Dia seguinte...
A campainha toca bem no horário marcado com Daniel, me apresso a ir até a porta e abri-la.
- Oi! Entre. - Abro a porta para Daniel.
- Com licença.
Ele entra devagar, olhando tudo ao redor, parecia cismado com algo. Ao fechar a porta, caminho até o sofá.
- Fique à vontade.
- Obrigado. - Daniel se senta e continua a olhar todos os cantos. - Onde ele está?
- Quem?
- Você sabe quem, Lya. - Daniel me encara. Só agora que notei as olheiras profundas em seus olhos, ele parecia não ter dormido bem essas noites anteriores.
- Ele foi embora.
- Não minta pra mim! - Daniel pareceu grosseiro, ele realmente não estava bem.
- Opa! Calma aí! Eu não estou mentindo!
- Eu sei que não estou louco. Não me lembro como aconteceu, mas eu vim até sua casa aquele dia e nós conversamos sobre algo, sei que depois disso não me lembro de mais nada, e acordei na minha casa, cercado de remédios para insônia e bebidas.
- Eu não sei como eu posso te ajudar com isso...
- A verdade! - Daniel me interrompe. - Me diga a verdade! Por favor!
Suspiro. O que eu faço? Conto ou não conto a verdade? Daniel realmente não está bem, olha o rosto dele, está abatido, como se não dormisse a dias, e tudo isso por minha culpa. Meu segredo está o torturando, estou acabando com a vida dele. Que maldito peso! Se continuar assim, isso vai me ferrar alguma hora. Eu tenho que dizer...
- Tudo bem. - Os olhos de Daniel pareciam brilhar. - Eu o mandei ir embora, e ele foi. Não vai mais me incomodar. E sobre o que você descobriu sobre nós, é verdade. Mas eu te imploro, não pode contar isso a ninguém. Ele já se foi, então isso tudo acabou.
- Obrigado, Lya. - Daniel suspira e um sorriso forma em seus lábios. - Obrigado por me dizer a verdade, eu sabia que não estava louco.
- E a parte em que tudo o que aconteceu é segredo? - Eu o olho preocupada, porque isso realmente me incomodava.
- Não se preocupe, eu disse que sou seu amigo, essa história vai morrer comigo.
- Obrigada. - Sorrio agradecida, mas ainda estava preocupada de que ele estivesse mentindo, e que assim que saísse da minha casa, iria correr até a delegacia e me entregar.
- Ele foi embora mesmo?
- Sim.
- Porque?
- Acho que ele não precisava mais de mim e se foi. E eu agradeço aos céus por isso.
- Tomara que sim. E como você está?
- Estou bem.
- Deve ter passado maus bocados nas mãos daquele desgraçado...
- Pois é... - Me lembro dos momentos que tive com Ben. Os beijos, abraços... - Mas tudo isso é passado, espero voltar a minha vida normal de agora em diante.
- Se precisar de algo, qualquer coisa, estarei sempre aqui para ajudar.
- Agradeço, Daniel. Você realmente parece ser um bom amigo. Talvez o único que eu tenha.
- Não diga isso, todos no trabalho gostam de você.
- É, eu acho que sim. Quer dar uma volta por aí? Sei lá, sair um pouco de casa.
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Amor Assassino - Vol. I
Action{AUTORAL - PLÁGIO É CRIME!} Livro de total autoria, porém, pode conter diversas referências. {ATENÇÃO} Esse livro é de conteúdo ADULTO, por conter linguagem imprópria, violência extrema, conteúdo sexual e assassinato. Todas as informações citadas sã...