Agente Cabello ♔ camren

Capítulo 09: Drunk (?)

Notas Iniciais: Para começar quero agradecer vocês pelas visualizações e por não me ameaçarem (tanto) de morte esses meses. E já venho avisando que o capitulo vai ter continuação amanhã a tarde, e quem sabe mais um na quarta já que passei literalmente, meses, para postar. Quem aprova? Favorita ai como sim. 

Camila revisava as anotações que havia feito dos arquivos de Lemon Bishop como se fosse um universitário desesperado antes das provas finais. Ela tentava localizar a lacuna que aquelas investigações possuíam para deixar passar um erro tão grave quanto não mencionar qualquer coisa a respeito de Bishop ter uma filha. E uma que ainda por cima, além de recém graduada na Inglaterra, também namorava com uma contrabandista internacional.

A agente da CAP não queria se perder em minucias lógicas, mas parecia impossível dadas todas as diferentes possibilidades que se abriram com a informação contida naquele bilhete. Parecia que entrar no quarto da tal Verônica Iglesias não havia realmente esclarecido algo e, sim, tornando tudo mais embaçado.

No pedaço de papel sobre a mesa de centro que as separava, lia-se: Desculpe por não estar aqui quando você chegar amor, mas Bishop e eu ainda temos assuntos a tratar e infelizmente seu pai ainda é um babaca. Agora só estamos a um beijo de distância. – Lucy.

Era um conteúdo breve, mas suficiente para não deixar margem para conclusões ambíguas. Para começar demonstrava-se ali, por meio da própria Lucy Vives, que naquela noite no Tropicana havia sim algum acerto negocial entre ela e Bishop. Então elas não estavam erradas quanto a intenção do encontro dos dois. Também não se podia ignorar o fato latente de que Lucy Vives não estava ali apenas por uma garota qualquer. O próprio bilhete, escrito à mão, com aqueles papéis que se compra em floriculturas para mandar dentro de buquês demonstrava isso.

As duas deveriam ter toda uma história, por enquanto bem obscura, que deveria ser descoberta pelas duas agentes, no que fosse útil ao caso.

Mas claro, como já não era desde do início, aquele não seria uma investigação com qualquer aspecto fácil.

Ambas precisavam de novas diretrizes, informações e novas ferramentas para continuar aquela investigação multialvos. Talvez, continuar naquele hotel já não fosse tão seguro quanto antes e para isso precisavam contatar seus respectivos chefes se quisessem novas instalações.

Aquela havia sido uma sugestão de Lauren, uma que, curiosamente, Camila não se opôs. Ela estava concentrada demais alternando entre as próprias anotações com a cópia (finalmente) fornecida por Lauren, dos arquivos de Lucy Vives, para aborrecê-la de qualquer forma. Nem mesmo quando a outra agente voltou com uma xicara, do que ela considerava mato-fervido, da cozinha.

Para a agente do FBI aquilo era um alivio. Seria pedir demais que ela ficasse assim por todo o resto da missão? Não ouvir as piadinhas sem graças de Camila eram mil vezes mais relaxantes que qualquer chá de camomila.

– Estaremos dentro em 10 segundos, pode vir. – avisou Lauren com uma caneta na boca, enquanto estabilizava o ultimo algoritmo que as conectaria via satélite com a central de Washington.

Camila não respondeu, apenas pôs seu notebook de lado e deu de ombros, sentando-se ao lado de Lauren no tapete felpudo. A latina arrumava sua franja para trás com a cabeça apoiada no sofá. Ela parecia concentrada demais nos próprios pensamentos para assumir sua forma arrogante de sempre, o que fez Lauren olhá-la uma segunda vez.

A agente da CAP cantarolou de forma baixa alguns versos de uma música que Lauren não conhecia e parecia tão fora da sua usual forma irritante e sarcástica, que sequer percebeu olhar curioso que recebeu de sua parceira.