Ele olhou. — Pode servir esses canapés para mim? Preciso buscar uma amiga lá embaixo.
— Tudo bem. — Ele sorriu.
Era uma das poucas vezes que ele sorriu para mim. Fiquei muito surpresa. Mas fui rapidamente buscar Magda.
Quando chegamos, vi Tiffany na porta, tentando entrar.
— Saia daqui. — Eu disse.
Ela me olhou assustada. Acho que ela não imaginaria me ver ali.
— Fiquei sabendo que tinha uma festa aqui. Mas até perdi a vontade de entrar só por olhar sua cara de mosca morta.
Magda arregalou os olhos.
— Você pensa que está falando com quem, garota? — Mag se meteu. — Olhe bem pra você, toda montada no silicone. Agora olhe para minha amiga, bela e deslumbrante sem precisar de nenhuma intervenção cirúrgica. Quem é a mosca morta mesmo?
Tiffany levantou as sobrancelhas e encarou Mag com deboche.
— Acho que é você, sua gorda.
Mag foi pra cima dela mas eu consegui segura-la.
— Olha aqui Tiffany, não sei se sabe, mas essa cobertura é de Bea. — Dei um passo à frente e olhei firme pra ela. — E ela também não te suporta. Então cai fora.
Ela me olhou com ódio e depois saiu.
— Nossa, que vadia. — Mag disse depois que ela saiu. — Quem é?
— Tiffany, uma ex namorada de Martin.
Peguei em sua mão e passei por duas pessoas que se agarravam do lado de fora e entrei.
Se na cobertura houvessem mais apartamentos, com certeza teriam reclamações. Mas só tinha o de Bea. Só mostrava o quanto ela era poderosa para poder bancar uma cobertura inteira sozinha.

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