Capítulo 26

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Dia seguinte...

A campainha toca bem no horário marcado com Daniel, me apresso a ir até a porta e abri-la.

- Oi! Entre. - Abro a porta para Daniel.

- Com licença.

Ele entra devagar, olhando tudo ao redor, parecia cismado com algo. Ao fechar a porta, caminho até o sofá.

- Fique à vontade.

- Obrigado. - Daniel se senta e continua a olhar todos os cantos. - Onde ele está?

- Quem?

- Você sabe quem, Lya. - Daniel me encara. Só agora que notei as olheiras profundas em seus olhos, ele parecia não ter dormido bem essas noites anteriores.

- Ele foi embora.

- Não minta pra mim! - Daniel pareceu grosseiro, ele realmente não estava bem.

- Opa! Calma aí! Eu não estou mentindo!

- Eu sei que não estou louco. Não me lembro como aconteceu, mas eu vim até sua casa aquele dia e nós conversamos sobre algo, sei que depois disso não me lembro de mais nada, e acordei na minha casa, cercado de remédios para insônia e bebidas.

- Eu não sei como eu posso te ajudar com isso...

- A verdade! - Daniel me interrompe. - Me diga a verdade! Por favor!

Suspiro. O que eu faço? Conto ou não conto a verdade? Daniel realmente não está bem, olha o rosto dele, está abatido, como se não dormisse a dias, e tudo isso por minha culpa. Meu segredo está o torturando, estou acabando com a vida dele. Que maldito peso! Se continuar assim, isso vai me ferrar alguma hora. Eu tenho que dizer...

- Tudo bem. - Os olhos de Daniel pareciam brilhar. - Eu o mandei ir embora, e ele foi. Não vai mais me incomodar. E sobre o que você descobriu sobre nós, é verdade. Mas eu te imploro, não pode contar isso a ninguém. Ele já se foi, então isso tudo acabou.

- Obrigado, Lya. - Daniel suspira e um sorriso forma em seus lábios. - Obrigado por me dizer a verdade, eu sabia que não estava louco.

- E a parte em que tudo o que aconteceu é segredo? - Eu o olho preocupada, porque isso realmente me incomodava.

- Não se preocupe, eu disse que sou seu amigo, essa história vai morrer comigo.

- Obrigada. - Sorrio agradecida, mas ainda estava preocupada de que ele estivesse mentindo, e que assim que saísse da minha casa, iria correr até a delegacia e me entregar.

- Ele foi embora mesmo?

- Sim.

- Porque?

- Acho que ele não precisava mais de mim e se foi. E eu agradeço aos céus por isso.

- Tomara que sim. E como você está?

- Estou bem.

- Deve ter passado maus bocados nas mãos daquele desgraçado...

- Pois é... - Me lembro dos momentos que tive com Ben. Os beijos, abraços... - Mas tudo isso é passado, espero voltar a minha vida normal de agora em diante.

- Se precisar de algo, qualquer coisa, estarei sempre aqui para ajudar.

- Agradeço, Daniel. Você realmente parece ser um bom amigo. Talvez o único que eu tenha.

- Não diga isso, todos no trabalho gostam de você.

- É, eu acho que sim. Quer dar uma volta por aí? Sei lá, sair um pouco de casa.

Amor Assassino - Vol. IOnde histórias criam vida. Descubra agora