19

145 10 1
                                    

Excepcional é o significado para o que sinto agora e soa tão gay. Somente a Lia me faz ficar assim, nunca senti esse desejo por sexo, essa vontade cega de enterrar meu pau nela e deixá-la cansada de tanto cavalgar em mim. Olha só pareço tão depravado na forma de pensar, "Lia isso é culpa sua e de seu corpo gostoso pra caralho"... Mais o pior é que isso vai além de sexo, meu corpo todo entrou em chamas quando a Lia me dominou, não quero nem pensar em como foi bom ela me tratando como seu "cãozinho" na cama, cara aquilo foi ótimo, tudo o que dizia enquanto passava suas mãos leves em mim me deixava excitado, seu jeito de me fazer delirar, sua dominação nata. Ego superior. Seu jeito mandona me deixa totalmente preso a ela, é como se meu corpo reagisse a cada comando seu e fosse completamente submisso a ela. Depois da noite que passamos juntos Lia teve que sair correndo do quarto, por que houve uma conferência do seu livro, confesso que não gostei, queria que ficasse comigo, que falasse o que sentia por mim, ou sei lá, só sei que gosto de passar um tempo perto de seu corpo quente, até por que ela vai passar a manhã inteira em seu escritório com o merda do Paul Swinder, não confio nesse cara e sei que nunca vou confiar. Cansado de ficar no quarto, coloquei uma calça moletom cinza e sai, sei que se Lia estivesse aqui iria bufar de raiva por me ver sem camisa, mas tenho certeza de que sua raiva se deve a me olhar e não poder me tocar. Sorri com isso. Passeando pela casa encontro Livana lanchando uma das trufas de chocolate da Lia.

- E então já sabe qual será o sexo do bebê?- Pergunto me juntando a ela na mesa. Levantando o olhar ela responde:

- Hum... Oi Max, e não, ainda não sei o sexo mas falta pouco, já estou com três meses e esse bebê aqui não deixa ninguém saber seu sexo, já fui no ultrassom umas sessenta vezes e nada, vê se pode?- Intervem sorrindo de lado. Coçando a nuca tento perguntar por Lia.

- ...Livana eu gostaria de saber...

- Sem rodeios meu rapaz, já sei do que vai perguntar.- Diz de sobrancelha arqueada.

- Sabe?- Arregalo os olhos.

- Sim, sobre Lia não é?- Intervém enchendo as bochechas de chocolate. Engulo em seco.

- Bem... Sim, mas como sabia?

- Calma rapaz, calma é só que percebo um olhar apaixonado quando vejo um.- Diz piscando pra mim.

- Desculpe Livana, mas você esta enganada, eu e a Senhorita Lia somos apenas...- Começo abaixando a cabeça.

- Hã, hã não venha com amigos não, esse olhar brilhante e sorriso bobo ai eu conheço... Você dentre todos os garotos ou homens é o único que chama a Ross de Lia, cá entre nós eu até gosto.- Comenta. E é verdade eu tenho muita intimidade com ela. Se a Lia souber vai me matar.

Fico em silencio e Livana me interrompe:

- Agora me fale por que ainda não estão namorando? Se a mamãe souber que sua Lili esta namorando e que o cara é um gato vai morrer do coração.- Murmura brincalhona e sinto que meu coração vai parar a qualquer momento.

- Co-co-como assim ela não quer que a Lia namore?- Gaguejo quase sem ar.

- Pelo contrário Max, a mamãe vai ficar muito feliz... Ela sonha até hoje em ver a Lia casada antes de sua morte e não para de imaginar seus futuros netos.- Comenta gargalhando, enquanto eu permaneço sem entender. Depois dessa conversa confusa recebi uma ligação da minha mãe e tive que me afastar de Livana, andando pelo jardim de Lia.

- Sim, dona Lucy estou bem.- Respondo pela terceira vez.

- Que bom e querido comprei o livro da Lia... Você esta lindo.- Diz sorrindo abafado. Paro de andar e me encosto em uma arvore.

- Comprou? Ah mãe, eu preferia que não comprasse...

- Mas por que querido? Você esta lindo e tenho que admitir Lia faz excelente livros, estou no capitulo doze.- Comenta e depois de um tempo começa a tossir. Fico em silêncio até que ela para e fala:

- É só uma tosse boba meu bem, já, já passa...

Balanço a cabeça e digo:

- Mãe o que exatamente a senhora tem?- Pergunto nervoso.

- ... Nada querido, nada... Como eu disse é só uma tosse boba, você sabe as vezes agente pega cada resfriado...

Uma preocupação se irradia por meu corpo.

- Mãe por favor prometa que vai se cuidar, vá em um hospital ou...

- Não querido estou bem, besteira ir ao hospital sem estar doente não acha? Estou bem.- Mente.

- Mãe a partir de amanhã conversarei com Lia e irei passar uns dias com a Senhora, precisa de ajuda e por favor não venha me dizer que esta bem, por que estou vendo que não esta.- Afirmo passando a mão esquerda pela testa. Sorrindo ela murmura:

- Não seja teimoso Max e nada de vim me visitar, como sua mãe lhe proíbo disso... E que bom que conversa com a Ross estou vendo que vocês possuem bastante afinidade, você chama ela até de Lia.- Intervem e fico sem jeito.

Droga, eu e minha boca grande, preciso parar de chamá-la assim.

- Bom... Pelo menos me prometa que irá se cuidar mãe, lembre- se nossa saúde em primeiro lugar.- Mudo de assunto.

- Nem tanto né querido, mas e a Ross onde está?- Indaga.

- Hum... Teve que sair pra uma conferência na empresa, ela trabalha quase o dia todo.- Falo sentindo um nó na garganta, só de lembrar com quem ela trabalha o tempo todo. Paul.

- Bem, só liguei para saber como você esta e vejo que meu homem esta crescendo... Só te peço uma coisa querido, nada de vim me visitar querendo saber da minha saúde, como eu disse estou bem... Beijos amor.- Diz se despedindo. Damos tchau um pro outro e terminamos a ligação. Volto pra casa e vejo Margot entrar com duas malas e Jenny ao seu lado. As observo pensativo. Ao me ver Jenny corre e se joga em meus braços, seguro a mesma no colo e pergunto:

- Pra onde vão Jenny?- Com um sorriso de orelha a orelha ela responde.

- Morar com meu papai!- Viro pra Margot e a vejo corar. Ela certamente terá uma boa conversa com a Lia sobre isso. Me aproximo de Margot.

- É verdade Margot, vocês duas irão nos deixar?- Indago brincalhão e ela sorri.

- Eu não diria deixá-los Max, é só que precisamos fazer isso... Eu só temo pela senhorita Ross, como ela irá reagir diante dessa viagem repentina.- Diz cabisbaixa e Livana desce das escadas nos fitando curiosa.

- Con licença, mas essa grávida quer conversar!- Comenta sorrindo como sempre. Essa é sua diferença da Lia, a Livana sorri a todo momento e Lia é séria demais e dominadora demais.

- Estamos falando da nossa viagem, vou visitar papai!- Grita Jenny sorrindo sem parar e Livana sorri se aproximando e beijando a bochecha dela. Eu só espero que Lia tente entendê-las e aceite a decisão de Margot. Afinal ela irá atras do seu grande amor. Penso.

- Será que posso participar dessa reunião?- Pergunta uma voz irreconhecível atras de mim. Todos voltam seu olhar pra pessoa encostada na porta e paralisam quando percebem ser Lia.

Arregalo os olhos e admiro a bela mulher a minha frente. Droga, como pode ser tão sexy?. Sexy pra caralho eu admito. Seu cabelo amarrado em um coque frouxo me faz querer soltá-lo, um desejo da porra me assombra quero mergulhar meus dedos em seu cabelo e lhe dizer que ela é minha e de mais ninguém mesmo sabendo que "Eu sou o submisso da história". Odeio a forma como sua saia vermelha social fica colada ao seu corpo. Odeio a forma como a porra da sua camisa social preta cobre seu seio, quero arrancar tudo dela, peça por peça e infelizmente meu amigo embaixo das calças não me ajuda muito, toda vez que me deparo com Lia fico duro literalmente de uma forma depravada de ser. Essa mulher e sua maldita habilidade no sexo.

Que porra de homem eu sou?. Ao vê-la me sinto como um cachorrinho que acaba de ver o dono e no impulso balança o "rabinho" pra mostrar sua gratidão.

Louco, preso, apaixonado, amante e estupidamente escravo da Lia.

Atração MalditaOnde histórias criam vida. Descubra agora