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— Não Max... Apenas se apóie em mim! — Balbucio lutando pra não gritar.

Só ele me deixa assim, me sinto confusa e ao mesmo tempo feliz por estar perto dele... Como isso é possível?

Ele insiste em me beijar enquanto subimos a escada e com todo seu corpo físico, fica difícil suportar seu peso, seu tamanho e dominar seus desequilíbrios repentinos. Ao ver meu rosto sério, ele apenas sorri. Balanço a cabeça e resmungo:

— Você é tão desobediente, tão chato, tão... Por que não me obedeceu quando mandei você vir embora?

Com ar engraçado ele ignora minha pergunta e apenas levanta o indicador pro alto.

—... E você é tão linda, tão resmungona e ainda assim fico duro só de estar tão perto de você.

Por que ele tem que falar essas palavras excitantes?

Argh! Só caminha por favor.— Rosno e invés de continuar a andar ele se escora na parede ao lado do quarto de hóspedes o qual Livana está a dormir com Ethan.

Bufo e cruzo os braços ficando entre a porta do quarto e o corredor.

— Max...

Distraído ele me admira de baixo pra cima e finaliza entortando a boca.

— Ah, qual é? Você não pode estar tão zangada assim comigo Lia... Não sentiu saudades de mim?— Implora sem jeito.

Pressiono os lábios.

— Vou repetir só mais uma vez. Cala a droga da boca e vai pro seu quarto.

De triste ele passa para divertido novamente.

—Hum... Droga é? — Gargalha se divertindo. — Não posso ir pro quarto, pelo menos não sozinho.— Dá ênfase na última palavra e morde o lábio inferior.

Reviro os olhos pra ele, que se diverte ainda mais com meu jeito exasperado. Ando em sua direção e o seguro bruscamente pelo braço.

— Agora vamos.

Seu hálito gelado toca meu pescoço enquanto ele dispara:

— Tudo bem, agora vamos gata!

— Lili? Quem é esse?— Quis saber a voz mais familiar que já ouvi.

Fico imóvel vendo mamãe a nossa frente com as mãos na cintura e vestindo sua camisola vermelha de cetim.

— Ma-mamãe?— Engasgo quase caindo.

— Olá!— Murmura Max tentando se soltar de mim, mas suas pernas bambas o fazem ficar no mesmo lugar.

Os olhos curiosos de Dona Zoe vão de mim para Max, várias e várias vezes, como um Falcão que defende sua cria. Seus olhos verdes intimidadores não causam nada a Max a não ser sorrisos abafados, mas a mim congelam até a alma. Ainda sorrindo ele me cutuca na barriga e afunda seu rosto em meu cabelo abraçando meus ombros. Mamãe balança a cabeça pra cena e boquiaberta insiste em interrogar:

— Quem é esse?—Arqueia as sobrancelhas.

Como era de se esperar Max dá risada.

— Sou Max... Prazer Senhora mãe da Lia.

Mamãe arregala os olhos pra forma como ele me chama. Nem todos me chamam de Lia. E espera alguma resposta de mim.

Suspiro cansada.

— Não é uma boa hora pra explicações... Ele está morando aqui e isso basta. Pela manhã conversamos mamãe, prometo... Boa noite.— Falo endireitando o corpo pra que ela veja que não há uma fagulha sequer de hesitação.

Atração MalditaOnde histórias criam vida. Descubra agora