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—Como vai a faculdade?— meu pai me pergunta já em casa e me lembro de Pietro me pedindo ajuda.

Posso ter 19 anos, mas meu pai me trata como uma bebezinho de colo.

—Vai bem— falo— tirei a maior nota da sala.

—Parabéns, isso me lembra a...— ele não acaba de falar, mas nem precisa.

Isso para ele lembra a minha irmã mais velha, a Maia. Ela foi embora com o namorado que antes foi o sequestrador dela, ou seja, o maior rolo, é estranho eu sei mas ela me falou a história toda e é muito linda.

Porém o nome dela é impronunciável aqui em casa.

—Você tem alguma notícia dela?— ele faz essa mesma pergunta a 3 anos.

—Não— respondo essa mesma mentira a 3 anos.

Maia continuou em contato comigo durante esses 3 anos mas disse que não era para eu falar nada para o nosso pai. Eu nunca disse nada mas isso me deixa muito triste pois ele sente muita falta dela e isso está estampado em seu rosto.

Ruth me ajuda a tomar banho. Meu pai paga ela para me ajudar enquanto eu não consigo me virar sozinha, ou melhor, enquanto eu não consigo andar. Acho que ele vai pagar ela para o resto da vida.

—Obrigada, Ruth— falo depois do banho.

—Vou deixá-la sozinha agora, licença— ela fala e sai.

Meu celular vibra com uma nova mensagem, deve ser de Alika. Mas não é e me espanto ao ver de quem é.

Pietro Agostini: Zara, me ajudaaa.

Meu Deus! Por que ele não para? Ele não vê que eu não vou ajudar ele?

Eu: Eu não vou te ajudar Pietro, me deixa em paz.

Pietro Agostini: Pode me chamar de Pitro se quiser gata.

Eu: Pitro? Que droga de apelido é esse?

Pietro Agostini: Eu sei que é uma droga, mas meus pais me chamavam de cabeça e agora esse não é mais um bom apelido.

Eu: Com 3 na prova não é mesmo.

Pietro Agostini: Então me ajuda, o que eu tenho que fazer pra você me ajudar?

Eu: Me internar porque nesse dia eu vou estar louca.

Pietro Agostini: É sério. Então fala o real motivo de você não querer me ajudar.

Eu: Não posso, peguei gripe espanhola, ela é altamente contagiosa, me agradeça pois acabei de salvar sua vida.

Pietro Agostini: Eu sou imune a epidemias que dizimaram quarenta milhões de pessoas no início do século vinte, obrigado.

Eu: Como que você sabe tanto assim sobre epidemias?

Pietro Agostini: Eu sou bom em história gata, sei um monte de coisas inúteis.

Eu: Então saiba que também é inútil pedir a minha ajuda.

Pietro Agostini: Eu pago pelas aulas se você quiser, eu paro de falar da sua situação e paro de zoar sua amiga, a Akinla.

Eu: Eu não preciso do seu dinheiro e o nome dela é Alika. Por que você não pede ajuda pro Paulo? Ele também tirou nota alta na prova.

Pietro Agostini: Eu não gosto do Paulo.

Eu: E eu não gosto de você!

Pietro Agostini: Você não precisa gostar de mim ;-)

Alguém bate na porta e a abre.

—Vamos?— meu pai pergunta.

—Nossa, tinha até esquecido— digo o seguindo.

Ele me ajuda a entrar no carro e vamos para a clínica onde faço meu tratamento para voltar a andar.

Quando chegamos eu faço as mesmas coisas de sempre, não consigo melhoras significativas e vou para lanchonete do lugar comer.

Mas tenho uma surpresa, Pietro esta aqui. Ele está me seguindo?

—Oi— ele diz e se senta na mesma mesa que eu.

—O que você esta fazendo aqui?— pergunto sem paciência.

—Vim te fazer uma proposta.

—Você sabe que eu não vou te ajudar— digo— Pietro, tem um monte de garotas por ai que gostariam de te dar aulas, mas eu não, ok?!

—Por isso mesmo, com toda essa beleza italiana minha as garotas não me deixam em paz— eu gostaria de concordar mas não vou aumentar o ego dele que já é enorme— e além do mais eu sei sobre o Paulo.

—Como assim?— engulo em seco, será que ele sabe?

—Eu sei que você ama ele— ele fala e abre um sorriso enorme cheio de dentes perfeitos.

—Não amo, não— vou negar, vai que ele se convence.

—Para de mentir— ele continua— mas vai ser assim o nosso acordo, você me dá as aulas particulares e eu paro de zoar você e a Akinla e ainda não falo pra ninguém que você gosta do Paulo, e você sabe que ser vista andando comigo vai fazer todo mundo querer ser seu amigo.

Penso sobre o que ele disse. Se ele parar de zoar eu e Alika será muito bom. Se ninguém souber do meu amor por Paulo será muito bom. E ele é bem popular e ter vários amigos será muito bom.

—Tudo bem— falo e ele me olha com expectativa— mas aprenda algumas coisas, o nome dela é Alika e se você continuar zoando a gente vai saber o que é ser capado, entendeu?

—Esta bem, mas não fala pra ninguém que você vai me dar aulas, ta bom?

—E quando perguntarem por quê estamos andando juntos?

—Responda que somos amigos.

—Tudo bem— apertamos as mãos.

O garçom chega com os lanches e penso em Paulo. Foi aqui que conheci ele, ele era atendente e garçom também.

Algumas aulas escondidas em troca de silêncio e popularidade. O que pode dar errado?

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Eu sei que a história não está muito boa mas vai melhorar kkkk é que os primeiros capítulos não são muitos bons.

Votem e comentem ❤❤❤

Essa é uma história de amor (#Wattys2016)Onde histórias criam vida. Descubra agora