Capítulo 32

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- Vai descer ou não da moto para conversarmos sobre isso?

Eu não tinha escolha, então desci. Caminhamos de volta para o bar da Beth e nos sentamos novamente no balcão. Meu rosto estava sério diante da situação, eu realmente estava muito preocupada com o que iria acontecer comigo. Beth notou minha cara, e avançou até onde estávamos como uma leoa.

- Escuta aqui, se eu descobrir que está fazendo alguma coisa com a minha menina, eu te pego, cara...

- Fica na sua, mulher, eu sou do FBI. - Mason mostra seu distintivo para Beth.

Eu a olho preocupada sem dizer uma palavra, e ela me olha incrédula e se afasta de nós. Obrigada pela intenção, Beth, mas você não vai poder me tirar dessa.

- Que diferença faz se eu te ajudar a pega-lo ou não? Vai me prender da mesma forma. - Falo.

- Sim, Lya, mas se você colaborar comigo, a polícia vai saber, e sua pena pode ser reavaliada em vários aspectos positivos.

- Como assim?

- Pode ser julgada por debaixo dos panos, ninguém precisa saber. Não perderá seu emprego, nem seus diplomas...

- Tem como isso acontecer? - O olho esperançosa.

- Sim, mas só se colaborar comigo.

Com ele? Porque só com ele? Será que a polícia está sabendo que ele continua investigando o caso de Vanessa sozinho?

- Tudo bem, eu te ajudo a pega-lo.

- Eu gostaria de saber o nome "dele"?

- Pode soar familiar para você, o chamam de Pescador.

Mason se surpreende com minha resposta, provavelmente não esperava que o mesmo homem que cruzou seu caminho no passado, voltou a cruzar novamente. Vejo raiva transbordar em seus olhos, o desejo de pegar seu maior inimigo acabara de aumentar ainda mais.

- Pescador... quem diria. - Ele comenta olhando para o chão enquanto pensava em algo. - E como pretende encontra-lo? - Seu olhar volta a mim.

- Não sei ainda, vou dar um jeito.

- É melhor dar mesmo, e espero que não tente me enrolar, porque você está com a corda no pescoço, Lyanna.

- Eu sei. - Falo com raiva.

- Você tem três dias para entrar em contato com ele, ou será presa sozinha, e vai apodrecer na cadeia.

Mason se levanta e sai do bar, eu suspiro, relaxando toda a minha tensão que estava sentindo diante dele. Me viro de frente para o balcão, e apoio meus braços em cima dele, olhando minhas mãos.

- A onde você se meteu, querida? - Beth se aproxima perguntando preocupada.

- Ah, Beth, eu tô numa merda fodida. Só me dê algo para beber, por favor.

- Claro.

- Desgraçado... - Sussurro enquanto sinto a raiva me preencher.

Não sei de quem sinto mais raiva, se é de Mason ou de Daniel. Aquele filho da puta, mentiroso! Como pude acreditar naquela história de que éramos amigos. Rato imundo. Eu deveria ter deixado Ben matar ele naquela vez. Como sou burra. Que raiva de mim mesma!

- Aqui. - Beth me serve um copo.

Eu o pego e tomo em um gole. Aquela criatura não me vale de merda nenhuma, se ele morrer agora não vai fazer diferença para ninguém, não tem família e nem amigos próximos que eu saiba. Foda-se se me acusarem por assassinato, eu já estou em um beco sem saída mesmo. Essa é uma morte que vou ter orgulho de ser acusada. Me levanto rapidamente e saio do bar.

Amor Assassino - Vol. IOnde histórias criam vida. Descubra agora