Atração Maldita

14

Depois do beijo sucumbi novamente a me deitar com Max, isso já estava ficando repetitivo. Rapidamente sai do seu quarto e fui pro meu, olhando de vez enquando para os lados. Tentando não dar de cara com Margot, não sei nem o que ela irá pensar de mim: "Nossa a Senhorita Ross, parecia uma pessoa tão correta, no entanto mostrou ser uma puta, se deitando com esse garoto".

Chego em meu quarto e me apresso entrando no chuveiro e tomando um banho rápido. Após visto minhas roupas intimas e por cima opto uma calça moletom rosa, uma regata cinza e deixo os cabelos soltos. Calço meu vans preto e me preparo pra uma boa corrida pelo parque Central, não me lembro da ultima vez em que fui lá. Pego minha jaqueta preta e saio do quarto, mas ao sair meu corpo se choca com outro. Viro sem jeito e vejo o sorriso irreconhecível de Max, ele parece tão radiante a cada momento que e vê.

- Olá Lia.- Diz tirando uma mecha dos meus olhos.

Me Afasto um pouco dele e falo:

- Oi Max...

De testa franzida pergunta:

- Pra onde vai com tanta pressa?

- Hum... Sair.- Falo sem entrar no assunto, não quero dizer onde vou, não quero que ele sinta que pode saber tudo sobre mim.

- Pelo visto esse lugar não é tão formal.- Diz colocando as mãos nos bolsos da calça jeans.

- Por que achas isso?- Interroguei curiosa.

- Vejamos, você esta em sua forma natural e sua roupa não é tão casual.- Nossa virou estilista de moda foi?

- Hum...- Falo caminhando em sua frente.

- Espere, você vai fazer caminhada não é?- Indaga.

- AM?- Paro de andar o fitando.

- Não adianta Lia, conheço você... Por favor me diga.

- Não, er... Eu não vou pra lugar nenhum, apenas gosto de me vestir assim.- Explico tentando ser convincente.

- Sabe você deveria treinar seu jeito de mentir é simplesmente terrível.- Diz sorrindo de mim.

Bufo.

- Oh... Max, me deixe...- Falo sentindo meu rosto queimar de vergonha.

- Não posso Lia, não consigo.- Diz segurando meu braço e me puxando pra si.

Não, não por que ele faz isso?

- Max...- Sussurro sem força.

- Lia por favor...- Diz aproximando o rosto do meu.

Lute Lia, lute!

- Senhorita Ross... Oh desculpem-me, eu não queria interrompê-los... Mas é que o Senhor Paul a esta esperando no seu escritório...

Me Afasto o máximo do Max e me aproximo de Margot.

- O que ele quer Margot?- Pergunto sem jeito.

- Não sei Senhorita... Ele apenas disse que iria lhe esperar...- Diz olhando de mim pra Max.

Ótimo Max, agora minha fiel empregada vai me olhar como uma qualquer. Bravo!

- Okay, estou indo, diga a ele que espere por favor!- Peço e ela sai sem dizer nada.

Viro pra Max e mostro minha cara feia pra ele.

- O que?- Pergunta de sobrancelha arqueada.

Me aproximo dele e Bato em seu braço.

- Muito obrigada, agora minha Margot me olhará com outros olhos.- Exclamo e ele segura meu braço.

- Ei, desculpa... Eu não queria...- Fala.

- Preciso ir!- Falo seca tentando me afastar, mas ele é rápido e se coloca na minha frente.

- Confia nele?- Pergunta furioso.

Arqueio as sobrancelhas.

- Nele quem?- Indaguei assustada.

- No Paul, confia nele?- Pergunta quase sussurrando.

- Ele nunca me deu motivos para que eu não confiasse, por que me pedes isso?- Indago tentando entender seu pedido.

De cenho franzido diz:

- Cuidado Lia, não confio nesse cara...

Ah não Ciumes?

- Pensei que eu tivesse deixado claro sobre nosso relacionamento Max, não quero que sinta ciumes de mim, não sou sua propriedade.- Afirmo séria.

- Não se trata disso Lia... Eu só... Não confio nele tente entender.- Disse ele sem levantar os olhos acima dos meus joelhos.

- Por que, o que ele fez pra te deixar desconfiado?- Questiono o fitando.

- Na-nada eu só... Deixa pra lá Lia, apenas tome cuidado.- Diz se afastando e indo pra sala, enquanto eu caminho para meu escritório.

Por que o Max não confia no Paul?- Pensava eu.

Até onde sei Paul jamais faria mal a mim, jamais, então por que ter cuidado com ele?. Max e suas precauções, droga de precauções cautelosas, espero que essa atração acabe e que Max volte para sua casa, até por que viver sobre o mesmo teto com ele tem sido um sacrilégio... Infelizmente não é o que quero, algo no meu subconsciente deseja muito que Max nunca saia de perto de mim e isso me corroe por dentro de um jeito impossível de se ignorar, como deter essa atração?

Maldito coração apaixonado.

Me aproximo do escritório, seguro a maçaneta da porta e tomo folego pra assim enfrentar Paul. Logo após entro, desfilando até minha mesa, sento na cadeira cruzando as pernas e olhando um homem de testa franzida e olhos observadores me fitar.

- Sim Paul, o que desejas?- Pergunto formal, enquanto ele se contorce em sua cadeira.