Atração Maldita

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Fomos o caminho conversando sobre o quão fantástico será o livro e como minha participação vai ser importante mesmo estando somente na capa.

- Vai ser ótimo, estou até imaginando um filme sobre o livro.- Comenta Sandy entusiasmada.

- Filme?- Pergunto me endireitando no carro.

- Sim Max, se o livro for um sucesso imagine um filme? Será uma audiência fantástica. - Diz Ross me olhando do retrovisor.

- Terá um elenco inacreditável e mas, você será o galã do filme Max... O lindo e gato Max.- Fala Sandy me cutucando no braço.

- Sim mas, não sou o tipo de homem que consegue lidar com a publicidade... Imagine eu tímido e sem graça tentando falar com fãs? É desastre na certa.- Falo coçando a cabeça.

Sorrindo Ross fala:

- Não se sacrifique ainda Max, estamos apenas sonhando alto, calma nem sabemos se o livro vai ser um sucesso, estamos apenas supondo.

- Pra mim será um sucesso e sei por que a Senhorita é genial no que faz, tenho certeza que serão mas de dez mil exemplares.- Insiste Sandy.

Logo Ross para o carro em frente a um hotel, onde Sandy entra nos dando tchau.

- Então é aqui que ela mora?- Pergunto e Ross faz que sim com a cabeça.

Até que chegamos em casa.

- Boa Noite Max, a lembrando liguei para Lucy e ela implorou para que seu filho querido ligue pra ela...- Diz tirando o salto e ficando natural.

- Hum tudo bem, irei ligar pra minha linda mãezinha.- Falo desabotoando a camisa.

Viro e vejo Ross me fitar, seu olhar vai da minha perna até meu pescoço, morde o lábio inferior e pisca algumas vezes.

- AM... É bem... Vou dormir boa noite Max!- Diz por fim entrando no seu escritório.

Pra onde essa mulher vai? Pensei que iria dormir, mas livros, vai fazer mais livros?

Dou um tapa de leve na cabeça e pego o celular discando o numero da minha mãe que deve esta bastante aflita.

- Mãe?

- Oi querido, como vai?- Pergunta com sua voz maternal.

Entro no quarto e tiro a camisa social que tava me matando.

- Vou bem mãe... Mas me fale da Senhora?- Pergunto.

Respirando forte responde:

- Vou bem filho na medida do possível, te olhei pela televisão querido, estava lindo.- Comenta e isso me assusta.

Droga, lembro-me muito bem dos fotógrafos e das jornalistas todas estavam publicando os livros de Ross.

- Argh, eu não queria mãe, juro.- Falo lembrando que ela morria de medo do vagabundo do meu pai saber minha localização, mas não me preocupo mas, por que ele já faleceu.

- Tudo bem, você estava incrível abraçado a Lia, e ela estava magnífica como sempre.- Diz soltando uns gritinhos.

Andando pelo quarto falo:

- Mãe, a Senhora sabe que só estou aqui por sua causa, senão fosse eu estaria ai numa boa e não em uma conferência de "riquinhos".

Gargalhando intervém:

- Querido graças ao seu emprego como capa de um livro, todos no trabalho falam de você e acredite estão querendo um autógrafo seu.- Diz vibrando de alegria.

- Mãe, para, eu não estou feliz com isso... A Senhorita Ross, é uma boa pessoa tenho que admitir, mas não pertenço a isso, não sei se vou conseguir... Acredita que estão querendo até fazer um filme?- Pergunto nervoso e mas uma vez escuto as gargalhadas exaltantes da minha mãe.

- Ai querido sempre dramático, agradeça a Deus por isso, pare de ser pessimista vai conseguir sim, sei que vai, boa noite e dê um beijo em Lia por mim, pode ser?- Pergunta e fico sem jeito.

- Mãe!- Grito e ela segura um riso.

- Tchau querido, mamãe te ama!- Diz e terminamos a ligação.

Quanta saudade de ficar no quintal sem medo de câmeras, sem contra tempos, de andar descalço pela areia da praia... Agora me sinto preso, preso por um livro que nem eu fiz.

Deixo meus pensamentos de lado e deito na cama, sabendo que a insonia me atormentará novamente.

Só o que me resta é pensar em Ross tão perto e tão longe ao mesmo tempo, o que estará fazendo?

Que mulher, hoje ela me mostrou seu lado dominadora e seu jeito encantadora de ser, tão linda... Mas aquele maniaco do Paul ao lado dela me deixa frustrado, como uma mulher cheia de desconfianças e segura de si, não consegue perceber o quão perigoso ele é?