Capítulo 21

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Anahí desceu as escadas ainda atordoada, sem acreditar que tinha voltado pra casa. Quando chegou no corredor que levava à cozinha, ela escutou a irmã conversando com seus sobrinhos. Seus olhos marejaram ao ver todos à mesa tomando o café da manhã.

- ANY! - os gêmeos gritaram ao mesmo tempo.

Anahí se abaixou e abraçou os dois ao mesmo tempo. Quando ela encarou os pais, Dulce e Ucker, eles a olhavam de olhos arregalados, petrificados em seus lugares.

- Eu disse que a tia Any ia voltar. - Alec comemorou, agarrado à ela.

- Vocês vão ficar ai? Eu voltei gente! - sorriu.

Dulce foi a primeira a levantar da cadeira e abraçar a irmã.

- Que saudades!

- Também senti sua falta! - Any respondeu, começando a chorar.

- Filha como você está? - Marichello foi a próxima a abraçá-la.

- Bem, mãe, eu to bem. - sorriu.

- Bom te ver de novo Any. - Ucker sorriu.

Enrique a abraçou e quando a encarou, estava com uma expressão preocupada.

- O que aconteceu pra você sumir filha?

- Eu não lembro pai. - Any mentiu. - Só sei que estava no cemitério visitando o túmulo dos meus avós e ai do nada eu desmaiei. Quando acordei estava numa casa.

- Quem estava lá com você? - Marichello perguntou.

- Não lembro! - Any suspirou. - Só sei que cuidaram muito bem de mim, mas não consigo me lembrar dos rostos.

- Tia conta quem é que a gente acaba com a raça dele. - Enzo disse, estufando o peito.

- Enzo isso é jeito de falar? - Dulce repreendeu. - Você está deixando eles jogarem videogame demais.

- Amor são crianças, pega leve. - Ucker pediu.

- Filha você disse que não lembra de nada, mas como você fez pra voltar antes?

- Eu fugi!

- Fugiu? Como assim fugiu? - Dulce perguntou.

- Eu não sei direito... Eu simplesmente sai correndo da casa, levando comida comigo e fiquei dias vagando pela floresta. Bati com a cabeça, então não me lembro bem como cheguei em casa. Pensei que um de vocês tivessem me encontrado e trazido pra cá.

- Não, meu amor, nós acabamos de ver você. - Marichello sorriu emocionada.

- Puxa tia, você fugiu da casa do monstro. - Alec sorriu. - Você é bastante corajosa mesmo!

- É, mas também fiquei com medo. - Any sorriu, acariciando os cabelos dos sobrinhos.

- Você ta com fome filha? To te achando meio pálida. - Marichello a puxou e a arrastou até a mesa. - Ainda não acredito que você voltou. - acariciou seu rosto.

Any forçou um sorriso, enquanto se sentava e todos a enchiam de perguntas. Os gêmeos arrancavam sorrisos dela, achando que tinha lutado com monstros ou piratas de perna de pau. Já com seus pais, ela tinha que tomar cuidado com suas respostas e não cair em contradição. Por sorte ler tantos livros a havia ajudado a ter uma imaginação fértil e por enquanto todos estavam acreditando nela.



Vincent entrou na biblioteca e suspirou ao ver a aparência de Alfonso.

Apaixonada Por Meu Raptor ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora