O dia da viagem

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O dia da viagem

O Sábado amanheceu quente e ensolarado. Graças a Deus, pois eu odeio viajar com o tempo ruim. Virei-me para Edward e aquelas duas belas esmeraldas já me olhavam sorrindo em expectativa.

- Bom dia - saudei.

- Bom dia, anjo - me deu um beijo na testa - Confesso que mal dormi.

- Por que?

- Ansioso - respirou fundo - Me sinto um adolescente.

Dei-lhe um tapa no braço de brincadeira.

- Para de besteira, homem! - me aproximei mais dele e lhe dei um selinho - Vamos levantar?

- Vamos - assentiu - Que horas é o nosso voo?

- Às 15h30m - avisei - Temos de nos apressar caso contrário, chegaremos em cima da hora.

- Eu sei - ele se virou e olhou o relógio sob o criado mudo - Temos 7h até nosso voo.

- Okay, então eu vou acordar as crianças e você vai fazer nosso café - ele concordou e se levantou. Fui direto ao quarto das crianças para acorda-los.
Anthony dormia todo esparramado, igual ao pai. E Carlie dormia de bruços, um hábito igual ao meu que ela adquiriu por algumas vezes dormirmos juntas.

Primeiro acordei Anthony, fazendo cocegas em seus pés, depois fui até Carlie e fiz o mesmo com ela. Claro que eles reclamaram muito por acordar "cedo" num sábado, mas ao verem que hoje é o "grande dia" passaram de reclamões para ansiosos em questão de segundos.

Fui com eles até a cozinha, onde Edward já estava colocando pães, biscoitos, sucos e geleias à mesa. Além de um bolo de baunilha que Esme fez que eu simplesmente amo.

- Ultimo dia aqui deve ter um café da manhã de comemoração. - deu uma piscadela.

As crianças sentaram-se a mesa e começaram a se servir. Fico tão orgulhosa quando vejo meus dois pequenos colocando o próprio café.

- Mamãe, o que vai ser feito da nossa casa? - Carlie perguntou.

- Que casa? - Edward perguntou confuso.

- Aqui papai - respondeu - O que vai acontecer com ela?

- Ah - ele passou a mão pelo cabelo - Eu estava pensando em manter no meu nome, caso algum dia a gente queira voltar a cidade; não precisaremos ficar em hotel, poderemos ficar aqui. - explicou.

- Eu não quero voltar pra cá - Tony falou bicudo.

- Por que querido? - passei a mão em seu cabelo tentando entender o porque da raiva de sua cidade natal.

- Por que aqui têm aquelas pessoas malvadas - olhei confusa para Edward e ele moveu os lábios dizendo "James e Tanya" - e essas pessoas malvadas me assustam. Quero ficar longe daqui.

- E nós vamos, meu anjo, prometo - lhe dei um beijo na testa e voltei a tomar o meu café.

Depois que terminamos tudo fui até meu quarto para ver se já estava tudo certo. Conferi as malas e as roupas, documentos, bagagens de mão, lanche para as crianças.

A manhã passou bem rápido, verificamos as passagens e condições do tempo. Edward ligou para Nenna. Eles conversaram por alguns instantes e depois Edward disse que ela estaria a nossa espera já no nosso novo triplex.

Recebi algumas mensagens da nossa família desejando boa viagem, mas eu sabia que eles estariam no aeroporto assim que chegássemos lá.

- Amor, já está quase na hora do almoço - Edward avisou - Vou por Tony para tomar banho, enquanto isso vou ligar para o restaurante e pedir comida, pode ser?

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