No momento em que Camila foi presa pelas pernas de Lauren no chão gelado da academia e teve os pulsos pressionados acima da cabeça, rapidamente, seus sentidos entraram em uma espécie de curto circuito. Provocar a de olhos verdes era como mirar ofensas à um espelho, sempre voltava para ela. E santo Cristo, como era bom sentir toda aquela agressividade sobre si.
– Se você queria uma desculpa para me agarrar, Jauregui, era só ter entrado no meu quarto à noite.
O toque forte que prendia seus punhos ficou mais forte antes de soltá-la. Lauren se afastou com uma expressão selvagem e raivosa. Céus, aquilo a excitava ainda mais. Quanto mais arisca, mais energia na cama, era essa a regra clássica.
– Calada. – respondeu a de olhos verdes com o tom rouco que Camila já havia percebido que ela incorporava ao ficar irritada. Talvez, por isso ela gostasse tanto de vê-la assim. Era quente como o inferno, não se tinha como negar. – Eu não quero nada com você, nem aqui, nem muito menos no seu quarto.
Os lábios de Lauren diziam uma coisa, mas Camila notava que sua linguagem corporal dizia outra diversa. Os olhos verdes não desviavam da sua boca e o jeito quase nervoso como ela pisava para longe dela deixavam claro como ela já estava afetada pela breve proximidade de seus corpos. Já era além do óbvio que Lauren a queria nua desde a noite passada.
E se aquela branquela irritadinha tivesse sido esperta teria realmente aparecido em seu quarto à noite e elas teriam extravasado toda aquela agressividade com alguma prática na sua cama. No entanto, além de ignorada pela maldita bipolar, Camila sequer a tinha visto desde que voltaram ao hotel até o momento que a tinha desafiado para um mano a mano.
– Não foi o que pareceu ontem, hum? Você já sabe tão bem quanto eu que as coisas ficariam muito mais interessantes nesse nosso trabalho se você colaborasse.
Camila notou que ela havia voltado a usar a cruz de madeira com a qual já a tinha visto algum par de vezes, acessório esse que contrastava com os pingos de suor que desciam por seu torso e isso fez com que a agente da CAP a tocasse. A pele de Lauren se arrepiou, Camila obviamente se aproveitou disso e tocou-a ainda mais baixo. Sexo na academia seria ótimo para começar seu dia bem.
– Vamos lá, desse jeito você destrói meu trabalho que é quebrar essas suas regras estúpidas. Você sabe que estou praticamente um favor, docinho, só quero que sinta algo realmente intenso.
E foi quando Camila sentiu que a tinha desarmado ao ver a de olhos verdes respirar vacilante. O torso de Lauren se aproximou mais do seu e ela sentiu as unhas curtas da agente do FBI arranhando a parte de trás do seu pescoço.
Suas peles juntas eram a combinação para um ataque epilético de tesão, que acabou não durando muito. Lauren desceu a mão de sua nuca e a empurrou com um forte encostão em seu peito.
– Se você acha que é a melhor coisa que eu já tive na minha cama, melhor mudar seus conceitos, Cabello. Ser a maior galinha que já passou pela CAP não te faz foder bem, te faz ser previsível.
Espera, o que? Ela estava mesmo ouvindo aquilo da leite talhado? Quem diabos em todo céu, ou inferno, aquela arrogante achava que era para dizer que logo ela não boa de cama? Lauren claramente não tinha medo de morrer.
– E se você esperava me afetar com essa sua sedução barata depois de uma transa de uma noite, quando eu estava completamente chapada, você certamente não sabe com quem está lidando. Eu sou Lauren Jauregui, meu amor, e você não é nenhuma deusa do sexo.
Camila respirou fundo, mas sem deixar Lauren notar que aquilo a tinha pego completamente desprevenida. Ninguém era doido de recusá-la, ainda mais após já ter tido uma amostra do quão incrível na cama ela podia ser.
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Agente Cabello ♔ camren
RomanceUma investigação de tráfico internacional leva agências rivais de inteligência americana à convocarem suas duas mais renomadas agentes de campo para uma missão de reconhecimento. Foi daquela forma que Camila Cabello se viu presa à Lauren Jauregui n...