Rafa não conseguia esquecer de Arnaldo estirado naquela cama com o lençol cheio de sangue, ouvira que alguém resolvera fazer justiça com as próprias mãos quando foi divulgado por um site a notícia que o resultado de DNA tinha dado negativo para as amostras colhidas em Carol e as dele.
Mas então soubera que a mãe havia pego a irmã do abrigo, alegando saudades e implorando para ver Carol, comoveu a psicóloga que permitiu que ela ficasse um pouco com a filha no pátio, em um descuido, Iara fugiu com a criança.
- Não sei se devemos contar pro Rafa...-ouviu Bruno falar.
Abriu os olhos e o encarou.
- Contar o quê?
- Viu Bruno? Falei pra você não ficar comentando, repreendeu-o João.
- Contar o quê?- insistiu Rafa.
Os dois trocaram olhares.
- Diz logo cara.
- Rafa... sua mãe fugiu com a Carol.- falou Bruno.
- Disso eu já sabia.
- E ela está foragida.
- Bruno, fala de uma vez cara.- disse João.
- Véio, o seu exame deu negativo e o do Arnaldo também.
- Como assim? Se não foi ele, então quem foi? De quem era o esperma colhido na minha irmã?
- Ninguém disse que era esperma, falaram fluidos, acontece que o advogado estava conversando com a minha mãe e eu ouvi que na verdade o material colhido foi comparado à uma amostra de hidratante...
Rafa arregalou os olhos e engoliu em seco.
- Cara, a sua mãe usava o mesmo hidratante...- Bruno olhou para João procurando auxilio.
- Rafa a gente sente muito.- completou João.
Rafa sentiu o estômago embrulhar e tudo o conseguiu fazer foi virar para o lado e vomitar.
Bruno chamou uma enfermeira que pediu que saíssem do quarto e com ajuda de uma colega, socorreu Rafa.
Aquela tarde ele passou sob efeito de calmante, Bruno e João que tinham conseguido permissão para ficarem no quarto graças ao pedido da mãe de Bruno, tiveram que ir embora e só podiam vê-lo na hora da visita.
Era duas horas de um sábado, fazia uma semana que Dani estava internada e Rafa, que já estava de alta fora visitá-la.
- Eu sei que você pode me ouvir, minha borboleta.- Falou ele ao seu ouvido, enquanto acariciava seus cabelos.- Então volta pra mim, meu jardim pode não ser o mais perfeito ou mais bonito mas é tudo o que tenho pra te oferecer... Eu sei que é pouco, que você merece o paraíso, merece alguém capaz de te fazer sorrir e que eu te dei motivos para chorar, mas te amo com todas as possibilidades que trago em mim, a possibilidade de te fazer feliz, de te fazer chorar, de viver ao seu lado.
Respirando fundo, ele cantou ao ouvido dela:
- Há uma porta que um de nós vai ter que abrir/ Há um beijo que ninguém vai impedir/ quando homem e mulher se deixam levar é fácil viver mais...- uma lágrima rolou pela face dele.
Rafa depositou um beijo nos lábios sem cor de Dani e saiu.
- Rafa fizemos mais cartazes e espalhamos pela cidade, o pessoal da escola está levando pros bairros e em todas as redes sociais.- avisou Bruno.
- O pessoal da feira também espalhou em todas as barracas.- completou João.
- Valeu mesmo, eu não sei o que faria sem vocês.- os três se abraçaram.
- Beleza, agora bora lá enviar mais fotos pros grupos de watsapp.- chamou Bruno.
Iara era procurada pela polícia, além de ser acusada de abusar da filha e sequestrá-la, era suspeita de assinar o companheiro, ela tinha posto calmante na bebida dele e o assassinado enquanto dormia.
Mike os levava para uma cidade vizinha onde haviam dito que viram Carol.
Vanessa chegou para visitar a filha na UTI e a encontrou acordada.
- Sonhei que o Rafa me beijava mãe.
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Faz Parar...
Teen FictionQuando se é criança tudo parece possível, voar como os super-heróis, respirar embaixo d'água como os peixes, ter um dinossauro verde e até pedir para a mãe acabar com a pior de suas dores com um simples:"-Faz Parar..." Então heis que surge a adolesc...