6 - Sangue de Jesus, perdi o ônibos?

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6 - Sangue de Jesus! Perdi o ônibus?

🥊

Cheguei em casa já trancando a porta da sala de qualquer jeito e peguei logo a minha toalha e tratei de arrancar tudo o que usava, jogando no chão do banheiro.

Liguei a água e me lembrei do corpo do Renan, comecei a viajar em pensamentos sujos e me imaginei com ele, fazendo coisas absurdamente insanas com seu corpo e a sua boca... Não demorou muito e já estava ereto e me tocando sem parar. Ejaculei duas vezes e meu pênis já estava ficando dolorido na terceira vez, pois eu queria ser bruto como ele é para me passar a mesma sensação de ser "tocado" por ele. Terminei arfando e com a palma da mão formigando, estava em êxtase comigo mesmo mordendo a boca tamanho tesão que ainda me restava, queria ele me tocando de verdade...

Tomei meu banho normal quando me recompus, me sequei e me enrolei na toalha para me trocar e ficar em casa mesmo. Deveria evitar Renan hoje depois dessa, do jeito que ele é se eu olhasse para ele de novo hoje eu acabaria sem cabeça!

Levo um susto ao passar no corredor e ou vir a porta ser esmurrada uma, duas, três, quatro vezes antes de eu ir atender enrolado na toalha gritando:

- Calma eu tô abrindo Natan... Esqueceu a chav... - meu pescoço foi apertado com força e eu fechei os olhos com dor, voei até a parede e fiquei na ponta dos pés. Vi estrelas no lugar da pessoa que estava ali, minha cabeça ficou girando e girando... Quando reconheci o seu rosto foi como se o mundo tivesse desabado. Era Renan, com a face transtornada de raiva, seus olhos castanho claro pegavam fogo e sem piscar me fitando.

- Você não está levando a sério o que eu digo né? - Ele disse rosnando.

Meu rosto não... Meu rosto não... Por favor não acerta o meu rosto!!!

- Em? - ele gritou. - Caralho eu tô falando com você seu viado!

- N-n-n-não... Con-si-si... - tentava falar batendo na sua mão calejada e grande que me enforcava, eu já estava enxergando tudo embaçado... Iria desmaiar,

- Eu odeio viado! - ele me soltou e ficou de costas para mim. Caí de joelhos no chão arfando e procurando a parede para me apoiar direito, minha toalha caiu e a poupa da minha bunda ficou a mostra, ele olha brevemente e volta a me encarar feio.

- Desculpa... - consegui falar chorando. - Não me bate... eu tenho aula amanhã...

- Cala a boca e me ouve pela última vez. - Ele falou mais calmo mas mesmo assim num tom que chegava a me assustar e muito. Seu olhos muito perto dos meus, até o seu nariz chegou a encostar no meu. - Mais uma olhadinha no meu corpo, qualquer uma que seja eu... - ele cheirou o ar, se afastou de mim e olhou para o meu pescoço acho e balançou a cabeça. - Vou bater em você beleza? Esquece que eu existo! - e Renan saiu correndo dali.

Depois que eu tinha certeza que ele havia sumido do meu apartamento eu levantei tremendo e tranquei a porta em estado de choque, fui para o meu quarto e me joguei na cama chorando de medo dele encostar em mim novamente. Meu irmão por mais chato que seja tinha razão de me alertar sobre criar interesses em cimas de caras como esse ogro. Sempre me deu confusão e essa não foi diferente, na verdade até que foi, eu não fiquei com o olho roxo desta vez mas o pescoço eu temo que possa ficar. 

O pior é que eu lá no fundo sabia que poderia ter evitado toda essa situação, ter olhado mais discretamente, respeitar mais... Ele se irritou pelas minhas atitudes e eu passei dos limites, Mas ele também e eu não irei esquecer este momento. Apaguei depois tanto chorar, sonhei com a mina casa no interior, com a paz que eu tinha, com o meu quarto - o único cômodo que eu precisava limpar de toda a casa, do carinho da minha mãe e da super proteção do meu pai... Acordei assutado com meu irmão me chacoalhando já arrumado com a roupa de treino.

Lutador bom de cama (REVISANDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora