Amor Assassino - Vol. I

Capítulo 6

"Doces Sonhos são feitos disso; Quem sou eu para discordar; Viajar o mundo e os sete mares; Todo mundo olha por algo; Alguns deles vão querer usar você; Alguns deles vão querer ser usados por você; Alguns deles vão querer abusar de você; Alguns deles vão querer ser abusados por você." - Emily Browning ♫

(Música para a cena a seguir ♫)

Ouço passos vindos lá de baixo, automaticamente levanto minha cabeça e olho para a porta do quarto, mas não vejo nada. Volto a cabeça para o travesseiro, e os passos começaram a ficar mais e mais próximos de onde eu estava. Sinto meu coração disparar e tento alcançar uma faca que costumava deixar atrás da cabeceira da cama, mas para minha surpresa ela não estava lá. Porque minha maldita faca não está no lugar que eu sempre deixo?!

Suspiro profundamente e tomo coragem para me levantar de forma cuidadosa da cama. Caminho devagar em direção a porta do meu quarto quando dou de cara com algo no meio a escuridão. Fico completamente paralisada. Não era para ter nada aqui, conheço o meu quarto como a palma da minha mão!

Ouço um som estranho de respiração, e que eu achei ser um objeto, na verdade era alguém. Dou um passo de leve para trás, meu coração já estava quase saindo pela minha boca, quando esse alguém agarrou meus cabelos fortemente evitando que eu me afastasse mais. Eu não sabia o que fazer naquela hora, então por um mero impulso, afundo um soco bem na cara do indivíduo. Ele cambaleia um pouco para trás, me levando junto com ele, e eu aproveito a situação para me debater e tentar me livrar.

Ele logo se recuperou do golpe, e me girou para a parede, me pressionando de frente para ela, enquanto ficava atrás de mim e aproximava seu rosto perto do meu ouvido com aquele barulho de uma profunda respiração abafada. Ele aproveitava para deixar uma de suas mãos livres brincar nas curvas do meu corpo.

A medida que ele foi descendo a mão pelo meu corpo, que estava com uma luva de couro que facilmente pude perceber, fui ficando cada vez mais desesperada. Eu não tinha gritado ainda, pois aquela situação havia me deixado completamente sem voz. Talvez eu tivesse medo do que poderia acontecer se eu gritasse, ou não estava acreditando que aquilo realmente estava acontecendo comigo.

Estranhamente ele afrouxou um pouco a mão que segurava meus cabelos, pensei que iria me soltar, mas foi tolice pensar assim, pois assim me soltou, ele bateu minha cabeça contra a parede, me fazendo desmaiar na hora.

•••

Acordo meio zonza, tentando mover minhas mãos, porém elas não saiam do lugar, estavam amarradas, e meus pés também. Merda! Só percebo que estava nua quando sinto uma mão subir pela minha perna e chega até minha bunda. Mas que porra! Como isso foi acontecer comigo?! COMIGO?! Quando eu sair dessas amarras... porque eu vou sair! Irei torturar tanto esse desgraçado, que ele vai se arrepender de ter encostado um dedo em mim...

Eu estava deitada de barriga para baixo, e ele subiu em cima de mim, afastando meus cabelos para o lado e tirando as mechas do meu rosto. Foi então que eu vi... Uma máscara de gás... achei que meu coração fosse parar de bater naquele momento, minha respiração começou a ficar desordenada e eu suava tanto que parecia que eu tinha acabado de sair do banho.

- Shhiii... - Ele murmurou com seu dedo indicador encostado na máscara.

O homem passou os dedos pela minha bochecha e depois levou sua mão até o cinto de sua calça, o ouvi ser tirado e depois ouvi o zíper sendo aberto. Não! Não! Não! NÃO!!! Assim que ele achou o buraco em mim que queria enfiar aquele troço, ele foi sem pena alguma, de uma só vez. Espremo os olhos e mordo com força o pano que rodeava minha boca. Como isso doeu, desgraçado...