Minha Melhor Amiga.

XX:

Hoje a Mari vai me levar para a gravadora, não vejo a hora, eu ainda não me acostumei com a diferença dos fuso-horários.

Estou gostando de morar com a Mari, ela é ótima, loira dos olhos azuis, ela é meiga, realista, insensível, de vez em quando fria, mas é uma pessoa boa.

Ela sempre fica na dela, gosto dela, se não fosse pela diferença de idade e se eu fosse homem e pegava ela.

Ela tem 21 anos e eu vou fazer 18, ela é de aquário, eu sou de capricórnio. Nem tem tanta diferença de idade, só uns 3 anos.

Mas a lei fala que isso é pedofila, e ela provavelmente gosta de paus e eu de copas (DESCULPA).

Eu vou na gravadora às 16:00, falta 1 hora ainda, estou entedia, e a Mari está lendo, com sua camisa social e seus óculos, ela fica tão fofinha de óculos.

Dá vontade de apertar ela.

Subo na sala, onde ela está e me sento ao seu lado, vejo o livro que ela está lendo. Harry Potter. Eu ja li e já vi o filme, perfeito para puxar assunto:

- Não sabia que você gosta de Harry Potter.

- Não sou muito fã, mas não tenho nada de melhor para fazer. - Dói tirar o rosto do livro?

- Já assistiu o filme?

- Não.

- Vamos assistir depois juntas?

- Não.

- Por quê?

- Por quê não.

- Mari. - Deito em seu colo. - Por favor.

- Não.

- Por favor com chantilly e granulado?

- Hmm...

- E com cereja.

- Pode ser. - Ela para de ler e olha para mim.

- Eba. - Sorrio. - Depois da gravadora?

- Você tem o filme? - Ela sorri.

- Netflix.

- Boa. - Ela ri. - Tá bom aí?

- Ahm. - Riu. - Aqui está tão
bom...temos mesmo que ir para a gravadora? - Faço manha.

- Temos, hoje às 16:00 ou amanhã às 05:00.

- Retiro o que eu disse, podemos ir. - Levanto do colo.

Vou no meu quarto, visto um outra roupa, faço um rabo e desço até a garagem. Vou no banco da frente e vamos até a gravadora.

Chegamos às 15:55, não podem reclamar, chegamos mais cedo. A Mari me apresenta para todo mundo e depois pede para eu entrar na sala que eu ia cantar. Ela me deu a letra e eu começei a cantar.

Todos parecem terem gostado, isso me deixou feliz e satisfeita. Sai da sala sorrindo:

- Muito bom garota. Daqui uns 2 dias vamos mandar sua música para você, depois gravamos um álbum.

- Okey. Muito obrigada. - Sorrio.

- Mandou bem, agora podemos comemorar. - A Mari bota seu braço em volta do meu ombro.

- Como? - Digo sorrindo olhando para ela.

- Harry Potter. - Ela sorri.

- Bora.

Vamos para casa e colocamos Harry Potter na TV, a tecnologia é um máximo, rotear a Netflix na TV, melhor invenção.

Ficamos assistindo todos os filmes. Ela se vício, e eu também, de novo.
Nem vimos o tempo passar.

Depois de horas e horas da maratona Harry Potter, vou tomar banho, boto meu pijama, e começo a mexer no celular, que saudades dos meus amigos.

Boto meu celular para carregar e vou para a cozinha, estou com fome.
Pego uma maçã, subo até a sala e me deito no sofá comendo a maçã.
Como a maçã inteira e acabo dando um cochilo no sofá.

Acordo no colo da Mari assistindo TV, ela estava assistindo o noticiário, fiquei observando ela assistir, ela é tão linda, queria ser linda assim.

Ela pode ser modelo se ela quiser. Ela tem futuro:

- No que você está pensando?

- Como você sabe que eu estou acordada se você nem tirou o rosto da TV?

- Sou vidente, agora me responda. - Ela se vira para mim.

- Que você pode ser modelo. - Ela começou a rir e eu ficando corada. - Mas é sério, você é tão linda, nunca pensou nisso? - Por quê eu fui falar isso? Alguém bate na minha cara por favor.

- Você me lembra minha ex amiga. Ela falava o mesmo. - Ela ri.

- Isso é bom?

- Não sei, eu era apaixonada por ela. - Ela volta a olhar para a TV.

- O que aconteceu depois? Se você quiser contar. Claro.

- Falei meus sentimentos, quebrei a cara. Nunca se apaixone por um hétero, essa é a regra número 1 dos gays.

- Você é? - Para de fazer perguntas. - Acho que quero saber demais.

- Sou, mas não sai espalhando.

- Não vejo problema em ser, e para quem eu espalharia? Eu só conheço você daqui. - Ela ri.

- Verdade. Eu esqueci. Desculpa. - Ela volta a olhar para mim.

- Sem problemas. - Sorrio e ela sorri de volta.

- Quer assistir mais filmes?

- Pode ser, amanhã não temos nada para fazer?

- Escrever suas músicas.

- Não é tão fácil, eu só consegui criar aquela música porque...

- Se você não quiser contar, não precisa.

- Eu conto. Porque eu fui traída. Homens não prestam. - Rodo os olhos.

- Por quê você acha que eu gosto de mulheres? - Riu.

- Uma boa. - Ela ri. - Me ajuda a fazer as músicas?

- Vou ajudar no possível.

- Obrigada.

Voltamos a apresentar atenção na TV, eu não sabia que a Mari é tão gente boa, e que ela é lesbica. Não que isso mude algo:

- Quando que suas coisas vão chegar?

- Uma semana ou menos.

- Sua cama é confortável?

- Da pro gasto.

- Se você quiser, você pode dormir comigo, eu durmo numa cama de casal. Tem espaço. - Sorriu.

- Eu adoraria.

Quando voltamos aprestar atenção na TV, o noticiário já tinha acabado.
Descemos e vamos para o quarto da Mari, eu me deitei no lado direito e ela no esquerdo.

Me viro para ela sorrindo:

- Boa noite - Sussurro.

- Boa noite. - Ela sossura de volta sorrindo.

Me viro para o outro lado e durmo.