Levantando a minha guarda.

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Horas mais tarde eu levantei da cama e fui para a cozinha, olhei no relógio já era 19:30. Ótimo, aonde é que a Clhoe pensava que o Nicholas estava agora? Com certeza depois de tudo o que aconteceu ela já deveria saber que ele estava na minha casa e depois de toda essa demora ela já deveria saber o que tinha acontecido .  Vou até a geladeira e pego uma garrafa de água gelada e coloco no copo quando o Nicholas surge atrás de mim.

- A Clhoe acabou de ligar - Diz o Nicholas com um sorriso travesso nos labios e chegando por trás de mim para me abraçar, ele da um beijo no meu pescoço e eu me viro e dou um selinho nele, coloco meus braços em volta do seu pescoço e ele me abraça pela cintura.

- O que ela queria? Certificar de que você estava vivo?

- Basicamente - ele beija a ponta do meu nariz - Eu disse pra ela que  já fizemos as pazes - Dou um sorriso meio sem graça e me viro para guardar a garrafa de água de novo na geladeira. Ele percebe a minha expressão - Você está bem anjo? - Paraliso. Ele realmente acabou de me dar uns daqueles apelidos carinhosos de namorados ?

- Nicholas, para. - Ele me olha assustado e tenta se pronunciar mas eu o interrompo - É sério, não me chama assim de novo - encosto na pia, ele vem mais pra perto, eu o afasto.

- O que está rolando Cler? - diz ele com voz firme e ao mesmo tempo desapontada.

- Esse o problema Nicholas não está rolando nada entre a gente, não precisa começar a me chamar de outros nomes que não seja o meu. - Ele olha para mim confuso.

- Mas e o que aconteceu hoje? Você não gostou? Eu fiz algo de errado? Te machuquei em algum momento?

- Não, não é nada disso, muito pelo contrário, eu amei o que acabou de acontecer Nicholas.

- Então qual é o problema? Você disse que está apaixonada por mim e depois acabamos em cima da SUA cama, como você pode me dizer que não está rolando algo? - Ele coloca a mão no meu rosto, eu o viro, ele desaba na cadeira que estava mais perto exausto.

- E eu estou, eu não menti sobre nada, porém hoje fomos longe demais - Também me sento - Não podemos ficar juntos Nicholas, você não vê? - Ele olha para mim em estado de choque, olho para baixo, aquilo tinha que ser feito e se eu o olhasse nos olhos iria vacilar porque por mais que eu odeie admitir isso, ele era o meu ponto mais fraco, porém era o certo a ser feito, como eu poderia amar alguém que já tinha uma vida toda feita longe de mim? 

- Por que você está fazendo isso Cler?

- Por que você faz perguntas das quais você já sabe as respostas ? Você vai embora, eu não vou lhe ver mais e eu quero muito que o que aconteceu hoje aconteça de novo, porém você vai voltar pro Sul e eu vou continuar aqui, e eu não vou conseguir aguentar esse desejo de ter você, de sentir você, de pertencer a você do jeito que nos pertencemos hoje naquela cama por tanto tempo assim. - Ele pega a minha mão, eu recuo.

- Podemos fazer isso Cler.

- Você pode Nicholas, eu não. Eu não iria aguentar passar dias sem tocar você, sem beijar você, fomos longe demais. Acordar e não lhe ver do meu lado vai ser uma tortura para mim todos os dias, e é por isso que eu não posso. - Me levanto e vou andando até o meu quarto e como sempre ele me impede.

- Eu te amo Cler - Quando ouço essas palavras fecho os meus olhos e uma lágrima escorre pelo meu rosto. Droga. Por que ele sempre tem que tornar tudo mais difícil? Ainda virada digo - Vá até meu quarto e pegue suas coisas. Eu vou tomar um banho e quando eu sair de lá eu não quero mais te ver aqui. Por favor, preciso de um tempo. - Vou andando até o quarto, assim que abro a porta ouço ele falando da cozinha

- Você não vai se livrar de mim assim tão fácil. Você sabe que eu sou teimoso e eu não vou desistir de você. - Guardo aquelas palavras para mim  e fecho a porta. 

Desarmando minhas defesasOnde histórias criam vida. Descubra agora