3º PASSO - PERSONAGENS

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Elementos de uma Narrativa

Agora iremos falar um pouco sobre os personagens que povoam as nossas histórias.


Personagem

O personagem é um dos principais elementos da sua narrativa, se não o mais importante, porque algumas histórias são contadas inteiramente focadas no personagem (estrutura narrativa).

Antes de mais nada, esqueça o fato de construir personagens perfeitos, os melhores personagens são imperfeitos como nós mesmos e isso gera o nosso envolvimento o nosso interesse em os conhecer ao longo da história. Quanto mais imperfeitos e complexos os personagens forem mais oportunidades teremos de criar uma história interessante e original.

Todos os personagens que despertam nosso interesse tem algo em comum. Você percebe que há algo de interessante a ser descoberto sobre eles os mais importantes estão abaixo:

· Algo relacionado à sua vida emocional talvez como eles se sintam ou pensem;

· Algo pessoal, como eles se comporta ou se relaciona com as pessoas e com o mundo ao seu redor;

· Algo social, talvez o seu papel político ou cultural que ele desempenha ( talvez ele seja um rei, um político, ou até um chefe de família,). Mas não devemos imaginar que somente os altos papeis sociais dão boas histórias, o soldado raso em uma guerra, a filha rebelde, ou até o cachorro da família podem contar uma boa história;

· Ou uma combinação entre as três.

  · O personagem deve ser empático. O leitor tem que compreender os objetivos dos personagens (não necessariamente gostar). Isso fará o leitor entender porque o vilão esta matando do mundo se ele estiver fazendo isso para salvar seus filhos.


Arquétipos. O estudo dos arquétipos do Jung, especialmente filtrada a partir da leitura de "A Jornada do Escritor", de Christopher Vogler, pode nos ajudar a ter ideias para personagens.

Observe pessoas reais. As pessoas são as matérias-primas de nossas histórias. Imite-as.

Poucos personagens. O escritor e roteirista José Louzeiro ensinava que devemos ter poucos protagonistas – no máximo quatro. Quanto menos personagens, mais marcantes eles se tornam. Muitos personagens confundem a narrativa e diluem a atenção do público. É lógico que numa saga você pode ter dezenas de personagens, mas secundários.

RPG como laboratório. O RPG (especialmente quando você atua como Mestre) nos dá a prática de criar e apresentar histórias em tempo recorde e testar situações. O curioso é que as melhores histórias nascem assim, da improvisação. É a analogia do relógio. Aqui, você é OBRIGADO girar a corda. E sempre acaba conseguido, de uma forma ou de outra.

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