Capítulo 29

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-Eu também estou com saudades mãe. - Apoiei o celular sobre o ombro e o pressionei com o ouvido, enquanto colocava alguns copos descartáveis em cima da mesa que estava na sala de estar.

-E de que horas vocês vão pegar o voo para virem pra cá? Aquele menino que é irmão da Laura também virá? - Perguntou parecendo curiosa.

-Sim ele também vai, mãe... Eu já disse a senhora que o nosso voo sai às cinco horas da manhã. - Corri para a cozinha e peguei uma bandeja recheada de brigadeiros, voltei rapidamente e a coloquei sobre a mesa.

-Querida não acha que é muito cedo? Você acha mesmo que esse é um bom horário para pegar um voo? - Demonstrou preocupação.

-Sim, é um ótimo horário, vai dar tudo certo mãe não precisa se preocupar. Eu garanto que vamos chegar aí em segurança.

-Tá filha, seu pai mandou dizer que está com saudades.

-Diz pra ele que logo vamos nos ver. - Digo sorrindo.

-Pode deixar que eu vou dizer.

-Agora tenho que ir mãe, eu tenho que arrumar algumas coisas aqui no apartamento.

-Então tchau meu amor, até logo. - Se despediu.

-Até logo. - Me despedi também e guardei o celular.

-Isa, será que dá pra você nos ajudar aqui? - Jéssica perguntou enquanto colava algumas letras feitas de emborrachado na parede com fita adesiva.

-Em que posso ajudar?

-Você não acha que esse nome "Parabéns" está torto? - Arqueou uma sobrancelha. Encarei as letras que diziam:

Parabéns Pierry

E analisei bem, realmente a palavra Parabéns estava torta.

-Jéssica eu já disse que não está torto. - Esther falou antes de mim. Ela estava ajudando a Jéssica com as colagens das letras.

-Está sim! - Jéssica retrucou com irritação.

-Não está! - Esther se zangou. Revirei os olhos. Eu, as meninas e os garotos, resolvemos organizar uma festa surpresa para Pierry no meu apartamento, pois ele estava completando vinte e quatro anos e nós queríamos preparar uma coisa especial, principalmente eu.

-Eu já disse que está! - Jéssica exclamou.

-Vocês querem parar por favor?! Que droga. - Bufei me sentando no sofá.

-É... Não precisam discutir, todo mundo sabe que está torto. - Guilherme disse se sentando ao meu lado.

-Não está torto, vocês é que são cegos. - Esther deu de ombros. -Luan, você não concorda comigo? - Perguntou encarando-o.

-Me desculpa amor, mas eu acho que está torto sim. - Luan respondeu fitando as letras e pendendo a cabeça para o lado. Esther revirou os olhos. Luan ainda não havia voltado a falar normalmente com o Cauã, mas ele não deixou que isso interferisse na amizade entre ele e todos os outro. A Esther ainda estava um pouco chatinha, mas dava para suportar.

Espaço Em Branco - Em revisãoOnde histórias criam vida. Descubra agora