O beijo

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No dia seguinte havia um climão entre eles, passaram as primeiras aulas se olhando, disfarçadamente.

- Oi meninos.- falou Dani no intervalo.

- E ai, Dani?- respondeu João.

- Dani quer jogar truco?- chamou Bruno.

Rafa evitava olhar pra ela.

Dani sentou- se no chão. Formaram as duplas tirando no reis, João e Bruno e Dani e Rafa.

João embaralhou as cartas, distribuiu- as e começou o jogo.

Dani olhou para Rafa esperando algum sinal de quais cartas ele tinha, mas ele sequer levantou a cabeça.

- Caracas, vocês vão perder de zero.- comentou Bruno, depois de um tempo.

- Se o Rafael desse sinal ficaria mais fácil.- respondeu Dani.

- Aí Bruno fala pra ela que é jogar.

- Tá escrito pombo correio na minha testa? Fala aí você e quer saber me dá meu baralho aqui que vocês estão de comédia.

Bruno e João sairam.

- Você podia dizer que não queria jogar, eu tinha achado outro parceiro.

- Claro que tinha. É fácil pra você.

- Isso é sério? Escuta aqui Rafael, pra você também não é nada difícil arrumar um par.

- E por quê você fica tão incomodada?

- Eu? Eu não meu bem, me incomodo com o aquecimento global e não com quem você troca baba.

- Você é toda cheia de gracinha né?

Dani ia responder mas de repente estavam tão próximos, que era possível sentirem a respiração um do outro. Os olhos se desafiavam mutuamente e as bocas se uniram.

Dani a princípio não correspondeu ao beijo, mas aquela boca macia de Rafa era irresistível...

Ela sabia beijar, é claro, o que não sabia, era que sabia beijar daquele jeito. Um beijo gostoso, num ritmo gostoso, onde os dois sentiram as tais borboletas no estômago. Sim, finalmente as borboletas!

Rafa separou- se um pouquinho, Dani não queria abrir os olhos. Ele beijou sua testa e também fechou os olhos.

E ficaram ali, e ficaram assim e... ficaram.

Faz Parar...Onde histórias criam vida. Descubra agora