XXIII:

69 8 0
                                    

Hoje a Mari me acordou às 05:00, não quero levantar da cama. Ela tira meu cobertor e me faz levantar.
Entro no me closet, pego qualquer roupa, visto meu tênis. Pego minha mochila e vou na cozinha comer pão com manteiga.

Escovo os dentes, passo o pente no meu cabelo, lavo meu rosto, desço e entro no carro. A Mari já estava me esperando.

Ficamos ouvindo música no rádio até chegar na escola. Dou um beijo nela e desço do carro.

Vou na recepção, marco as minhas aulas. Matemática, História, Inglês, Espanhol, Música, Física, Química, Biologia, e outras.

Ela me mostra a sala e eu entro na mesma, sento no meio da sala e fico lá quieta, só tomara que a professora não me chame aqui na frente.

Abaixo minha cabeça e fico assim até ouvir a professora entrar na sala, levanto a cabeça e vejo ela. Cabelo branco, olhos escuros, tem uns 53 aparentemente.

A professora pega uma folha e lê alto em inglês, logicamente:

- Aparentemente temos uma aluna nova. - Não. - Jéssica? Quer vir aqui? - Faço um não com a cabeça. - Não seja tímida.

Me levanto e vejo que todo mundo está me olhando, fico na frente de todos aqueles olhares, meu medo está atacando. Entro em pânico, tudo fica girando, não aguento meu próprio peso, sinto que minha pressão está caindo. Minha visão embaça, sinto que estou caindo e tudo se apaga.

Acordo com tudo girando, parece que eu usei uma droga muito forte:

- Onde será que eu estou? Será que eu estou em Alagoinhas? - Boto minha mão minha cabeça. - Que dor de cabeça.

- What? Do you speak english? - Olho para meu lado e vejo a enfermeira.

- Desculpa, esqueci. Onde estou?

- Na enfermaria, sua pressão caiu.

- Eu tenho fobia de palco.

- Agora já está tudo bem, já chamamos a sua responsável.

- O que? Não. Eu já estou bem. Olha.

- Ela já está lá fora. Desculpa.

- Tudo bem. Obrigada. Eu tenho que pegar as minhas coisas na sala?

- Creio que sim, mas se você quiser podemos pegar.

- Eu pego, obrigada. - Levanto da maca.

Entro na sala, pego as minhas coisas e saio sem olhar para ninguém.

Saio da escola e entro no carro direto, a Mari olha para mim preocupada:

- O que aconteceu?

- Nada de mais, olha eu estou bem.

- Conta logo.

- Fobia de palco. - Falo baixo esperando para ela não ouvir.

- Você tem fobia de palco e você ainda quer ser cantora? - Ela levanta uma sobrancelha.

- Isso pode curar minha fobia, isso seria ótimo. - Olho para ela.

- Pode até ser, mas e se isso acontecer no palco quando você se apresentar?

- Eu vou me acostumar, você não viu como eu fui na competição?

- Tem razão. - Ela sorriu e começa a dirigir.

- E quando eu não tenho? - Rodo os olhos.

- Várias vezes, mas não admite.

- Faz parte da minha personalidade. - Sorrio.

Minha Melhor Amiga.Onde histórias criam vida. Descubra agora