Capítulo 13 - Try Tonight

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"... Tente esta noite, você sabe que eu estarei com você, eu estarei no seus braços, estarei segurando sua mão...".

Quando se está só são tantos os pensamentos ruins que passam em nossa cabeça, são tantas as dores relembradas, tantas cicatrizes expostas. Por amar alguém que era considerado perigoso, eu tinha que pensar em como me proteger; eu detesto ser frágil, fraco e indefeso. Não importa a situação, eu detesto chorar, detesto desabar.

Era um tarde de terça, umas 15:00, eu iria na casa de Luna. Ela me convidara pra tomar chá; tudo bem que chá não era a minha bebida preferida, mas eu gostava. Luna era excêntrica, estranha, e anormal, mas e daí? Ela era uma boa amiga, na verdade ela era uma ótima amiga. Eu amava o jeito dela ser, ela só se abria comigo, ela se recuava dos outros, ela era especial.

-Acabei de descer no ponto Luna. Falei ao telefone.

-Você ainda lembra da casa?. Ela perguntou.

-Luna quantas vezes eu já não fui aí.

-Ah não sei uma dez?

-E isso não te faz pensar que eu irei lembrar qual é a sua casa?

-Pode ser.

-E eu vou...

-Não, você não vai passar na casa de Eric porque se não você não sai mais de lá.

-Mas...

-Amanhã é o jogo do time da escola, e você me fez prometer ir com você, e eu fiz você prometer que tomaria chá comigo. Estamos quites.

-Ok.

-Fora que amanhã não tem aula e eu sei que você vai passar o dia inteiro com ele.

-Ok, pare de ser ciumenta, já chego aí.

Fui andando devagar por entre as ruas; a casa de Luna não era longe do ponto. Passe em frente à casa de Eric e fiquei tentado a dar um beijo nele, mas Luna estava certa, se eu parasse lá Eric não me deixaria ir embora, e se Elena estivesse em casa então, eu nem sairia mais de lá. Segui por três casas depois da de Eric, e logo vi o jardim de Luna; de todos os gramados, o de Luna era o mais florido. Segui pelo caminho de pedra e toquei a campanhinha.

-Olá. Ela disse com um sorriso receptivo.

-Oi. Abracei ela.

-Entre. Ela disse. Eu entrei. –Vamos para a sala. Ela guiou e eu a segui. Havia uma mesa central entre dois sofás de três lugares e uma poltrona à esquerda.

-Chá de flor de cerejeira. Ela se sentou e eu fiz o mesmo.

-Nunca tomei. Ao terminar de falar a campainha tocou.

-Já volto. Ela foi atender. Ela voltou. –È pra você. Ela sorriu. Era Eric, ele estava lindo como sempre, mas bem básico, bermuda cinza, regata e descalço, eu com certeza riria daquilo.

-Senti seu cheiro. Ele sorriu e me deu um beijo.

-E você estava aonde quando passei pela sua casa?. Perguntei dando um selinho nele.

-Estava no meu quarto, jogando vídeo-game.

-E veio até aqui descalço?. Eu ri.

-Ah eu pensei que como só te daria um oi, não precisava me arrumar tanto. E porque você passou pela minha casa e não foi pelo menos me dar um beijo?

-Luna não deixou.

-Bom uma coisa nós descobrimos, o faro do lobisomem é ótimo. Luna disse encarando uma tortinha de cereja. –Gosta de chá Eric?

Darkness of Love | Livro I | Romance GayOnde histórias criam vida. Descubra agora