Capítulo 18

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Abro os olhos devagar e me deparo com um homem de touca preta me observando de pé na ponta do sofá. Levo um baita susto, por não reconhecer Ben na hora e porque não esperava que o veria de touca novamente tão cedo. No mesmo instante me sento e esfrego os olhos.

- O que você tá fazendo aí em pé?

- Estava te olhando dormir.

- A quanto tempo?

- Desde que deixou a caneca no chão e virou para o canto.

- Está dizendo que ficou em pé aí desde as quatro da manhã?

- Sim.

- Pra que isso, meu deus... - Suspiro confusa.

- Quero garantir que está segura.

- Estou bem, okay... - Abano uma das mãos. - Sei me cuidar.

Levanto e tomo meu café. Vou até a garagem e começo a esfregar minha moto, livrando ela de todo o sangue seco que impregnava o couro do banco e a pintura da carcaça. Assim que termino um desejo mortal me preenche por dentro de querer dar uma volta com ela. Cedo ao meu desejo e entro para pegar minhas chaves. Ben me vê indo em direção as chaves e corre para alcança-las antes de mim. Eu pulo para pega-las primeiro, mas fracasso.

- A onde vai?

- Quer ficar me controlando agora?! Anda, me devolve. - Tento pega-las da mão de Ben, mas ele as suspende no ar.

- Me diga primeiro a onde vai.

- Vou dar uma volta com a minha moto, sem compromisso, só bateu vontade, tá bom?!

- Hum.

Ele abaixa a mão com a intenção de me entregar, mas quando vou pegar, Ben leva a mão em outra direção, fazendo minha cabeça virar e meu pescoço ficar descoberto. Ele aproxima sua boca dele e dá uma pequena mordida, depois um beijo. Fecho meus olhos por um instante apreciando as carícias e suspiro.

- Tira essa touca, não precisa mais disso...

Levo minhas mãos até a nuca de Ben com a intenção de tira-la, mas ele segura meus punhos e me afasta, o encaro estranhando sua reação repentina. Ele estende a mão entregando as chaves e sai da minha vista.

Okay! Isso foi entranho, mas foda-se, nada que um passeio de CB não anime as coisas. Volto para a garagem e ponho o capacete. Ao sair, dou uma última olhada para minha casa e vejo Ben me olhando pela janela, acelero minha moto e parto sem nenhum destino em mente.

Após longos minutos dando voltas pela cidade, sinto meu celular vibrar dentro da minha jaqueta, então rapidamente procuro uma vaga e estaciono minha moto. Apanho o celular do bolso e me deparo com uma mensagem de Mason.

Chat/On

Mason: Lyanna, eu descobri uma coisa e quero que veja, venha na minha casa assim que puder.

Você está ocupado agora? Pq eu tô livre nesse exato momento. :Lya

Mason: Então pode vir. 

Ok. :Lya

Chat/Off

Sigo em direção a casa de Mason, algo em meu subconsciente me deixava preocupada, mas mesmo assim precisava saber o que ele havia descoberto.

- Hei! - Comprimento Mason quando entro pela porta de seu apartamento.

- Olá, Lya. Como vai?

- Desde ontem, tudo bem.

Amor Assassino - Vol. IOnde histórias criam vida. Descubra agora