Capítulo 8 - Cinderelas

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Tenho uma ótima notícia que queria compartilhar com vocês, primários leitores. Depois de entrar para a seção Em Destaque, recebi uma mensagem da equipe Wattpad informando que Os Outros Terráqueos foi selecionado para ser promovido pelo perfil da General Eletric aqui na plataforma. E isso é ótimo! Fará com que OOT ganhe ainda mais visibilidade : ) 

Fiquem agora com o oitavo capítulo. Quem quiser, pode seguir no Instagram: edavidwho, pretendo postar material inédito por lá também.

***

Yasuko #8

Fui a primeira a acordar. A minha cabeça estava prestes a explodir. Meu estômago parecia mais um zoológico com animais maltratados. Eu não queria levantar daquele pedaço de chão, que agora estava quente porque sugou todo o calor do meu corpo durante a madrugada.

Os primeiros raios solares separaram meus cílios e pude perceber que estávamos caídos ali. No terreno da festa. Sem mais ninguém por perto. As paráferas, ou qualquer outro indício da festa, já não existiam mais. Até o volume das águas da chapada diminuiu.

A dois metros de mim estavam Connor e Abim. Jogados de modo que a baba de um escorria na bunda do outro. Se eu estivesse com forças para mexer os músculos da face, daria uma risada agora.

Eloise e Leonardo estavam a minha direita. Dormindo sentados, de pernas abertas e apoiados um nas costas do outro.

Joguei o restante da minha resistência para os joelhos até conseguir me levantar. Depois, acordei Abim e Connor. Tiveram um susto quando perceberam como e onde dormiram.

Arrastamos os passos até o casal dorminhoco restante e os cutucamos com um graveto curto.

— Acordem — eu disse para eles.

Eloise abriu os olhos repentinamente e levantou-se assustada, fazendo com que Leonardo perdesse o apoio e desabasse como um prédio sendo demolido. Acordou sem saber o que estava ocorrendo.

— Onde estamos? — Leonardo perguntou, ainda perdido.

— Na Casa dos Assovios. Acho que dormimos aqui... — Connor o respondeu.

— Droga, preciso vomitar — As bochechas de Eloise estavam verdes de ânsia. Ela deu sinais de refluxo, mas tampou a boca na tentativa de reprimir a vontade de vomitar.

— Que horas são? — Abim perguntou. — O sol já está raiando...

— 5h43 — Connor olhou para o relógio.

— Essa não... — Leonardo pulou do chão enquanto levava as mãos a cabeça.

— O que foi?! — Eloise perguntou.

— Hoje é colheita, não é? Eu sabia que esquecia de algo. Precisamos nos encontrar com o nosso capitão logo mais! — Leonardo espantou todo o sono que ainda pesava nos meus olhos.

O que poderíamos fazer agora?

A festa, a bebida, o ataque... Uma série de fatos nos fez esquecer totalmente do compromisso. Agora, já estava tarde demais. O encontro com o capitão estava marcado às seis da manhã, em um local que nem sei a quanto fica daqui.

— Eu vi onde fica a Colina do Mártir no mapa. Talvez, se nos apressarmos, conseguiremos chegar a tempo! — Connor tentou nos salvar. — Vamos, sigam-me. Fica ao norte daqui.

Corremos feito cervos fugindo de um leopardo há muitos dias sem comer. A ressaca diminuía conforme o suor escorria nas costeletas. Contudo, a cabeça latejava a cada passada.

Os Outros TerráqueosOnde histórias criam vida. Descubra agora