Acordo abraçada com a Mari, sinto uma sensação de conforto em seus braços, sinto sua mão passando em meus cabelos castanhos.
Olho para ela sem entender nada, e ela sorri gentilmente, não quero levar da cama, aqui está tão confortável. Me sinto segura.
Mas alegria de podre dura pouco, ela levanta da cama e eu giro para o outro lado da cama, ela ri e eu sorrindo com minha cara de sono. Me sento na cama e ela se vestindo:
- Você está babando. - Ela ri, se senta na cama com a camiseta desabotoada e limpa minha boca com a coberta. - Pronto. - Ela se levanta e termina de abotoar sua camiseta.
- Obrigada.
- Com o que estava sonhando?
- Você desfilando como modelo profissional. - Esfrego os meus olhos.
- Você não tira isso da cabeça mesmo, eu não vou ser modelo.
- Mas você tem potencial.
- E não tenho vontade.
- Chata. - Levanto da cama.
Vou até meu closet e boto uma roupa de ficar em casa, faço um coque desarrumado e vou na sala. A Mari está sentada na mesa da sala de estar com folhas e um estojo. Está na hora do trabalho.
🍃
Escrevemos 3 músicas, já é alguma coisa, hoje a Mari disse que vamos jantar fora, e que vai ser chique, então é para ir bem vestida.
Vamos às 19:00, faltam 2 horas, vamos sair daqui 1 hora e 30 minutos.Vou no banheiro. Lavo meu cabelo, boto um vestido preto com um salto preto. Não gosto de vestido e muito menos de salto, mas é um jantar em um restaurante estranho em um país estranho.
Boto um rímel, batom vermelho claro nude, acho que isso já está ótimo.
Fico na sala assistindo TV enquanto espero ela. Fico assistindo um filme nunca visto, ele parece triste, eu não gosto de filme triste, mas não tem nada melhor passando, só tomara que não seja de cachorro, ou eu vou começar a chorar igual uma louca.
Fico vendo o filme, até sinto alguém sentar no meu lado, olho ao meu lado e vejo a Mari com uma roupa linda azul, ressalta os seus olhos, fico de boca aberta e ela me encarando:
- Estou muito estranha?
- Não, você está...não tem palavras.
- Sou incapaz de opinar.
- Bem isso.
- O que está assistindo?
- Sei lá, nunca assisti.
- Deixa eu ver. Como assim você nunca viu?
- Não assisto filme triste.
- Você nunca, na sua vida, nunquinha, assistiu A Culpa é das Estrelas? - Ela levanta uma sobrancelha.
- Nunca.
- Depois do jantar, nós vamos assistir esse filme, mesmo com você amarrada.
- Okey né.
- Agora vamos, assim vamos nós atrasar. - Ela se levanta do sofá.
Me levanto do sofá e desço no estacionamento, entro no carro e ficamos no carro cantando as músicas que apareciam no rádio.
Chegamos no restaurante; ele é enorme, lindo, chamativo, ainda bem que eu ouvi a Mari, por quê se fosse por mim, eu viria de qualquer jeito.
Entramos no restaurante e o garçom nos mostrou a mesa, a Mari puxou a minha cadeira, e eu sentei.
Cavalheiro não se encontra mais em homens, só em mulheres pelo visto. Que ironia.🍃
- Obrigada por me levar aqui. - Eu não consigo parar de rir.
- Você não deveria ter bebido.
- Claro que não. Eu sou forte. - Meu rim está doendo de tanto rir.
- Você vai cair. Você tem que se segurar em algo. Vai melhorar.
- Posso me segurar em você?
- Pode. - Seguro em seu braço.
- Como você pode ser tão gostosa?
- Você está bêbada, fica quieta.
- Estou falando sério. - Meu rim. - Não quer me dar aulas? Estou precisando.
- Não fala isso, você é linda.
- Maravilhosa. - Paro de rir e falo num tom sarcástico.
- Eu acho você linda, só você não enxerga isso.
- Você só fala isso por quê está sem óculos.
- Estou de lente.
- Então está mentindo.
- Por quê você não acredita que eu acho você linda? - Nós paramos e ela começa a me encarar.
- Você não entenderia. - Desvio o olhar.
- Tenta. - Ela segura o meu queixo fazendo eu olhar para os seus olhos azuis.
- O único garoto que eu fiquei ele me traiu, e ele provavelmente estava me usando para se aproximar da minha melhor amiga lesbica, você ia gostar dela, ela é ruiva, olhos verdes, inteligente...ela é perfeita... - Ela sorri.
- Acho que eu não gostaria dela.
- Como não? Você estava me ouvindo? Ela é perfeita.
- Eu não gosto muito de ruivas.
- Mentirosa.
- Já namorei uma ruiva, tenho outra preferência.
- Loiras?
- Morenas com olhos escuros.
- Sei...
- Não acredita? - Ela ri.
- Não.
- Tem certeza?
- Tenho. - Ela me beija. Ficamos nos beijando no meio da cidade escura. - Mas...olha para mim, tantas outras, e logo eu?
- Cala a boca. - Ela me beija. - Você é perfeita, do seu jeito, para com isso.
Sorriu, e vamos até o carro dela.
Chegamos em casa, tomo banho e deito na cama dela. Ela se deita do meu lado:- Boa noite. - Ela me da um selinho e faz a posição de conchinha.
- Boa noite. - Sorriu e durmo.
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Minha Melhor Amiga.
Novela JuvenilJessica, ou a rainha da porra toda, é uma adolescente muito complicada, esse livro mostra a sua vida desde a sua adolescência até ela se tornar uma "jovem adulta", mesmo não parecendo. Mostra as suas dificuldades e sua felicidades, como suas amizade...