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Segurando forte o braço de Max fiz ele sair ao meu lado e praticamente o obriguei a entrar num táxi, mesmo confuso ele me obedeceu. Apesar de tudo o que presenciei, da sua conversa intima com aquela garota. Não consigo me irritar tanto com ele e isso pra mim é inusitado, simplesmente diferente.

De repente entretida em meus pensamentos sinto sua mão deslizar contra meu braço direito e evito virar para saber o que ele quer. Invés disso finjo não sentir nada e cruzo os braços sobre o peito.

Sem compreender meu mal humor Max retira suas mãos de mim como se lê- se meus pensamentos e deita a cabeça sobre o encosto da janela. Parece atônito aos fatos.

Imperceptível. Como os homens conseguem não entender o que se passa ao seu redor? Como conseguem ignorar olhares de ódio e de desejo? Queria poder fazer o mesmo.

Ser cega aos que me condenam, muda aos que me odeiam e surda aos que me desprezam.

Mas a questão é... Será preciso mesmo eu fazer o que quero? Mas e se ele não me corresponder? E se não gostar do meu lado obscuro? E se, se afastar imediatamente de mim e me odiar para o resto de sua vida? E se eu mostrar a ele como uma mulher como eu se diverte?

Não. Balanço a cabeça e tento raciocinar... Max ainda não está pronto, sei que não está.

E como sei?

Basta observar seu jeito, a forma como toca minha mão, como me abraça, como me beija, como sorri, sim seu sorriso, tão encantadoramente sexy e que me deixa louca de ciumes... Esse é o ponto. Max quer o que não posso jamais lhe dar.

Quer romance, flores... Passeio a dois, jantares a luz de vela, beijos e carícias que não poderei lhe dar. Nunca.

Enquanto o táxi vagueia conosco pela cidade, permaneço pensativa. Viro de lado e vejo Max, ele esta de testa franzida e come o interior da boca o tempo todo.

Você é má, nem ao menos disse a ele do por que esta zangada.- Briga meu subconsciente me olhando feio.

Bufo e respiro fundo.

Ciumes, palavrinha irritante que acabou de entrar no meu dicionario.

As horas passam e peço para o taxista parar no primeiro hotel que meus olhos encontram. Pago o mesmo e entro ao lado de Max.

- Lia... O que esta acontecendo?- Indaga enquanto converso com a atendente. Faço um gesto pra que ele se cale e sem desobedecer ele aperta a boca. Parece uma criança com seus braços cruzados e cabisbaixo. Pronto pra fazer um escândalo e gritar pra Deus e o mundo o quanto esta confuso.

- Temos um quarto sim... Está no segundo corredor a direita. Número dezesseis.- Chama a atendente loira e sua voz sensual, que mesmo mexendo no computador esta analisando Max de baixo pra cima e termina sua observação com uma mordida no lábio inferior.

Faço uma carranca e fico em sua frente a impedindo de vislumbrar o meu garoto.

Espera, meu garoto?

- Claro, obrigada!- Digo a olhando feio. Ela percebe, mas não tira os olhos de Max. Argh garota irritante.

Dito isso seguro as mãos de Max e o levo para o quarto torcendo mentalmente que a loira azeda não esteja o desejando, enquanto ele anda.

Ainda em silêncio entramos os dois no quarto. Fecho a porta e sento na cama de casal, que por sinal é bem espaçosa. Max me fita confuso e tento não encará-lo.

Rolo os olhos pelo quarto. Não parece um hotel cinco estrelas, mas não vim aqui no intuito de ter um local desse nível. O quarto depende de uma cama de casal com colchas brancas e lençóis brancos, parede branca. Janelas estreitas, também brancas, mas com uma vista ampla do céu nublado lá fora. Banheiro pequeno e uma luz estilo retrô. Moderno, mas natural. Tipo de hotel casual.

- Lia, esta acontecendo alguma coisa que eu não sei?- Pergunta com as mãos na cintura. Nossos olhares se cruzam.

Balanço a cabeça em resposta e me aproximo dele.

Tudo que precisa saber é que eu te quero Max, não me pergunte mais nada. Falo mentalmente. Jogo meus braços por seu pescoço e começo a beijar seus olhos que se fecharam com minha aproximação, passo a língua por sua bochecha. Deslizo a língua por seu lábio inferior, depois pelo superior e selo nossos lábios. De imediato percebo que ele fica tenso com minha atitude, mais não retruca e corresponde me beijando intensamente.

Mesmo no calor do momento e sentindo minhas pernas queimarem de excitação, preciso de Max. Preciso sentir seu calor me aquecer, me queimar. Há algo entre nós dois que ainda não consigo decifrar, junção de desejo com adrenalina.

Sentindo seu cheiro e seu desejo notório por mim. Tiro sua camisa lentamente a jogando no chão. Beijo seu peito nu e chupo o mesmo. Me apertando contra seu corpo sinto sua ereção totalmente dura tocando minha barriga. Passo as mãos por cima da sua calça, apertando e massageando seu membro duro e ele geme ainda mais.

Amo ouvi-lo gemer, sonoridade perfeita.

Passo a língua por sua barriga e subo vagarosamente com a mesma por seus ombros chupando e mordendo desesperadamente seus braços, lambendo seus bíceps grandes e firmes. Max pode não ser tão velho, mas seu corpo de atleta o torna irresistível e gostoso com a idade de uns trinta anos.

- Lia... Nossa... Porra...- Rosna mordendo meu pescoço e o chupando, me deixando louca por seu corpo gostoso.

Confesso que uma parte de mim quer esquecer o que aconteceu e fingir estar tudo bem, mas a outra nem se importa e grita freneticamente para que eu o castigue severamente.

Qual das duas devo escolher? Necessariamente unirei uma a outra, posso fazer isso ficar bem divertido e é o que vou fazer.

Vamos brincar baby!

Atração MalditaOnde histórias criam vida. Descubra agora