Até O Limite

Por que eu?

Soluço

    Snawater nos levou até o topo de uma montanha, que ficava na ilha sob Ilha Submersa. Astrid estava muito abalada, eu não sei direito o porquê, ela não costumava ser assim. O dragão era enorme, e por isso nos levou em suas garras.

   Lá do topo pudemos ver nossos amigos, Melequento que estava correndo de um dragão que cuspia fogo contra o menino. CabeçaQuente estava com CabeçaDura montados em Vômito e Arroto, eles estavam se saindo muito bem. Perna-De-Peixe tentava, não sei porque, empressionar CabeçaQuente, dando cobertura à ela. Muitos homens estavam feridos e alguns, mortos. Também pude ver meu pai, e senti uma tristeza muito grande, tudo ali era minha culpa, minha e de Astrid.

-Estão vendo? Vocês agora estão sentindo o que eu senti, estão vendo seus amigos sofrerem e não podem fazer nada. Assim como eu.

   Senti lágrimas rolarem, uma tristeza muito forte. Apertei as mãos de Astrid e ela me olhou, ficamos nos olhando, compartilhando o mesmo sentimento, de culpa.

   Quando tudo parecia estar perdido, uma voz disse em minha cabeça, não era Snawater, eu tinha certeza. Por um momento achei que estava louco, mas algo dizia que aquela voz falava a verdade.

   Ouvi um barulho familiar, era Banguela, ele atirou na pata ( na gigantesca pata) de Snawater e ele nos soltou, fui rápido, puxei Astrid e subimos nele, voando para longe. Mas eu sabia que não era o certo. Descemos no outro lado da ilha e eu mandei o Banguela levar a Astrid para Berk, mesmo ela não querendo

-Eu não vou deixar você... -Ela me disse.

-Vai sim. Mas nós nos veremos de novo, eu prometo.

   Dizendo isso eu me aproximei dela, dessa vez ela não recuou. Eu a abracei e ficamos nos olhando por um tempo, comecei a me aproximar lentamente dela... Mas então ouvimos um rugido estridente. Snawater voava em círculos sobre nós, fazendo-o parecer uma grande nuvem.

-VAIII!!!!!

   E lá eles se foram, deixando o meu coração partido por ficar sem umas das coisas mais importantes da minha vida.

   Agora eu tinha um plano para seguir, era loucura. A voz ainda soava em minha mente, dizendo que não era a Astrid a criança da profecia. Era eu.