Elementos de uma Narrativa
Agora iremos falar um pouco sobre os personagens que povoam as nossas histórias.
Personagem
O personagem é um dos principais elementos da sua narrativa, se não o mais importante, porque algumas histórias são contadas inteiramente focadas no personagem (estrutura narrativa).
Antes de mais nada, esqueça o fato de construir personagens perfeitos, os melhores personagens são imperfeitos como nós mesmos e isso gera o nosso envolvimento o nosso interesse em os conhecer ao longo da história. Quanto mais imperfeitos e complexos os personagens forem mais oportunidades teremos de criar uma história interessante e original.
Todos os personagens que despertam nosso interesse tem algo em comum. Você percebe que há algo de interessante a ser descoberto sobre eles os mais importantes estão abaixo:
· Algo relacionado à sua vida emocional talvez como eles se sintam ou pensem;
· Algo pessoal, como eles se comporta ou se relaciona com as pessoas e com o mundo ao seu redor;
· Algo social, talvez o seu papel político ou cultural que ele desempenha ( talvez ele seja um rei, um político, ou até um chefe de família,). Mas não devemos imaginar que somente os altos papeis sociais dão boas histórias, o soldado raso em uma guerra, a filha rebelde, ou até o cachorro da família podem contar uma boa história;
· Ou uma combinação entre as três.
· O personagem deve ser empático. O leitor tem que compreender os objetivos dos personagens (não necessariamente gostar). Isso fará o leitor entender porque o vilão esta matando do mundo se ele estiver fazendo isso para salvar seus filhos.
Arquétipos. O estudo dos arquétipos do Jung, especialmente filtrada a partir da leitura de "A Jornada do Escritor", de Christopher Vogler, pode nos ajudar a ter ideias para personagens.
Observe pessoas reais. As pessoas são as matérias-primas de nossas histórias. Imite-as.
Poucos personagens. O escritor e roteirista José Louzeiro ensinava que devemos ter poucos protagonistas – no máximo quatro. Quanto menos personagens, mais marcantes eles se tornam. Muitos personagens confundem a narrativa e diluem a atenção do público. É lógico que numa saga você pode ter dezenas de personagens, mas secundários.
RPG como laboratório. O RPG (especialmente quando você atua como Mestre) nos dá a prática de criar e apresentar histórias em tempo recorde e testar situações. O curioso é que as melhores histórias nascem assim, da improvisação. É a analogia do relógio. Aqui, você é OBRIGADO girar a corda. E sempre acaba conseguido, de uma forma ou de outra.

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Dicas para o seu Primeiro Livro
Non-FictionAqui estão alguns ensinamentos que absorvi durante alguns anos estudando sobre como contar boas histórias. Alguns textos são frutos de minhas anotações sobre vários conhecimentos que encontrei durante minhas pesquisas, outros apenas reproduções (co...