You can be my cure (Destiel) || CORREÇÃO

DEZENOVE

— Quando foi a ultima vez que o viram? - perguntou Rufus. Ele havia sido chamado em plena madrugada. Como estava envolvido no caso da estufa resolveu ir verificar e possivelmente ligar pontos entre os casos ao receber a ligação da casa de Chuck.

Mary estava tomando uma xícara de chá enrolada em um cobertor no sofá da sala de Cas. Gabe estava ao lado dos irmãos meio sonolento e Chuck apenas ouvia tudo atentamente enquanto balançava Rafael nos braços.

Ele já havia voltado a dormir para a alegria de todos.

— Meu filho não volta para casa tarde assim, Oficial Turner. A ultima vez que o vi foi está manhã.

Rufus retirou um bloco de anotações do bolso. Ele não aparentava estar muito contente. Walker o tinha redirecionado a trabalhar com Bela, já que segundo ele, estava tarde e um outro caso necessitava dele. Bela era jovem, devia estar na faixa dos vinte e cinco anos e era totalmente caloura nessa área enquanto Rufus como veterano e experiente, se estressava muito fácil com pessoas que não conseguiam fazer o trabalho direito. Ele não dava para professor e nem em ser simpático.

— Ele passou aqui de tarde. Acho que era quatro e meia, mais ou menos. - Constatou Miguel pensativo. Ele era o único que parecia ter visto Dean. Lúcifer estava quieto demais para ter visto algo.

Bela limpou as botas no tapete da frente e retirou seu chapéu se apresentando a família. Ela estava realizando uma breve patrulha ao redor da casa.

— Não há nada estranho ao redor. - afirmou anotando em sua ficha. - Aqui diz que o senhor tem outro filho, Sr. Winchester. Samuel Campbell Winchester, onde ele está?

— Em casa dormindo.  

Bela olhou para Rufus. Castiel notou que eles desconfiaram de algo. O garoto ainda estava tentando se manter calmo, mas era tão sem noção ficar sentado respondendo perguntas enquanto ele poderia muito bem sair por aquela porta e ir procurar Dean ele próprio. Não tinham tempo a perder. Seu coração parecia estar sendo espremido no peito, não sabia se chorava ou gritava. Tudo travado por dentro enquanto que por fora Cas era só uma estátua tentando em vão controlar os movimentos de suas pernas que batiam no chão que sustentava a cadeira que ele estava.

— Ele sabe que o irmão está desaparecido?

— Não.

— Não deviam avisá-lo?

John trocou um curto olhar com Mary. O quê estava acontecendo?

— Achamos que não é uma boa ideia. Ele ficou o dia todo com febre e indisposição. Mal saímos de casa.

Febre? Mentira.

Não havia ninguém em casa. Cas sabia muito bem que não havia.

— Enfim...  - A oficial continuou - Vamos há algumas suposições. Dean pode ter fugido com alguém, uma garota ou namorada talvez? Meninos as vezes fazem isso.

Ela parecia tão calma que Castiel revirou os olhos. Perda de tempo era tudo que se passava na cabeça dele, maldito protocolo da polícia, tinha que ter esse interrogatório todo para começar a mover a mão na massa e trazer Dean de volta? Talvez seja tarde demais se demorarem.

— 19 anos. Ele já tem certos direitos.

—  Isso é impossível! - Mary chiou movendo o corpo no sofá. Ela disse tudo que estava preso na garganta de Cas. Sua xícara fumegando por sobre seu rosto.

— Meu filho não está com nenhuma garota, Oficial Talbot. Somos uma família sem segredos.

Sem segredos? Falou a família que mandou Sam para Londres para que não houvesse repercussão sobre ele usar drogas. E agora isso de febre repentina... Havia algo ai.