Epílogo

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Cinco anos depois....


Alfonso fechou a porta de casa e abraçou a esposa. Any sorriu e fechou os olhos, quando ele beijou seus cabelos.

- Cansada? - perguntou a encarando.

- Só um pouquinho. - ela suspirou.

- Mamãe, papai! - a voz do garotinho chamou a atenção deles.

Alfonso soltou Anahí, bem a tempo de pegar Vincent no colo quando ele se jogou nos braços do pai.

- Por que o senhorzinho ainda está acordado? - Alfonso estreitou os olhos pra ele.

- Desculpem, eu tentei fazê-los dormir, mas eles não se aquietavam de jeito nenhum. - a governanta e babá dos gêmeos entrou na sala naquela momento. - Vocês sabem que os dois não dormem, enquanto vocês não chegam em casa. Como foi o jantar de negócios, senhor?

- Cansativo, mas produtivo. - Alfonso sorriu e piscou pro filho.

- E a Cath onde está? - Any sorriu.

- No jardim senhora, tentei fazê-la entrar quando ouvi o barulho do carro, mas não consegui. A senhora sabe como ela ama aquele jardim e aquelas flores?

- Sim, eu sei. Pode ir descansar Marina, eu vou buscar Catherine no jardim, já volto. - Any sorriu para o marido e o filho e saiu da sala.

Ao chegar no jardim, ela foi direto para as mudas de frésias plantadas ali. Ao ver a filha deitada de bruços no meio das flores, lendo um livro, Anahí cruzou os braços e sorriu.

- O que a pequena jardineira-escritora está fazendo?

- Mamãe! - Cath se virou, ficou de pé e pulou no colo de Anahí.

Anahí a pegou e a beijou, sem se importar que o pijama sujo de terra poderia sujar sua roupa.

- Não acha que está tarde para ficar aqui fora sozinha e acordada?

- Tava esperando você e o papai, mamãe!

- Bom, então vamos voltar para dentro que já está tarde. - Any ajeitou a filha no colo e a levou pra dentro.

Ao chegarem na sala, Any pôs Catherine no chão e a garota saiu correndo e pulou no colo do pai. Anahí ficou namorando os três interagindo no sofá.

- Quando crescer vou a jantar de negócios como o papai. - Vincent disse sorrindo para o pai.

- E eu vou escrever livros como a mamãe. - Catherine falou por cima do irmão.

Anahí riu ouvindo aquela conversa, se virou na direção do quadro que ficava no centro da sala. O quadro de Vincent e Catherine que Alfonso fizera questão de salvar antes de incendiar sua própria casa em Santa Rosita. O mesmo quadro que Anahí viu pela primeira vez na antiga mansão dos dois, ao descobrir que a lenda do homem lobo era verdadeira

- Obrigada pelo presente! - ela sussurrou, sorrindo para o quadro deles. - Sei que de onde estão, estão felizes e olhando pela gente.

Reparando no silêncio que se instalara na sala, Anahí se virou e flagrou Alfonso e os gêmeos a encarando.

- A mamãe ta viajando de novo. - Vincent sussurrou, prendendo o riso.

Alfonso não aguentou e começou a rir. Logo os quatro estavam rindo.

- Ok, mais respeito pela mãe de vocês! - Any tentou se fingir de brava, mas não conseguiu. - Despeçam-se do pai de vocês e vamos subir, já passou da hora de dormir.

Os dois obedeceram e cada um deu um beijo em uma bochecha de Alfonso, enquanto ele sorria e envolvia os braços em torno da cintura dos filhos.

Quando eles pularam do sofá, Anahí deu a mão para os dois e os três subiram sob o olhar atento e apaixonado de Alfonso.

Como eram muito apegados e ainda estavam com quatro anos, os gêmeos, por enquanto dormiam juntos. Eles gostavam da companhia um do outro e quando Anahí contava história para eles.

- Ok, o que querem ouvir hoje? - Any sorriu, após colocar cada um em sua cama.

- Sobre a lenda do homem lobo e da princesa. - Cath sorriu. - É verdade que o homem lobo tinha o nome do meu irmão e a princesa, o meu?

- Sim e foi o amor da princesa pelo homem lobo que o libertou da maldição. - Any sorriu ao responder.

- Conta de novo a história pra gente mamãe. - Vincent sorriu.

Anahí fez o que eles pediram, mas como estavam cansados, os gêmeos acabaram dormindo na metade da história. Após cobrir os dois, Anahí beijou a testa de um, depois do outro e saiu do quarto sem fazer barulho.

Encontrou Alfonso na biblioteca, encarando a estante, mais precisamente a primeira fileira onde ficavam os livros que Anahí já havia publicado, todos best sellers.

- Estou chateado com você. - Alfonso disse assim que a viu entrar.

- Comigo, por quê?

- Você escreveu dois livros sobre a história de Vincent e Catherine e mais cinco romances depois deles. E a nossa história? Quando é que você vai contar? - Alfonso a olhou, fingindo-se de zangado.

- Você é um bobo se não percebe que eu a conto em cada livro, em cada frase que eu escrevo o meu amor por você e o seu por mim, está impregnado ali. Em todas essas páginas. - Any apontou os livros.

- Pode ser, mas ainda acho que merecemos um destaque maior. - Alfonso envolveu os braços em torno da cintura dela e a beijou. - Devíamos matar o mundo todo de inveja, ao revelar como somos felizes e nos amamos. O que acha?

- É pode ser. - Any sorriu, fingindo pensar a respeito. - Quem sabe quando terminar de viver nossa história de amor, eu escreva sobre nós.

- Então esse livro não vai sair nunca. Porque a nossa história não vai acabar nunca.

- Nunca? - Any sorriu.

- Nunca, eu juro! - Alfonso sorriu. - Vou fazer você feliz pelo resto das nossas vidas e muito além disso.

- Gostei dessa ideia. - Any sorriu, envolvendo os braços em torno do pescoço dele e o beijou.

- Eu te amo! - Alfonso sussurrou.

- Eu te amo e se fosse escrever um livro sobre nós já sei que título daria à ele.

- Qual? - Alfonso perguntou com um sorriso divertido nos lábios.

- Apaixonada por meu raptor. - Any piscou pra ele ao responder.

- Gostei, mais um que será best seller. - Alfonso sorriu e a beijou. - Devo sequestrá-la outra vez?

- Oh sim, por favor! - Any sussurrou e se derreteu toda quando Afonso a beijou.

Se Anahí fosse traduzir felicidade, ou dar um novo significado à ela, sabia muito bem qual nome dar: Alfonso Herrera.



FIM!

Apaixonada Por Meu Raptor ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora