Espaço Em Branco - Em revisão

Capítulo 30

Pierry Narrando

O tempo parecia que se tornava mais frio a cada minuto que passava, Isabella estava abraçada a mim no intuito de se aquecer, enquanto a Laura ficava ao nosso lado escutando música em seus fones de ouvido e cantarolando sem parar. Estávamos na parte de trás de um taxi à caminho do aeroporto e a minha ansiedade em conhecer os pais da Isa apenas crescia, a minha cabeça não parava de indagar se eles realmente iriam gostar de mim ou se iriam desejar que as férias acabassem o mais rápido possível para que eu fosse embora logo, mas o que mais estava me irritando dentro daquele carro, era a Laura que não parava de cantarolar uma música da Taylor Swift.

-Shake, Shake, Shake, Shake off, Shake off... - Ela balançava a cabeça no ritmo da música.

-Laura, será que dar pra você parar de cantar essa música? Ninguém merece. - Digo com irritação, mas ela acaba não me escutando por conta dos fones.

-Eu acho que ela não te escutou, meu amor. - Isabella disse em um bocejo. Eu aproximei a minha mão dos fones da Laura e os puxei rapidamente, fazendo com que saíssem de seus ouvidos de uma só vez. Ela me fitou como se fosse me fulminar com os olhos.

-O que é que você quer Pierry? - Perguntou com indiferença.

-Eu quero que você pare de cantar só por um segundo.

-Me desculpa maninho, é que eu estou ansiosa e essa é a única forma de amenizar a minha ansiedade. - Colocou uma das partes do fone no ouvido esquerdo e ficou segurando a outra parte.

-Parece que só quem não está com muita ansiedade aqui é você, meu bem. - Acariciei os seus cabelos. E era verdade, a Isabella era a única que não estava demonstrando muita ansiedade entre nós.

-É que eu estou sentindo mais sono do que ansiedade. - Deitou a cabeça sobre o meu peito e fechou os olhos.

-Você é mesmo uma preguiçosa Bellinha. - Laura riu fraco. Isabella adormeceu e acabou não ouvindo o que a Laura havia dito.

-Acho que ela não te ouviu, sua ruivinha sem graça. - Brinquei encarando-a. Ela me olhou poupando o fôlego como se estivesse espantada.

-Me chama assim de novo e eu vou contar pra mamãe. - Me ameaçou apontando o dedo indicador para mim.

-Você ainda tem a velha mania de contar as coisas para a mamãe? - Fiquei rindo.

-Não, eu também conto as coisas para o papai. - Falou esnobe.

-Quando você fala assim fica parecendo uma mimada.

-Eu não sou mimada. - Cruzou os braços.

-É sim, você é muito mimada. - A provoquei com um sorriso debochado.

-Eu não sou mimada Pierry! Você que é um filhinho de papai. - Entronchou a cara.

-Eu que sou um filhinho de papai?! - Gesticulei com as mãos apontando para mim mesmo. -Você que é uma sardenta mimada! - Franzi os lábios. Ela me encarou arregalando os olhos.

-Agora você vai ver só! - Laura partiu pra cima de mim e começou a me transferir tapas e também pequenos socos. Eu comecei a gargalhar e a pedir para que ela parasse, mas quanto mais eu gargalhava, mais ela me batia.