Um amor diferente

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  Podia dizer que esta musica era dedicada aos meus pais e a Mia, eram tanto para mim mas mesmo depois da sua morte iram continuar no meu coração para sempre, nunca os iria esquecer e esta musica só era uma maneira de os manter aqui internamente.

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Levantei-me e fui até à cozinha, procurei por todo o lado onde a minha tia tinha guardado o chá, com as mudanças já nada estava no sitio, quando encontrei optei por fazer um chá de pêssego sem duvida o meu preferido. Pus a água a aquecer e lá fui de novo revirar tudo mas desta vez a procura das  canecas, assim que as encontrei pus a água e uma saqueta e sentei-me, enquanto esperava que arrefecesse comecei a mexer no telemóvel nas minhas redes sociais à procura de algo para me distrair até que encontro uma notícia sobre o Canadá e decido abrir

"Justin Bieber decide fazer uma pausa na sua carreira com a justificação que estava cansado, este volta para à sua terra natal e pede que o respeitem. que muito em breve voltará mas não deixou nenhuma data marcada será que algo se passa?  Ou ele simplesmente está a preparar se para deixar a sua carreira? esperemos para ver, até lá continuem a acompanhar-nos "

Fiquei uns minutos a olhar para o telemóvel e a pensar nesta noticia, o Justin ia voltar para o Canada, nós moramos na mesma zona...

Um pequeno arrepio percorreu todo o meu corpo e fez me ficar com pele de galinha, esfreguei os braços e sacudi a cabeça porque raio tive esta reação ? Ele é apenas um miúdo mimado.

Levantei-me, peguei no chá e fui para o sofá ver televisão, estava a dar teen wolf, eu era completamente louca pelo stiles e o scott, eram lindos e muito engraçados. Assim que acabou o episódio fui ate a cozinha lavar a loiça e seca-la para a voltar a guardar onde a tinha encontrado.

Fui ate ao meu quarto procurar numa das malas uma roupa que usasse para educação física, assim que a encontrei vesti-a, prendi o cabelo e sai para ir correr, não era muito o meu habito e eu nem gostava muito mas era bom para espairecer a cabeça e talvez ate me faria bem um pouco de exercício físico já que não fazia muito. 

Corri durante algum tempo por umas ruas ali perto,até me lembrar que provavelmente seria a ultima vez que estaria ali então decidi despedir-me de tudo, abrandei o passo e ia olhando para tudo a minha volta, eu passei por muito aqui e nunca me iria esquecer de nada disto, dos momentos bons e maus, era ali que eu estava bem e de onde não queria sair mas infelizmente era obrigada a abandonar. Corri ate a um café ali perto apesar de estar toda transpirada decidi entrar para beber um copo de agua estava completamente esgotada, precisava de descansar.

Entrei e a atender estava um homem com os seus sessenta e poucos anos.

- Boa tarde, era um copo de agua por favor!


- Com certeza jovem - Virou se e foi me buscar o copo de agua - Parece muito cansada.

Estendeu me o copo e bebi a agua toda de uma vez.

- Estou um pouco, estive a correr um pouco. 

O senhor sorrio para mim mas logo pos uma cara seria.

- Diz me minha querida por que corrias ?

Aquela foi uma pergunta estranha mas que realmente me fazia pensar, eu achei que tinha ido correr porque seria bom para espairecer a cabeça e talvez ate me faria bem, mas bem como ? nada disto me faria esquecer todos os meus problemas, talvez me fizesse meter as ideias todas em ordem mas agora que dei por mim este tempo todo que tive a correr só pensei em tudo o que perdi mas principalmente que ia voltar para o canada. Voltei a olhar para o homenzinho e respondi.

-Agora que penso nisso não sei bem achei apenas que um pouco de exercio me iria ajudar a pensar melhor na minha vida.

Ele aproximou-se de mim

- Queres saber uma coisa ?! Na vida podemos ter muitos altos e baixos, e na adolescência é pior, mas ouve bem o que te vou dizer. - segurou-me na mão- Essa dor transcendente que sentes não dura para sempre... Podes sentir que as trevas estão a descer sobre ti, que a atrocidade da perda por que passamos ás vezes não deixa de nos surpreender. Mas queres saber um segredo? - Ele aproxima-se do meu ouvido - A vida continua, sem parar, e, aos poucos a nossa perda vai normalizando, vai-se integrando na vida até que uns tempos depois descobrimos que estamos bem, mudamos, mas... ainda seremos capazes de nos lembramos de tudo, mas felizmente a dor que sentias não se ira comparar com a que sentiras, ela ira ser muito menor.

Sorriu e afastou-se para ir atender outros clientes deixando-me ali sozinha a pensar no que ele tinha dito, será que esta dor interminável que sinto à anos iria mesmo diminuir um dia ? eu tinha me identificado totalmente com o que ele tinha dito só não acreditava que pudesse ser completamente verdade, a dor não desaparece assim tão facilmente, e as trevas à muito que insistiam a não abandonar-me, de tal maneira que cada vez me sentia mais invadida e sufocada por elas sem saber como escapar.

Levanto-me e pego numa caneta que estava atrás do balcão e num guardanapo e deixo uma mensagem "obrigada por todas as palavras reconfortante, espero que um dia se tornem verdade mas neste momento tudo o que disse parece impossível", por cima do guardanapo deixo dinheiro por ele ter me tentado ajudar.

 Vou-me embora mas antes de sair olhei à minha volta nunca mais voltaria ali, e arrependo-me profundamente de nunca ter ido ali antes, aquele lugar conseguia ser aconchegante com as suas paredes cremes, as suas cadeiras todas de madeira com almofadas com a cor das paredes e ainda em cada mesa insistia flores que tornava aquele sitio lindo e as pessoas eram ainda melhores.

Sai dali e continuei a correr sem rumo, e sem me preocupar se me poderia perder ou não, afinal se isso acontecesse não deveria de ser assim tão mau, depois de uns minutos a correr decido regressar a casa, já tinha passado muito tempo e o meu irmão e a minha tia iam começar a fica preocupados. 

Cheguei a casa, e fui ate ao quarto buscar o meu pijama, como já não sairia mais de casa não faria mal vesti-lo já, dirigi-me para à casa de banho e despi-me em frente ao espelho e reparei que estava um pouco magra, as minhas costelas e a clavícula estavam a sobressair, virei a cara e entrei no poliban, e deixei a agua quente percorrer o meu corpo e poupo a pouco fui relaxando e começando a tomar banho.

Quando acabei sai secai-me e vesti o pijama, penteei-me e deixei o cabelo solto a secar por ele mesmo, não me apetecia estar a seca-lo. Sai e fui para a cozinha onde encontrei a minha tia a fazer o jantar com isto tudo reparei que ainda não tinha comido nada e estava completamente esfomeada.

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Espero que tenham gostado, comentem o que acharam, e obrigada por todo o apoio e carinho que me tem dado.