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"Não há nada mais importante do que o amor. E nenhuma lei superior." – Dama da Meia-Noite, Artifícios das Trevas.

Era tão comum estar com ele agora. Era como se não existisse o passado, éramos nós no presente e não eu e ele. Todas as noites dormíamos juntos, sem exceção. E todas as noites Ethan fazia amor comigo. Ele sorria com mais frequência e estava sorrindo nesse instante quando estávamos indo visitar Camile e Connor mais uma vez. Mas hoje era um dia especial. Muito especial. E minha tosse e resfriado não iria atrapalhar.

Quando os cascos do cavalo param de bater contra o chão, sei que chegamos. Ethan abre a porta e me estende a mão para descer. Era um ritual quando saímos, ele não esperava o cocheiro abrir a porta. Ele saltava do carro quando este parava e logo estendia sua mão para mim.

Quando passo meu braço pela dobra do dele, nos encaminhamos para as escadas da casa. Não esperamos nem minutos, e a porta já é aberta. Todos da casa sabiam que eu adorava visitar os meninos.

Deixamos nossos casacos com o mordomo e subo as escadas apressada. Ethan ri e me segue.

A porta do quarto deles estava fechada, bato nela e Camile responde. Era sempre uma delícia visitar o quarto dos bebês. Em tons de azul, o quarto estava repleto de brinquedos que o pai os mimava.

Camile estava segurando August, Andrei estava se debatendo em seu berço.

- Camile, você está horrível. – a amiga estava descabelada e cansada, suas roupas amassadas.

Ela ri. – Seja mão de dois meninos, Christina. Pegue Andrei por favor.

Corro para seu berço de madeira e sorrio para o bebê.

- Olá Camile, como está? – Ethan fica no batente da porta.

Sua expressão passa de alegre para reservada. – Cansada, Ethan. E você?

Ele balança a cabeça. – Melhor impossível.

Vejo o rosto de Camile se contrair e ela suspira. – Connor está em seu escritório. Mudou para o piso superior, ele não aguentava ficar longe dos filhos ficando lá embaixo. É a terceira porta à direita.

- Obrigado.

Ethan sai sem ao menos lançar um olhar em minha direção. Era sempre assim quando visitávamos os meninos. Era como se eu não existisse.

O bebê arrulhava em meu colo e tento livrar a tristeza de meu rosto para graceja-lo. – Você será meu sobrinho, querido. Vou mimá-lo até sua mãe me odiar.

Camile ri. – Você já faz isso.

De repente, August começa a reclamar. Camile suspira. – Ele está com cólicas. Andar pela casa sempre resolve. Pode fazer isso por mim, Christina? Estou tão cansada que minhas pernas parecem não suportar o meu peso.

- Mas é claro! – Entrego Andrei para ela enquanto ela me passava o outro bebê. Os dois tinham diferenças mínimas, mas ainda dava para confundi-los. Eu queria contar a ela, mas o momento não era certo.

- Esfregue suas costinhas. – e eu imediatamente começo a esfregar delicadamente suas costas para passar o incômodo.

- Vou andar por aí enquanto você alimenta Andrei.

ERROS DO PASSADOOnde histórias criam vida. Descubra agora