Novas Memórias

Queda Livre

Estávamos no banco trazeiro do meu carro, ela me beijava incansavelmente enquanto eu respondia a altura. Não sabia e nem queria saber seu nome, eu só queria fazer ela nunca se esquecer dos meus de... da minha cara. Minhas mãos apertavam sua bunda enquanto ela rebolava no meu colo. Suas mãos pararam perto da barra da minha camisa e em seguida a loira puxou a peça para cima, levantei meus braços a ajudando. Nesse pequeno tempo olhei nos seus olhos e os vi castanhos, franzi a testa, logo senti a mulher chupando meu pescoço.

Os olhos dela não eram azuis? Fechei os meus tentando me concentrar no que a loira fazia. Ela deixava beijos molhados no meu pescoço e as vezes o mordiscava, logo se afastou e retirou sua blusa, eu abri meus olhos.

Os seus cabelos agora estavam da mesma cor que os da... Camila?

Não, isso é loucura, sai da minha cabeça demonia de latina.

Peguei a cintura dela e a coloquei deitada no banco, minha mão direita deslizou para dentro da sua calça e ouvi ela gemer meu nome.

- Como sabe meu nome? - Perguntei a olhando.

- O quê? Eu não sei seu nome, qual é o seu problema? - Indagou irritada se sentando e colocando sua blusa.

O que estava acontecendo comigo?

- Espera ai, foi só uma pergunta idiota - Tentei concertar.

- Não, esquece tudo isso, Vero está sempre na Paradise, boa sorte - Informou saindo do carro.

A vadia se foi e pela primeira vez na vida alguém me dispensou.

Que porra há de errado com você Lauren?

. . .

A casa noturna era enorme e mesmo no meio da semana o movimento de pessoas lotava a frente do local. As luzes coloridas enfeitavam a fachada e ali parecia só frequentar gente com muita grana.

Cheguei perto do segurança, que mais parecia o incrível Huck com terno preto.

- Oi você pode me inf... - Ele cortou minha quase pergunta.

- Ingressos? - Indagou levantando uma das mãos.

- Mas eu não ten... - Me cortou de novo.

- Desculpe sem ingresso não entra, dê licença por favor - Ele disse apontando pra outra pessoa atrás de mim.

Senti minhas bochechas esquentarem de raiva.

- Eu só quero falar com a porra da Veronica, será que isso resolve Senhor engomadinho? - Tirei três notas de 100 dólares da carteira estendendo a ele.

O cara me olhou e assentiu dando passagem pra mim entrar.

Filho de uma puta, desgraçado.

Tudo bem, relaxa Lauren, você tem grana, não precisa economizar pra não ter que pedir pros seus pais.

Respirei fundo e procurei algum outro segurança na festa para perguntar sobre Vero. Achei um perto de uma parede e tentei passar pela multidão até que alguém puxou meu pulso direito.

Veronica sorria largo.

- E AI GRANDE JAUREGUI, A QUE DEVO A HONRA DA SUA PRESENÇA NO MEU RECINTO? SENTIU SAUDADES? - Perguntou logo soltando uma fumaça pela boca.

O som batucando a nossa volta fazia nós termos que gritar.

- PRECISO DE ALGUMAS COISAS - Respondi a olhando nos olhos.