Capítulo 03

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CAPÍTULO 03

O guarda segurava a arma firme em direção ao homem que estava nú mostrando toda sua glória, Harper sentiu as pernas virarem gelatinas, certamente ele não era um "humano" comum se assim poderia garantir os olhos dourados e a pupila semelhante a de um lobo selvagem. O corpo todo era cheio de músculos e tudo nele parecia necessariamente enorme. Harper quase correu quando a voz forte como um trovão soo no ambiente. O guarda suava frio enquanto apontava a arma na direção do homem.

— Quero saber onde está o alfa.— a voz era decidida e soo como um comando pronto para ser obedecido.

— Mantenha-se ai cobaia 002, já fez muito para um dia só. — Ela sabia que o guarda estava esperando o pior, pelo jeito que segurava a arma firme nas mãos.

— Calma, vamos conversar civilizadamente. — Dr.Balcke se pronunciou enfim.

— Quero que vão pro inferno seus merdas.— os olhos do homem miraram os de Harper com curiosidade, um sorriso malicioso cruzou seus lábios e ela engoliu em seco ao ver os olhos desejos dele sobre ela.

— Não iremos fazer nada, volte para sua cela e nada acontecerá. — o guarda havia percebido o olhar de luxúria direcionado à Dra.Balcke e decidiu intervir para seu bem.

— Quero saber onde está o alfa. — cobaia 002 voltou à atenção para o guarda deixando Harper respirar aliviada.

— Não vou repetir novamente volte para sua cela antes que atire em você. — O guarda havia engrossado a voz para que a cobaia entendesse que não estava de brincadeira.

Em um movimento rápido demais e inesperado a cobaia estava erguendo o guarda pelo pescoço, o homem estava ficando roxo por falta de ar. As portas se abriram atrás deles novamente e vários homens muito bem armados entraram e disparavam contra a cobaia. Demorou alguns segundos mas os tranquilizantes fizeram efeito o fazendo cair inconsciente.
O guarda tomou uma forte respiração e voltou ao seu estado normal.

— Como esse infeliz saiu da cela?.— gritou olhando para cada um ali.

— Senhor ele conseguiu manipular a tranca automática a fazendo ter um curto circuíto. — o homem que havia se pronunciado olhava o guarda com preocupação.

— Droga, estão ficando espertos. — mais uma vez olhou todos e saiu as presas.

Harper sabia o que estava por vir teria de cuidar da cobaia que estava inconsciente no chão, só de pensar que tem que cuidar de seus ferimentos a deixava apreensiva e nervosa. Seu pai a olhou e sorriu encorajador a fazendo sentir uma pequena saudade de seus sorrisos. Espantando para longe tais pensamentos começou a andar em direção a sua sala tomando cuidado para não pisar em corpos ou relar em algo que dê choques.

Alguns minutos depois estava sentada em sua cadeira olhando a cobaia que estava amarrada em uma cadeira de aço reforçado inconsciente, havia discutido com seu pai por não querer tocar nele antes que acorde. Sabia que havia dois guardas atrás de sua porta esperando qualquer ruído que fosse para entrar e salva- lá. As câmeras que haviam na sala pareciam bem atentas aos movimentos dela e da cobaia.
Só de lembrar o que o homem em sua frente fez, um calafrio passa por sua espinha. Seus olhos se levantam assim que sente ser observada, suas bochechas coram quando vê o jeito que a olham. Mesmo meio grogue ele estava atento a qualquer movimento dela ou dos guardas na porta.

— O que é isso no meu corpo?. — sua voz furiosa a fez ficar em alerta total.

— Do...que está falando?.— Harper quase sorriu por ter falado sem quase tremer a voz.

— Este pano cobrindo minhas pernas e partes íntimas. — sentindo suas bochechas corarrm quase riu. Mais logo tratou de lembrar que ele era perigoso e matou pessoas.

— Pensei que seria mais adequado lhe cuidar adequadamente. — Harper sorriu ao ver que sua voz não havia saído mais trêmula.

— Isso está me incomodando. — range os dentes mostrando as presas para ela. A cor havia sumido do rosto dela.

— Preciso cuidar dos seus ferimentos.— Harper levanta com as pernas bambas e se aproxima da cadeira dele. Abre a maleta em cima da mesa e pega o recipiente com o líquido azul e a seringa.

— Não preciso disso.— os olhos raivosos miravam em sua direção. Ignorando o olhar macabro que lhe direcionava aplicou o líquido em seu braço musculoso. Logo após pegou a pinça e removeu a bala do peitoral direito do homem que em nenhum momento reclamou,limpou o ferimento e fez um pequeno curativo.
A porta se abriu e os dois guardas sem delicadeza alguma aplicaram o sedativo na cobaia logo a fazendo adormecer novamente.

— Bom trabalho Dra.Balcke.— os guardas saíram arrastando o homem como um legítimo animal.

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