Nova Droga

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Lauren - Domingo,  9 Dias

Ontem depois que chegamos do restaurante eu misturei duas das fracas que a Veronica me deu, fazia apenas um dia que eu não tinha usado nada e já fiquei daquele jeito, como uma verdadeira viciada.   Me espreguicei e sai do meu amável colchão, eu estava vontade de ver a praia hoje. Olhei para o relógio e faltava uma hora para o almoço, sai do quarto e comecei a procurar Camila.

Procurei por toda a casa e nada, decidi abrir a porta dos fundos e vi ela sentada numa espreguiçadeira vestida apenas com um biquíni vermelho. .

Todas latinas tem esse corpo? 

Ou só eu tinha esse privilegio em casa?

– Olá – Disse me sentando em suas pernas,  fazendo sombra nela – Não acha que o sol tá forte demais por agora? – Perguntei.

Camila me olhou confusa e retirou seus óculos escuros.

– O que você quer Jauregui? Eu lhe conheço mais do que você mesmo, não se esqueça disso! – Ela disse com os olhos estreitados.

A olhei com uma falsa expressão de medo e ela gargalhou.

– Eu só queria te convidar pra almoçar em algum restaurante... você escolhe – Falei.

Seus olhos brilharem que nem quando damos doce a alguma criança.

– Vamos em algum com frutos do mar então! – Respondeu.

Sorri e concordei.

Olhei para sua barriga que ainda nem dava sinais de gravidez.

– Ele não morde – Camila percebeu meu olhar.

Sorri de lado.

– Eu sei! E você tá errada, não é elE, é elA – Afirmei convicta.

A morena me olhou confusa.

– Como você tem tanta certeza? – Indagou.

Dei de ombros.

Coloquei uma das minhas mãos espalmada em seu ventre e senti um arrepio louco. 

Olhei de imediato pra Camila e a mesma sorriu afirmando minha pergunta muda, ela também sentiu. 

Agora eu tinha mais certeza que nunca, eu seria mãe.

. . .

Depois que almoçamos no tal de restaurante que a latina queria, decidimos ver algum filme no cinema, acabamos vendo dois porque eu queria de ação e ela romance. Eu ria ao me lembrar dela aos prantos por causa que o carinha lá morreu no final. Coisa estupida, pra que inventar uma história onde o principal morre?

Agora eu dirigia meu querido Impala rumando ao meu píer favorito de Miami, estava com saudades de contemplar a praia.

– Nossa! Que vento gelado é esse? – Ela perguntou quando chegamos no final do trapiche.

Nos sentamos num dos bancos que havia ali.

Olhei para ela e a mesma estava toda encolhida. Me aproximei e coloquei meu braço direito sobre seus ombros. Camila se aconchegou em mim e ficamos um bom tempo em silêncio, só ouviamos o barulho das águas se movimentando, algumas gaivotas que gritavam de vez em quando e das nossas respirações.

O céu estava misturando o lilás, vermelho e laranja ao mesmo tempo.

O sol começava a se despedir.

– Isso é tão lindo quanto suas pinturas amor! – Ela disse.

A olhei quando ouvi a última palavra.

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