Capítulo 25

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Estávamos dentro de um taxi á caminho do hospital, Pierry apertava cada vez mais a minha mão enquanto as expressões de medo e preocupação tomavam conta dos nossos rostos. As ruas e avenidas pareciam não ter fim, estavam escuras e vazias por conta do horário da noite. Luan seguia em silêncio sentado no banco ao lado do motorista. Eu não parava de pensar sobre o estado de saúde de Laura e Guilherme. Como será que eles estão? Será que a Laura vai ficar bem? A minha preocupação aumentava a cada minuto. O carro começou a se aproximar de um grande edifício.

-Esse é o hospital, pode estacionar na frente. - Disse Luan para o motorista. Ele estacionou e nós descemos do carro. Entramos no hospital e caminhamos rapidamente para a recepção hospitalar, no meio do caminho, vimos várias pessoas com ferimentos horríveis em cima de macas sendo levadas às pressas. Meu estomago estava começando a se revirar. Avistamos a recepcionista sentada atrás da bancada falando ao telefone e nos aproximamos dela.

-Com licença moça, você pode me dizer quais são as salas em que a Laura Miller e o Guilherme Sampaio estão? - Pierry perguntou falando apressadamente e encarando a recepcionista. Ela parou o que estava fazendo e o fitou.

-E qual o seu nome senhor? - Ela respondeu com outra pergunta abrindo uma das gavetas do balcão e pegando uma apostila que parecia conter muitas folhas.

-Meu nome é Pierry Miller. - Respondeu ele balbuciando um pouco. Ela abriu a apostila e começou a folhear algumas listas que continham nomes e documentos de pessoas.

-A senhorita Laura está na ala para pacientes que estão em estado considerado grave, na sala de número vinte e oito no segundo andar e o Guilherme Sampaio está na ala ao lado, na sala trinta e seis, também no segundo andar. - Informou ela. Um sentimento de receio e preocupação surgiu dentro de mim. Laura estava em estado grave e isso não era um bom sinal.

-Então vamos para lá. - Pierry afirmou encarando a mim e ao Luan com uma expressão de angústia. Pegamos o elevador para o segundo andar. -Droga, anda logo. - Praguejou inquieto enquanto ainda estávamos dentro do elevador. Chegando ao andar de cima, caminhamos por um longo corredor onde haviam muitas salas e também muitos enfermeiros andando de um lado para o outro, de vez em quando esbarrávamos em um deles. Atravessamos uma porta dupla e nos deparamos com outro um corredor repleto de pessoas, algumas senhoras que eu não conhecia vieram na direção de Pierry quando o viram. Elas estavam chorando e pareciam amedrontadas.

-Pierry! Viemos assim que soubemos da Laura. - Disse uma delas com expressão chorosa.

-Tia Eliza! - Ele diz e abraça a mulher. -Vocês já sabem da Laura? C-como ela está? - Franziu o cenho.

-Nos disseram que ela estava passando por uma cirurgia. - Respondeu uma outra senhora. Enquanto ele falava com as mulheres, eu corri os olhos pelo lugar e notei que havia um aglomerado de pessoas em frente a uma sala que ficava um pouco distante.

-Mas quem é toda essa gente? - Me perguntei falando baixinho.

-São os familiares de Pierry. - Luan respondeu também falando em um tom baixo ao ouvir a minha pergunta. O encarei e vi que ele estava inexpressivo.

-E onde estão os meu pais? - Pierry perguntou para Eliza com solenidade.

-Eles estão na frente da sala onde a Laura está, bem ali. - Ela respondeu apontando para a sala onde estava o aglomerado. Olhei para a porta e vi que na parte de cima estava escrito:

Espaço Em Branco - Em revisãoOnde histórias criam vida. Descubra agora