TRINTA QUATRO

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Assim que Sam foi levado para o quarto, Cas saiu para o exterior. Ainda estava frio e ele expirou o ar congelante vendo uma fumaça sair de sua boca fechando em resposta mais ainda o sobretudo para se aquecer. Dean estava sentado perto da escada que dava para o jardim. Cas viu quando o garoto enxugou o rosto com as costas da mão, possivelmente limpando algumas lágrimas que teimavam caiar, caminhou em sua direção sentando ao seu lado. Dean subitamente pôs a mão no queixo tentando parecer sério e não acabado, como realmente estava.

Como se fosse possível. 

O silêncio entre eles cada vez ganhando espaço até Dean o cortar.

— Me desculpe por aquilo. – Murmurou depois um tempo brincando com alguma corda de sisal esquecida lá, talvez tivesse caído de alguns materiais de construção que haviam por perto, isso era o que Castiel estava pensando. Dean estava muito aéreo.

— Por que está pedindo desculpas? Foi seu irmão que-

— É, mas isso estragou o natal. Não sei, só achei certo me desculpar.

Cas o tocou o puxando para que descansasse a cabeça no ombro dele. O garoto não impediu o ato.

— Sam é o único que precisa lutar contra isso. Grudando nele não deu certo e o ignorando também não. Então o trabalho pesado é com ele agora. – informou encarando o horizonte ou onde sua visão pudesse alcançar no espaço do terreno de ambos. Dean permaneceu deitado apenas respirando pesadamente.

— Eu vou perder meu irmão, não vou babe?

— Não. As coisas só saíram do controle, Ele precisa de ajuda. Vai ficar tudo bem...

O silêncio acolhedor voltou, aquela ausência de som que ouvia os pensamentos deles, fosse os bons ou os ruins. O silêncio servia para se colocar a cabeça de volta no lugar, foi do silêncio que surgiram as melhores ideias, foi devido a ele que o que era ruim foi deixado de lado e o que era bom foi escolhido. Sam Winchester não soube apreciar do momento que teve sozinho de forma sábia.

Principalmente numa noite que até as estrelas resolveram deixar o céu e as nuvens cobriram toda a extensão.

Numa noite em que nem a lua iria desviar sua atenção.

— Como ajudar alguém que parece que desistiu? – Dean questionou mais para si mesmo do que para Castiel, mesmo assim ele respondeu.

— Provando que ele quer ser ajudado, mesmo que não saiba ainda.

— Isso com certeza é uma coisa que eu falaria, mas eu já tentei de tudo. Tudo que estava ao meu alcance.

Dean se separou dele. Parecia com certa raiva esculpida em seu rosto, Castiel até sentia sua mandíbula tensionando.

Era a negação.

Dean se negava a admitir que tudo estava acabado mesmo Sam não só uma, duas ou três, porém sim quebrando a confiança dele incontáveis vezes.

Era seu irmão e se ele tivesse que mover o mundo para ajudá-lo. Ele iria.

— O quê comprou para ele?

Os olhos de Dean marejaram. Ele deu um meio riso jogando a corda de suas mãos para longe.

— Um cachorro.

Castiel deu um sobressalto. Não estava vendo nenhum animal ali. E um cachorro era o que ele menos esperava, de todos os presentes doidos e malucos que Sam poderia receber, um cachorro dado por Dean tenho-medo-de-cachorros Winchester com certeza não parecia estar na lista. Ele procurou algo no bolso da calça social e tirou um envelope.

You can be my cure (Destiel) || CORREÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora