Capitulo Anterior :Suspirei de alívio, e comecei também a beber o meu, pouco tempo depois já tínhamos acabado e a sentir o efeito do comprimido.
- É melhor irmos dormir. - levantei-me, peguei no braço dele e levei-o até a cama
- Descansa, amanhã estarás melhor. - Dei lhe um beijo na testa e voltei para o meu quarto, deitei-me e adormeci.
______________________________________________________________________
Acordei com o sol a bater-me na cara, virei-me na tentativa de voltar adormecer, no entanto como via que não conseguia desisti e decidi levantar-me e tomar um banho quente demorei ainda um bom bocado, ate os meus dedos ficarem com rugas, quando sai vesti uma roupa que tinha à mão sequei o cabelo e desci para tomar o pequeno almoço, lá em baixo já estava tudo uma confusão cheio de caixas por causa da mudança, só agora notei que a minha tia já tinha começado a organizar as coisas para irmos embora era tudo tao estranho vivi aqui ainda alguns anos criei uma boa vida neste lugar não quero simplesmente abandonar isto tudo.
- Querida esta tudo bem ? - Dou um salto quando oiço a minha tia atras de mim - Desculpa assustei-te ?
- Sim assustaste um bocado mas esta tudo bem só sinto muito a falta dela e isto das mudanças não ajuda. - Olhei para cima na tentativa de não começar a chorar.
- Vais conseguir ultrapassar isto tudo, não irei sair do teu lado e terás o meu apoio e o do teu irmão. - Abraçou-me com força.
Eu podia não ter uma família perfeita com pais presentes, mas a que tinha conseguia-me fazer muito feliz, e não a trocaria por nada deste mundo, fazem tanto por mim e eu gosto mesmo muito deles.
Acordo do meu transe a sorrir, é bom poder sorrir um pouco, as vezes penso que é impossível ter uma vida normal mas tenho a certeza que tudo vai melhorar, decido então ir fazer umas torradas e logo depois começar a fazer as malas para ter a certeza que não me esqueço de nada.
- Será que me posso juntas a ti ? - Disse o meu irmão a aproximar-se e a sentar-se ao meu lado.
- Claro, como estas ?
- Péssimo, sinto que um camião passou por cima de mim. - Ele estava completamente de rastos
- Toma, come as torradas que fiz, não tenho muita fome. - Empurro o prato na direção dele
- Eu também não tenho, vou dar uma volta. - Ele levantasse e tenta arrumar a cadeira mas eu não permito.
- Desculpa Noah mas tu não vais sair daqui sem comer, temos de seguir em frente não podes simplesmente parar a tua vida, por favor come. - Disse da maneira mais seria que consegui tinha de tentar fazer com que ele comesse custa-me ver lo tao magro.
- MAS COMO QUERES QUE COMA ? A MULHER DA MINHA VIDA ACABOU DE MORRER PORRA... E COMO PODES TU ESTAR ASSIM ? VESSE MESMO QUE ELA PARA TI NÃO ERA NADA, DESAPARECE. - Ele gritou irritado e atirando o prato para o chão, partindo-o.
- Como podes tu dizer isso, ela era uma das pessoas mais importantes para mim. - sussurro e começo a correr para o meu quarto.
Entro e fecho a porta com a máxima força que consegui e tranco-a logo a seguir como ele podia ter dito aquilo ? não tinha esse direito ela era a minha melhor amiga.
Sento-me encostada a porta e começo a chorar desesperadamente, de um momento para o outro comecei a ver uma luz a acender-se na minha cabeça, como se estivesse a lembrar-me de alguma coisa, parecia que era algo mesmo muito importante, mas não era nada, logo depois, senti uma descarga eletrica pelo meu corpo, vinha da cabeça e ia percorrendo o corpo todo, comecei a sentir um formigueiro, o estômago doía-me como se estivesse comido algo estragado, estava a ficar apavorada, aterrorizada. Sentia que ia vomitar a qualquer momento e isso deixava-me ainda pior, parecia que ia sair do meu próprio corpo, que o mundo não era mais sólido, olhava em frente e o mundo acabava em um abismo exatamente no ponto em que eu não poderia ver mais o horizonte, tinha a certeza que iria morrer ou enlouquecer.
Veio me logo a cabeça estava a ter um ataque de pânico
Tentei acalmar-me, respirar fundo de maneira a relaxar mas não resultava estava cada vez pior, tentei gritar mas não conseguia parecia que a voz ficava presa tentei de novo mas não consegui, decidi voltar à respiração mais uma vez, mas comecei a ficar com tonturas com a sensação que ia desmaiar, não estava mais aguentar aquilo cai para o lado e comecei a tremer isto pareceu demorar séculos a passar mas quando finalmente passou levantei-me lentamente apoiando-me à porta destranquei-a e fui para a cama, juntei os joelhos ao peito e fiquei bem quieta ainda com medo do que tinha acabado de acontecer.
Passado 1 hora
Não sai do mesmo lugar nem da mesma posição, o que aconteceu foi horrível não sei se devo contar se vai ou não voltar a acontecer, estava apavorada.
Ouço alguém bater a porta e respiro fundo antes de dizer algo.
- Quem é ? - tentei parecer o mais normal que consegui.
- Sou eu posso falar contigo ? - Noah abre um bocado a porta e olha para mim
- Não tenho vontade de te ver vai te embora por favor.
- Se não me queres ver não olhes para mim tenta só ouvir-me. - entrou pelo meu quarto e sentou-se ao meu lado. - Desculpa ter falado contigo daquela maneira, sei que ela era muito importante para ti, mas eu não sei como viver a minha vida sem a ter do meu lado.
Olhei para ele por alguns segundos mas logo que comecei a tremer e desviei o olhar.
- Por favor, perdoa-me. - ele agarra na minha mão e fica a olhar para mim um bocado e obriga-me a olhar para ele.
- O que se passa ? Estas a tremer e com um ar horrível.
- Não se passa nada sai do meu quarto, AGORA. - levanto-me e aponto para a porta.
- Eu não vou a lado nenhum, diz me o que se passa. - ele agarra-me o pulso com força.
- Eu...
Sinti-me tonta e deixei-me cair de joelhos.
- Zoe estas bem ? Por favor não adormeças. - ouvi a voz distante do meu irmão.
_______________________________________________________________
Espero que tenham gostado, vou tentar andar mais atualizada obrigada por todo o apoio que me tem dado

VOCÊ ESTÁ LENDO
Um amor diferente
Fiksyen PeminatZoella (Zoe) é uma rapariga com apenas 18 anos que ficou traumatizada depois de uma grande tragédia com o seus pais. Depois desse acontecimento muda de país para fugir de tudo e reconstruir a vida do 0, mas as tragédias insistem em persegui-la e est...