XXXVII:

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O Lysander e o Alec estão se dando muito bem. Bem demais para falar a verdade.

O Armin não sai do seu joguinho e as meninas brincando de mamãe e mamãe.

Todo mundo acha que eu ando meio estranha ou diferente, principalmente a Mari. Eu não quero contar para a Mari ou a Feh o que aconteceu, a única pessoa que eu consigo contar é a Kym:

- Kym. - Entro no quarto dela. - Podemos conversar?

- Claro. Pode se sentar. - Me sento ao seu lado. - O que quer falar?

- Eu não sei como contar isso... - Busco forças. - Kym... Eu fui violada. - Ela arregala os olhos.

- Como? - Ela fala indignada.

- Eu fui fazer uma surpresa para Feh...e... Ela não estava lá... Era a Carol com um cara que sabe meu nome, mas eu não me lembro dele... - Sinto as minhas lágrimas descerem e começa vir aquelas cenas fortes em minha cabeça. - Ai eles fizeram coisas, coisas que eu não vão apagar em minha cabeça tão rápido. - Começa a vir o pânico quando me lembro de suas ameaças. - Eu não deveria ter dito. - Falo assusta.

- Jessica, se acalma. Respira fundo. O que ele te disse?

- Que se eu contasse para alguém, ele farias isso de novo e me mataria e faria isso com meu cadáver. - Falo soluçando.

- Eu não vou deixar ele fazer isso. Relaxa. Quando isso aconteceu?

- Fazem 3 dias.

- Por isso você estava estranha. Você pegou um tipo de trauma. Temos que avisar a Feh. Ela pode estar em perigo. - Ela se levanta. - Vamos? - Faço um não com a cabeça.

- Quero ficar em casa por um tempo, obrigada.

- Okey, qualquer coisa só me ligar.

Ela sai do seu quarto e eu logo em seguida, ela se despede das crianças e sai da casa. Me deito no sofá e fico por lá, meus olhos estão começando a pesar. Quando eu menos espero eu pego no sono,mas não é um sono tranquilo como eu costumava a ter, todas as noites eu sonho com a mesma coisa.

Com eles, a Carol me segurando e ele me penetrando.

Acordo assustada, a campainha me acordou, ainda bem, eu não durmo desde então, estou exausta.

Me levanto e vou atender a porta. Esfrego os meus olhos de sono e olho para ver quem é:

- Casty. - Sorrio e me jogo nele com sono. - Não achava que você vinha mesmo. - Sorrio e me afasto.

- Achou mesmo que eu não viria? - Ele sorri de lado. - Está tudo bem? - ele fica preocupado.

- Sim, eu só não durmo por 3 dias, mas tirando isso, estou ótima.

- Você tem insônia? - Faço um sim com a cabeça. - Ata. Quer sair?

- Só deixa eu avisa-los que eu vou sair. - Entro em casa e me despedido de todos. - Pronto, para onde vamos?

- Estava pensando num parque, depois você vai num hotel comigo para tentar dormir, eu tenho remédio. - Vamos andando.

  - Eu também tenho, mas não adianta.

- Deixa disso. Você vai dormir rapidinho.

Sorrio e vamos até o parque.
Ficamos andando umas horas, ele tentando fumar e eu não deixando, depois como ele disse fomos até o hotel que ele esta.

Ele é enorme, me jogo na cama de casal:

- Não estou vendo o seu casal.

- Não preciso disso.

- Todos nós precisamos de alguém. - Ele se senta ao meu lado.

- Eu não. Vai querer dormir ou não?

- Quero. - Ele pega dois comprimidos e um copo de água.

Tomo os comprimidos e nos deitamos, me ajeito em seu peitoral e acabo dormindo.

Ele me acorda assustando:

- Você está fervendo. - Ele fala preocupado. - Temos que ir no médico.

- Não, eu só preciso dormir. - me cubro até a cabeça.

Ele arranca o cobertor de mim e me encolho de frio. Ele me tira da cama e me coloca no banco de trás da sua moto.

Ele me leva correndo até o hospital mais próximo, estou tremendo de frio.

Os médicos chamam os nossos nomes e vamos até a sala do médico que vai atender a gente:

- O quê vocês têm?

- Ela esta fervendo de febre.

- Deita aqui jovem. - Me deito na maca tremendo. - Coloca isso de baixo do braço. - Faço o que ele mandou e vemos que estou com 41 de febre.

Ó médico faz alguns testes e vê que que estou com um trauma:

- Você sabe o que pode ter causado isso?

- Acho que sim. - Falo triste. - Fui estuprada... - Os dois me olham assustados.

- Me desculpe, mas a senhora foi violada? - Faço sim com a cabeça baixa. - Temos que avisar a polícia.

- Não por favor. - Falo com medo.

- Ele te ameaçou? - Castiel fala com fumaças saindo da orelha.

- Sim, não quero falar sobre isso.

- Okey. - Ele começa a escrever num papel. - Esse é seu diagnóstico. - Ele me entrega o papel.

Eu e o Castiel vamos embora sem falar nem uma palavra, ele vai para seu hotel e eu para casa sozinha.

Minha Melhor Amiga.Onde histórias criam vida. Descubra agora