21 - Me explica direito.

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21 -  Me explica direito.


- A gente tá no Rio amiga? - dizia Gisele chorando de tão bêbada que estava. - Eu não sei andar no Rio direito, já fui assaltada aqui.

- Calma amiga, vamos chamar o Uber e vamos pra casa! - Tauana disse rindo de nervoso pois achava o mesmo que sua amiga.

- Vocês não estão... - comecei mais Priscila tapou minha boca e deu uma galada de Catuaba direto da garrafa e disse:

- No Brasil, olhem direito. Rochester, New York. Que saudade daqui, só não tem neve... - ela fez careta e tentando deixar os olhos firmes mas estaba bêbada de mais para isso.

- Porquê... - tentei mais uma vez.

- ... Não estamos no inverno, é isso m-mesmo Pri. - disse Gisele. - Pior ainda!!! Como voltamos agora?? - se lamentou com voz de choro e bateu a testa na mesa e do jeito que parou saiu procurando a garrafa para beber mais um pouco.

Eis o poder da Catu.

- Vamos parar de beber por hoje meninas. - tirei a garrafa da mesa e elas nem reclamaram, acho que estavam sem forças para isso.  - Alguém, vugo, Priscila precisa me levar para casa inteiro mas antes disso a senhora tem que se recompor... - olhei de cima a baixo para ela que estava pálida e com cara de palhaça olhando para mim como se tudo o que eu fizesse ou dissesse fosse motivo para que ela risse de mim. - O que é que foi agora? - perguntei.

- Você é muito gay. - ela riu e as duas songamongas acompanharam. - Olha a mãozinha dela segurando a garrafa! - disse Pri com a voz embargada.

- Tá linda, linda. - disse Tauana.

- Mais linda que qualquer gay. - seguiu Gisele.

- Mais poderosa que  a mulher Maravilha.

- É ela, mona bela. Rainha acima de qualquer chereca. - finalizou berrando arrores Priscila fazendo carão e tudo mostrando seus dentes brancos enquanto engasgava com o ataqur de risos.

Até eu ri. Como uma pessoa, não, três pessoas - no estado de pombagira. - podem ter tanta criatividade no estado de alcoolismo como o delas? Surreal.

- Vocês tão triloucas de mais, preciso de mais batata. - ergui a mão para uma garçonete que ria disfarçadamente da situação vergonhosa na qual me colocam. Como sempre, não que essa seja mais vergonhosas que as outras mas a questão é a de que elas sempre conseguem se superar, tornando cada vergonha única em uma escala incalculável.

- É o poder da catuuu! - exclamaram juntas!

Bati a mão na testa e respirei fundo.

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Renan

Mas que droga... Porra, essa mulher parece investigadora criminal!

Entro no meu quarto depois de conseguir me esquivar da morena e tranco a porta. As palavras dela ecoavam na minha cabeça: O óculos do meu amigo está quebrado e aqui na academia por qual motivo Renan? Tem alguma coisa de errado que eu não estou sabendo? Se tem eu vou descobrir e é agora. E saiu teclando no celular.

Tenho certeza que a minha cara entregou que eu sabia o motivo, só não sei até que ponto ela decifrou meu olhar. Isso pode me atrapalhar, se ela souber do que está acontecendo comigo agora e sem eu estar preparado para que os outros saibam abertamente...

Não vou pensar dessa forma...

Me recompus do nervoso e abri a porta do quarto para seguir para a minha rotina. Depois eu resolvo o que tenho que resolver com Lucas e Larissa.

Lutador bom de cama (REVISANDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora