Step Fifteen

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A semana passou bem rápido. Eu e Alec estudávamos todos os dias depois da aula, fato que nos ajudou a desenvolver uma boa amizade, apesar do pouco tempo em que nos conhecemos. Eu também já havia pegado bem a matéria de história, fato que me deixou bem mais confiante, e Alec me ajudou a fazer o trabalho que eu deveria entregar, o qual eu entreguei na data certa dessa vez.

Na segunda feira, dia que a prova seria aplicada, encontrei Alec na casa da árvore na hora do intervalo, algo que ele havia me pedido na sexta-feira, e ele me disse pra manter a calma e que tudo ficaria bem, logo em seguida me abraçando, ato que eu retribui com gosto. E para dar uma relaxada, contei a ele sobre a carta de mamãe e a balada, e ele me disse que aos poucos e com calma tudo ficaria bem e quando eu menos esperasse eu já estaria bem novamente. Suas palavras me ajudaram extremamente e me deram uma espécie de conforto.

Enquanto estava fazendo a prova, lembrei do que Alec me disse, respirei fundo e fiz cada questão com calma. O professor iria corrigir todas e nos entregar no mesmo dia.
Após entregar minha prova, sentei-me novamente aguardando ele me chamar, e quando ele o fez, levantei- me ansiosa.

- Parabéns Sarah! Estou orgulhoso.
Peguei a prova e li o 9,5 que eu havia recebido, instantaneamente sorri com uma vontade de gritar, mas não o fiz por conta dos alunos que ainda faziam a prova.
Sai da sala indo em direção à casa da árvore, onde Alec disse que me esperaria caso ele já estivesse terminado a prova, mas caso ele não tivesse terminado, pediu que eu o esperasse.
Ao chegar lá, o encontrei sentado olhando pro nada. Ao notar minha presença ele levantou e me olhou curioso.
Em meu rosto eu não expressava nenhuma emoção, queria deixá-lo curioso.
- Eai? - ele perguntou irradiando curiosidade.
Joguei minha mochila no chão e andei devagar até ele, entreguei a prova a ele. Ele por sua vez analisou lentamente a prova sem demonstrar nenhuma expressão e logo me olhou. Abri um sorriso e ele também.
- AAAAAAAAH - gritei pulando em seu colo de felicidade.
Ele me abraçou forte e me girou no ar logo me colocando no chão.
- Eu sabia que você ia passar!!! - ele disse muito feliz - Temos que comemorar isso! Me encontra na entrada da floresta hoje meia-noite.
- Meia-noite?! Não vai me sequestrar, vai? - eu disse rindo.
- Confia em mim? - ele sorriu.
Já disse que eu amava o sorriso dele? Ele meio que me deixava sem ar.
- Confio... - sorri e mordi meu lábio inferior - Eu... queria te agradecer... eu nunca teria passado sem sua ajuda.
- Ah Sah! Corta essa! Você é muito inteligente!
- Eu sou um fracasso em história Alec! - eu ri.
- Não é isso que essa nota me diz.
- Essa nota é mais sua do que minha.
- Essa nota é nossa Sah! - ele pegou minha mão - Não teria conseguido se não tivesse se esforçado.
Sorri de lado sem palavras.
- Obrigada.. - disse ouvindo o último sinal, que denunciava o fim do dia letivo - Melhor eu ir pra casa...
- Não esquece hein! Hoje meia-noite - ele soltou minha mão.
- Não vou esquecer. Obrigada mais uma vez - eu disse logo em seguida beijando sua bochecha - Até - sorri indo em direção as escadas.
- Vem agasalhada!
- Tá - eu ri e fui pra casa.

- Que sorriso bobo é esse,hein? - vovó brincou assim que eu entrei em casa.
- Que sorriso, vó?
- Esse aí ué - ela riu - O que aconteceu querida?
- Hmmm... - disse remexendo na minha bolsa, logo em seguida entregando a prova pra vovó - aqui.
Vovó pegou a prova e leu atentamente.
- Que ótimo, querida! Parabéns - ela me abraçou.
- Obrigada vovó - eu ri.
- Você se dedicou mesmo em...
- Eu não teria conseguido sozinha.
- Quem te ajudou? A Kate?
- Não... - sorri de lado - Foi o Alec... um amigo meu. Falando nele, hoje eu vou sair com ele... posso?
- Claro que pode querida, mas me diz uma coisa... vocês estão namorando? - ela sorriu.
- Não vovó - eu ri - Ele é só meu amigo.
- Ah ... - ela fez uma cara de desapontada.
Eu ri e beijei sua bochecha, logo em seguida indo pro meu quarto.
Vocês já devem ter notado que meu avô mal fala comigo... bem, eu acho que ele não gosta muito de mim. Deixe-me explicar.
O marido de vovó, no caso meu verdadeiro avô, morreu antes mesmo dos meus pais, o que fez com que vovó ficasse solteira. Anos depois ela encontrou esse homem é se casou com ele, ele nunca gostou muito da minha família, tanto que fez de tudo para que eu não morasse com vovó após o acidente de meus pais, apesar de eu ter apenas 7 anos na época... mas mesmo assim vovó não abriu mão de minha guarda e escolheu ficar comigo.
Mas enfim, eu precisava me preparar para encontrar Coruja... admito que não perdi o hábito de às vezes chamá-lo assim, e por mais incrível que pareça, ele gostava quando eu o chamava assim, fato que eu achava engraçado.
Após tomar um longo banho, notei que ainda era 3h da tarde, então decidi ligar para Kate.

- Kate?
- Fala comigo - ela disse do outro lado da linha e eu sorri instantaneamente.
- Já disse que eu adoro quando você fala isso? É tão fofo!! O seu sotaque é muito fofo.
- Eu não tenho sotaque, Sah!  - Ela disse, imagino que revirando os olhos.
- Tá bom então, senhorita não-tenho-sotaque. Tá afim de tomar açaí?
- Achei que não ia me convidar pra fazer nada! To quase morrendo de tédio aqui - ela riu.
- Me encontra no parque! - eu ri.

Quando cheguei no parque, vi muitas crianças brincando. Encontrei Kate já  me esperando encostada em uma árvore. Fomos até a barraca e compramos o Açaí, logo após nos sentando na grama.
- Novidades? - ela perguntou.
- Passei na prova, e provavelmente não vou reprovar - eu disse sorrindo.
- Que ótimo! Parece que o Alec tá te ajudando mesmo, hein! - ela disse sorrindo maliciosamente.
- Haha - disse revirando os olhos.
- Falando nele, como vai vocês?
- Ele disse que tem uma surpresa pra mim hoje... Pediu pra eu encontrar ele na frente da floresta 00:00.
- Opa... - ela sorriu maliciosa.
- Cala a boca - eu disse rindo - e você? Tem novidades?
- Digamos que sim... - ela sorriu maliciosa.
- Conta!
- Sabe aquela festa de sábado que eu te chamei e você não quis ir?
- Hm? Que que tem?
- Eu fiquei com o Tyler!
- Meu Deus! - eu disse rindo - Sabia que aquela simpatia toda não era atoa.
Notei quando ela fixou seu olhar em um ponto atrás de mim e engoliu em seco, segui seu olhar lentamente e notei quem se encontrava atrás de mim.

The Last StepOnde histórias criam vida. Descubra agora