Alfonso se aproximou de Anahí, mas ela deu um passo pra trás.
- Fica onde você ta ou eu volto praquele quarto onde eu estava e dou um jeito de fugir daqui.
- Por favor, não tente fazer isso. Você está no coração da floresta, se tentar fugir, vai se perder, sabe disso.
Anahí abaixou a cabeça sabendo que ele tinha razão.
- Me explique como você pode estar vivo. - ergueu o rosto e o encarou.
- Sente-se, por favor, eu juro que não vou te machucar. - Alfonso respondeu.
Anahí o olhou desconfiada, mas fez o que ele pediu. Sentou-se no sofá e com olhos desconfiados encarou Alfonso, ele se virou e ficou de costas pra ela e de frente pra lareira.
- Eu conheço sua história. - Anahí começou. - Você chegou na cidade há quatro anos. Um jovem milionário, vindo de uma família que há muitos anos morava aqui e fundou a cidade. Com apenas 25 anos, você era cobiçado por todas as moças, alguns queriam que você se tornasse prefeito daqui um dia. Mas um ano depois, aos 26 anos, você morreu num incêndio que tomou toda a sua mansão.
- Sim, mas eu sobrevivi. - Alfonso respondeu ainda de costas pra ela.
- Como pode ter sobrevivido? Eu vim pra cá quando soube, a cidade toda parou. Ficamos uma semana de luto em homenagem à você e sua família. O corpo que acharam nos escombros era seu.
- Não, não era.
- Então de quem era? - Anahí piscou confusa.
- Vamos lá outra vez. - Alfonso suspirou e se virou pra ela. - Venha comigo.
Anahí encarou Alfonso quando ele passou por ela. Curiosa ela se levantou e o seguiu. Andaram por um corredor iluminado com velas presas às paredes. Quando Alfonso parou em frente a uma porta de madeira, Anahí parou logo atrás dele. Alfonso abriu a porta e entrou.
Quando entrou, Anahí viu que estava num tipo de escritório. Na parede na frente dela, haviam duas janelas em formato de arco na parte de cima, ambas iam da metade da parede até o chão. À frente das janelas uma mesa de madeira, com um tinteiro, pena, um peso para papéis e algumas folhas. Do lado direito à mesa havia uma estante com inúmeros livros, do lado esquerdo, perto da porta um sofá de couro marrom. À esquerda do sofá havia um quadro com uma arvore genealógica e à direita, pegando toda a parede, o retrato de um homem e de uma mulher.
O homem usava um colete com um sobretudo preto por cima e um lenço vermelho por cima de uma camisa branca de gole alta. Tinha olhos e cabelos castanhos, os fios longos chegavam na altura dos ombros e a barba era farta. Dava pra notar que ele havia sido um homem rico. A mulher que o acompanhava de braço dado, usava um vestido vermelho de época, seus cabelos eram castanhos, presos num coque elegante. Ela tinha um rosto angelical, que aparentava bondade, enquanto o homem ao seu lado parecia ser justo e digno de respeito.
Anahí observou quando Alfonso parou ao lado do quadro.
- Você conhece a lenda da maldição do homem lobo não conhece?
- Sim! - Anahí assentiu. - Meus sobrinhos me pedem para conta-la todas as noites.
- Você é a primeira que me diz isso.
- O que? - Any piscou confusa.
- Que conta a lenda todas as noite, você a conhece muito bem então.
- Apenas o que todos sabem, que o homem viu sua esposa ser assassinada, pediu a ajuda dos Deus e acabou sendo amaldiçoado por eles, porque matou pessoas que não devia.
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Apaixonada Por Meu Raptor ✔
Fiksi PenggemarJovens entre 20 e 28 anos estão sendo misteriosamente raptadas. O mais estranho de tudo é que assim como somem misteriosamente, elas reaparecem para suas famílias. A polícia investiga o caso, mas nenhuma dessas mulheres consegue revelar que...