Apaixonada Por Meu Raptor ✔

Capítulo 11

Alfonso puxou Anahí até o sofá no centro do primeiro andar, a fez se sentar e sentou na frente dela.

- Eu gostaria de pedir desculpas. - começou sem saber muito bem o que dizer ou como dizer.

- Desculpas pelo que? - piscou sem entender.

- Por ontem à noite. - suspirou.

Anahí o encarou e a decepção estampou seu rosto, segurando as lágrimas enquanto podia, ela se levantou.

- Eu já entendi, você não precisa me dizer mais nada.

- O que? - Alfonso se levantou.

- Você vai pedir desculpas por ontem à noite, pela dança, pelos beijos e vai se afastar de mim outra vez. Vou lhe poupar o trabalho Alfonso. - o encarou magoada e deu as costas.

As palavras de Vincent a poucos minutos gritaram em sua cabeça: "Se você for amaldiçoado e passar a eternidade como um lobo, você vai desejar ter ficado com Anahí quando teve a chance. Se você não se arriscar, vai ficar por toda a eternidade pensando como poderia ter sido se você tivesse dado uma chance pra vocês. E esse "e se" vai te atormentar pra sempre, vai matar você por dentro e você não vai poder fazer nada pra reverter isso."

- Espera! - Alfonso a segurou pelo braço, seu coração se apertou ao ver que ela estava prestes a chorar. - Por favor, me deixe falar. - a sentou de volta no sofá.

Anahí obedeceu, engolindo o choro. Alfonso olhou pra cima, o lustre de cristal brilhando sobre a cabeça deles. Encarou Anahí e segurou as duas mãos dela.

- Eu queria pedir desculpas por ontem à noite, eu não devia ter me deixado levar, ter feito aquela proposta pra você, mas... Eu não consigo mais Any. - ela engoliu seco e deixou ele falar. - Eu não consigo mais fingir que não sinto nada por você, quando estamos perto eu tento me manter indiferente, tento fingir que você não me afeta, mas eu não consigo mais.

- Então porque você fica me afastando? Quando a gente se beijou pela primeira vez você fingiu que nada tinha acontecido. - o encarou magoada.

- Porque eu sou um idiota, você é muito mais inteligente do que eu e não entendo como pode gostar de mim. Mas eu não consigo disfarçar Any, por mais que eu tente sempre sou atraído pra você. Aquele dia na cozinha eu fiquei te olhando, tentando enfiar na minha cabeça que era errado sentir alguma coisa por você, mas bastou você começar a passar mal pra eu correr até você, pra querer cuidar de você, te proteger. Você não sabe o que eu senti quando você desapareceu, a ideia de você morrer... - Alfonso abaixou a cabeça incapaz de completar a frase.

- Eu estou bem. - Any sorriu e acariciou a mão dele, tentando tranquiliza-lo.

- Eu queria que você entendesse porque eu te afasto.

- Acho que tem algo a ver com a maldição não tem?

- Sim, totalmente a ver. Any eu não quero iludir você. - respirou fundo. - Eu te contei o que vai acontecer senão quebrarmos a maldição, eu não quero que a gente se envolva demais e depois você sofra quando eu me transformar em um lobo. Se isso acontecer eu não vou ser como o Vincent, nunca vou conseguir me transformar num homem de novo, ficarei aprisionado para sempre.

- Mas ainda há esperanças de quebrar essa maldição e você disse que eu posso ajudar, me diz o que fazer.

- Eu não sei bem como quebrar essa maldição, às vezes eu me transformo em outra pessoa porque eu perco as esperanças disso acabar bem. Acho que eu e meus antepassados nunca vamos ser libertados.