Reino Animal, um Amor Incondicional

XIV Animais - visão do espiritismo e no mundo espiritual

Animais no plano espiritual com a Cigana Sara e o DR Lucas.

Na vida, de vez enquanto algo novo surge e um véu é desvendado, porque Deus quer que saibam...quer que descubram a verdade, mas ela deve estar de acordo como todos aceitariam...Muitos estão preparados para entender que não somos mais seres truculentos, sem moral e costumes, a raça humana evolui a cada dia.

O Espiritismo tipifica a dor em três nuances, ou em três hipóteses: -dor-expiação, -dor-evolução e -dor-auxílio. O amigo à minha frente era de um amor, que eu podia sentir sua vibração. O Doutor Lucas, assim o chamavam, nome dado à terra.

Quando conheci Pipo, ele estava na sala do veterinário. Os ferimentos no seu corpinho tão pequeno, tomava as partes das costas, descendo boa parte para as patas. Ele respirava lentamente, e me aproximei, queria saber o que tinha acontecido àquele pobre animal. Pedi licença e entrei.

Aquele dia havia sido convidado para conhecer aquele cãozinho, que muitos comentavam na colônia onde eu estava e lá fui ver ele.

Quando o Doutor Lucas me viu, veio me cumprimentar todo alegre, sabia do meu interesse com os animais, e que eu estava ditando casos de animais no plano espiritual.

Além daquele serzinho, que estava ali sedado, havia outros naquela imensa sala, onde estavam sendo tratados, via-se alguns que pareciam que estavam melhores, mas sempre com alguém perto, nunca sozinhos.

Mas Pipo era o que me deixava interessada nele, queria saber dele, e o Doutor Lucas, percebendo meu interesse, explicou:..

—Quer saber dele, Sarah? Vou te contar muito mais além do que veio descobrir, deste Reino tão desconhecido, a vida animal. E desde já posso adiantar, que tudo que vi e descobri encantou meu ser. Eu abri meus horizontes diante desse tão especial reino que também reencarna na terra entre os humanos para evoluir no mundo animal.

—Os animais não sofrem a dor-expiação, posto que não têm consciência e agem por instinto. Neles não há "culpa". Agem pela sobrevivência.

Não obstante, passam pelas dolorosas experiências da vida, dor e evolução, a fim de registrarem em seu espírito rudimentar como evitar a dor. Não sofressem dor e certamente morreriam. Esse aprendizado se incorpora neles para sempre, inclusive, quando forem promovidos para o reino da inteligência contínua.

Quanto à dor-auxílio é o que ocorre, por exemplo, com as cobaias: ajudam expressivamente Medicina, quanto a reações, experimentações e desenvolvimento de novos procedimentos médicos, além de comprovarem a eficácia e resultado de novos fármacos. A Medicina veterinária, ela própria, beneficia dessas ocorrências. Não sou favorável ao emprego de animais como cobaias. Penso que com o avanço tecnológico já alcançado, a Medicina já poderia dispensar, se não todos os procedimentos com cobaias, ao menos reduzir drasticamente tais ocorrências, das quais sempre resulta a morte dos modelos utilizados.

Os animais são Espíritos encarnados e estão sujeitos a muitas provas, mesmo que não tenham consciência disso ou nem saibam o porquê de tanto sofrimento, que somente é percebido pelo corpo por ação do sistema nervoso, portanto a dor, apesar de não parecer, é ilusória, porque, caso os meios de sensações do corpo sejam desativados ela deixa de existir.

Se cirurgicamente retirarmos do cérebro o centro da fome, ela deixa de existir; se retirarmos parte do hipocampo, deixaremos de sentir medo; se aplicarmos anestésicos não há mais dor; se rompermos os nervos que são sensíveis aos estímulos da dor ela deixa de existir também. Como percebemos, dor e sofrimento são interpretações dadas pelo corpo. O Espírito não sente dor.

Se existem órgãos sensoriais no corpo é para que percebamos as sensações do mundo físico.

Se há órgãos sensoriais para dor é porque a dor tem alguma importância para o Espírito também e a importância reside no aprendizado de como evitá-la e de fazer evitar a dor aos outros. Exercitamos a partir do conhecimento da existência da dor e do sofrimento a solidariedade e a compaixão.