Capítulo 15

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- A onde vai?

- Preciso sair. – Procuro minha carteira por toda a casa. – Você vai ficar bem?

- Sim.

Finalmente encontro a carteira com meus documentos dentro de um pote. Subo as escadas rapidamente e pego uma blusa de moletom preta, pois o dia estava nublado com cara de que iria chover mais tarde. Desço até a sala e confiro as chaves antes de sair. Paro na porta e olho para Ben sentado no meu sofá.

- Pode pegar o que quiser na geladeira. - Vejo ele acenar com a cabeça e fecho a porta em seguida.

Caminho até a garagem com o intuito de pegar minha moto, mas logo desisto quando a vejo coberta pelo sangue do Pescador. Ligo para um táxi no mesmo instante e ele não demora muito para chegar.

- Qual o destino?

- Para a cafeteria Starbucks que fica na 2E Spadina Ave.

- Certo!

O trajeto foi rápido, e logo antes do carro parar, avisto a moto de Mason parada bem em frente a cafeteria. Entro no local e olho para os lados, vejo Mason acenar para mim no fundo do lugar, e apresso o passo para chegar até ele.

- Não ouvi o barulho da sua moto. - Ele comenta.

- É porque eu peguei um táxi.

- Porque? O que ouve com sua moto?

- Ah... - Pensa, Lya! - A embreagem dela tá meio ruim, então estou evitando o máximo andar com ela até levar ela no mecânico, não quero piorar a situação. - Na verdade ela está coberta de sangue graças a você, Mason.

- Que merda, hein!? Eu tenho um amigo mecânico, posso mandar ele dar uma olhada para você...

- Aham, claro... mas e sobre aquilo que queria falar comigo?

- Ah sim, quer pedir alguma coisa primeiro?

- Não, obrigada.

- Tem certeza? Eu pago.

- Sim, só quero saber o que tem para conversar comigo.

- Tudo bem. - Mason estala o dedo chamando a atenção para a garçonete que logo vem até nossa mesa. - Eu quero um café puro e um capuccino grande para a moça, por favor.

- Okay, só um momento. - A mulher sai.

- Eu disse que não queria nada.

- A conversa vai ser longa, porque quero entrar em um acordo com você. Vai me agradecer quando chegar na metade e você ainda estiver tomando seu capuccino.

Um acordo? Que acordo seria esse? Será que ele sabe de tudo e quer que eu faça algo para não me denunciar, assim como o Pescador vem fazendo comigo? Ah não, isso de novo não...

- Acordo?

- Sim. - Mason me encara sério, e eu me encolho um pouco na cadeira com seu olhar. - Eu descobri umas coisas, e Lya... preciso da sua ajuda nisso.

- Minha ajuda? Em que exatamente? O que descobriu? - Não estava entendendo nada, e isso me deixava mais ansiosa e desconfortável com a situação.

Eu realmente não queria ver Mason de novo tão cedo, mas precisava saber qualquer informação que ele tenha conseguido sobre os meus assassinatos de qualquer maneira. E por causa disso me arrisquei a encontra-lo novamente.

- Eu estava na casa de uma amiga de trabalho ontem, e fomos atacados. Felizmente eu saí ileso, mas minha colega não, ela foi golpeada com uma facada no pulmão e agora está em estado grave no hospital...

Amor Assassino - Vol. IOnde histórias criam vida. Descubra agora