A vida de todo mundo muda, quando você começa a se acostumar a vida te dá uma chacoalhada, a minha chacoalhada foi maldosa, meus pais morreram, tudo o que eu tinha, o resto da família era um bando de nariz em pé e não tinham nada, se gabavam pelo dinheiro que meu pai tinha, e que ele conseguiu com muito esforço, mas ele havia ido e minha mãe também e eu fiquei; Meu nome é Diego tenho 16 anos, e hoje estou indo pros Estados Unidos morar com minha tia, ela é a única sensata da família e a única que eu realmente gosto, quando pedi pra morar com ela, ela não hesitou, falou que me queria lá, eu estudo inglês desde pequeno e já viajei várias vezes pra lá, então língua não seria problema pois sou fluente, o problema é que mudar de um país do outro não era simples, o fato está aí, eu vou sair do Brasil pra morar no Estados Unidos, quando pensava nisso meu coração parava, eu vou deixar meus amigos, minha casa, meu curso de teatro e meu namorado, isso mesmo sou gay e nunca tive problemas com isso e meus pais também não e muito menos minha tia, eu tenho uma história com o Henrique, meu namorado, ele é tudo pra mim, mas vou deixá-lo.
Eram 6:00 da manhã e eu estava no aeroporto, meu vôo saíria as 7:00; 6:30, fui para o portão de embarque, fiquei na sala de espera por 15 minutos, coloquei meus fones e fui ouvindo minhas músicas, dormi várias vezes, eram 10 horas de viagem até Nova York, e depois pegar outro avião até a Califórnia e de lá uma viagem de 6 horas até Shadow Falls, a cidade onde minha tinha mora, eu só fui lá 2 vezes e me lembro pouco, eu tinha 8, 10 anos. Nessa época tudo estava muito frio, quando pousei em Nova York tive que abrir a mala pra pegar um casaco e um cachecol, fiz a conexão até a Califórnia e fui para Shadow Falls, Quem foi me pegar foi o filho da minha tia, ele tinha 17 anos, eu iria tirar minha carteira de motorista logo, minha tia ia me legalizar no país, mas isto é só burocracia.
-Eu não estou acreditando que vim morar aqui. Eu disse para Jason.
-Pois é, cada um tem uma realidade. Ele sorriu, ele era bonitinho, típico rosto americano, branco, olhos azuis, e cabelo claro, tinha um belo corpo.
-Espero gostar da cidade, podemos sair anoite, pra eu conhecer.
-Até poderíamos, mas agora minha mãe não está me deixando sair anoite, só hoje que vim de buscar.
-Porque?
-Está rolando algo estranho na cidade.
-Tipo...
-Está tendo uns ataques, muitas pessoas estão morrendo, já foram 17 nos últimos 4 meses, e sempre acham os corpos no bosque.
-Ual, tem um assassino na cidade, então podemos conhecer a cidade de dia?
-Contanto que você não me faça ir na floresta.
-Ok, não farei, mas vá rápido porque está anoitecendo.
-Estamos chegando.
Eu cochilei e acordei com Jason me chamando.
-Bem Vindo ao lar.
Eu levantei a cabeça e olhei pra fora, já estava anoite, saí do carro e ajudei Jason pegar as malas, ainda bem que todas eram de rodinhas, a casa era branca, dois andares, e grande, meu pai deu dinheiro á minha tia para compra-la, após se separar do marido minha tia passou muita coisa, e meu pai ajudou, enfim a casa era bonita e o bairro não era qualquer um, era classe média. Eu parei na porta e Jason abriu, ela estava lá me esperando, eu corri e a abracei.
-Tia Elizabeth que saudade.
-Nossa e muita, Todo esse tempo se falando só por e-mail, telefone e Skype, e nada de contato físico. Ela me disse ainda me abraçando. -Mas teremos todo o tempo do mundo pra matar a saudade.
-E muito tempo mesmo.
-Oh querido, eu sinto muito, seu pai era tudo o que eu tinha, da minha família, agora só resta você, que é como um filho.
-Obrigado tia, você é como uma mãe.
-Espero que você esteja com fome, porque fiz uma janta especialmente pra você, sinto muito, mas vai sentir falta do arroz e feijão brasileiro, os daqui não são a mesma coisa.
-Comida é o que menos penso agora, mas estou com fome sim agora que disse.
Jantamos, eu conheci a filha dela, Brittany, ela tinha 14 anos, nos demos super bem, viramos amigos na mesma hora, minha tia adorou aquilo, ela me mostrou meu quarto, era grande, e havia uma cama de casal, um guarda roupa, uma escrivaninha que na frente tinha uma janela, e o melhor de tudo um banheiro só pra mim, minha tia disse que eu poderia decorar do meu jeito com o tempo; desarrumei a mala e comecei a dar os meus toques no quarto, eu trouxe meu Notebook e já o coloquei na escrivaninha, livros e outros objetos viriam pelo correio, e com o tempo e desativaria a casa onde meus pais e eu morávamos, dispensaria os empregados e traria algumas coisas, eu limparia o meu rastro do Brasil, agora eu era americano, e minha vida era essa, adeus feijoada e Ana Maria Braga.
Minha tia cuidaria de tudo pra mim, toda papelada e burocracia era ela quem cuidaria, afinal ela agora possuía a minha guarda, alguns familiares queriam minha guarda só por causa da minha herança, mas eu já tenho dezesseis e posso escolher com quem fico, e minha tia deixou claro que o dinheiro do meu pai era meu, mas é claro que eu tinha na cabeça que ajudaria ali, e o dinheiro não é pouco, se eu quisesse viver sem trabalhar poderia, mas eu iria fazer faculdade de artes cênicas, sempre foi meu sonho.
Eu tomei banho e fui pra sala, assistimos um programa de Tv que era bem engraçado, eu já estava com sono.
-Bom vamos dormir, que amanhã eu tenho muita coisa pra fazer. Disse minha tia batendo as palmas. - E Jason e Brittany tem aula amanhã, então pra cama, você também Diego, amanhã vou matricular na escola dos meninos, e você começa na segunda, amanhã preciso fazer umas compras e você vai comigo pra conhecer a cidade.
-Ok, boa noite tia e obrigado por tudo. Eu a abracei e ela me abraçou de volta.
-Boa noite, e durma bem.
-Obrigado.
Eu deitei e fiquei pensando sobre como minha vida seria agora e adormeci...
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Darkness of Love | Livro I | Romance Gay
WerewolfPara Diego, há uma coisa mais importante do que a própria vida: Eric. Mas estar apaixonado por um lobisomem é ainda mais perigoso do que ele poderia ter imaginado. Eric, já resgatara Diego, das garras de um monstro cruel, mas agora, quando o relacio...