Capítulo 37

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Passo pela porta de casa e dou graças a deus por estar livre daquela delegacia e de seus agentes. Olho ao redor, estava tudo em seu devido lugar, porém, eu sentia como se tivesse algo a mais no ambiente. Ando sem pressa alguma, subindo as escadas que levavam até o meu quarto. Quando chego vejo que minha toalha estava jogada em cima da cama, deixando o lençol úmido. Eu a pego e levo até o banheiro, pendurando no porta-toalhas.

Quando volto para meu quarto, um homem passa pela porta e se senta em minha cama me encarando, e ao tirar a touca, reconheço quem era na mesma hora.

- Você me assustou. – Olho séria para Ben.

- Queria dizer que não foi a intenção, mas não seria verdade. - Ele continua. - Vejo que conseguiu se livrar da polícia.

- Sim. Não sei o que fez com Daniel, mas funcionou. Agradeço.

- Só tivemos uma conversa, e ele me contou a merda que fez.

- Espero que ele ainda esteja vivo depois dessa conversa.

- Não tenho interesse de mata-lo mais.

- É uma pena, pois eu quase o matei depois que descobri o que ele fez...

- Lya.

- Sim?

- Desculpe.

Entendia exatamente o motivo do pedido de desculpas, eu sabia que o golpe que ele havia me dado antes não foi intencional, e agora depois de tanto tempo decidi relevar o fato, só que não totalmente.

- Tudo bem.

- Ainda quer enfiar uma faca no meu olho?

- Talvez. - Sorrio. - Seu nome verdadeiro é Bernard Hall, não é?

A feição serena dele muda para séria quando falo o seu nome.

- Como descobriu?

- Quando fui na casa daquela juíza com Mason. Nós encontramos umas fichas do advogado Robert Collins. Esse nome é familiar pra você? - Ben não responde, com certeza esse assunto o incomodava. - Sua famíli...

- Não. - Ele me interrompe.

- Só queria saber se encontrou o culpado disso.

- Vocês todos me olham como se eu fosse o culpado disso, mas não sou eu, é ele... Aquele cara, da balaclava preta...

Sinto que acabei de fazer merda, pois Ben parecia que ia surtar de novo.

Sinto que acabei de fazer merda, pois Ben parecia que ia surtar de novo

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- Não, não... foi ele... - Ele sussurra espremendo os seus olhos e apanha seus cabelos com as mãos novamente.

- Ei!

Corro até Ben e me abaixo até meu rosto ficar a altura do dele, minhas mãos seguram as mãos dele em sua cabeça.

- Foi aquele cara... - Ele continua.

Amor Assassino - Vol. IOnde histórias criam vida. Descubra agora