A prática leva a perfeição.

53 23 33
                                    

Com a cabeça sobre o peito de Rafa, Dani recuperava o fôlego e aos poucos a respiração de ambos ia  voltando ao normal.

- Tudo bem?- perguntou Rafa após alguns minutos,  beijando seus cabelos.

- Acho que sim.- respondeu ela.

- Acha? Você se arrependeu?

- Não...é que agora me deu vergonha...

Rafa sorriu, acariciou os cabelos dela e sussurrou ao seu ouvido:

- Eu te amo.

Dani o abraçou, beijaram- se e logo o beijo foi se intensificando, ao toque das mãos dele em seu corpo, Dani arrepiou- se...

- Você quer? De novo?- perguntou ele entre um beijo e outro.

- Eu quero, afinal a prática leva a perfeição.

Rafa riu e a abraçou forte, colando seu corpo ao dela e fazendo- a estremecer em seus braços...

******

- Seu cabelo está quase seco.- comentou Rafa enquanto preparava um sanduiche na cozinha cerca de duas horas depois.

- Pelo menos nisso é uma vantagem ter cabelos curtos.- respondeu ela, mordendo seu sanduiche.

- E então? Foi bom pra você?

Dani sentiu a face queimar e quase engasgou.

- Você não precisa ter vergonha de mim.

- Eu não tenho, Rafa. Tá eu tenho um pouco, sim. Mas vou me acostumar...

Rafa riu e beijou- lhe a testa.

- Voltando a sua pergunta, foi bom sim.

- É uma pena que você tenha que ir embora.

- Vamos dar um jeito de nos encontrarmos.

- Claro que vamos.

Por volta das quatro da manhã,Mike veio buscá- la e Dani chorou ao se despedir de Rafa. Voltaram à escola e ela entrou com um vaso de lírios brancos que depositou em frente a foto de Yurico.

A mãe de João chegou vinte minutos depois para levá- los para casa.

Vanessa a esperava na sala e abraçou a filha ao notar os olhos vermelhos dela.

Dani deitou- se e foi tomada por um misto de felicidade e tristeza. Saber que Rafa a amava e desejava daquela maneira a confortava, porém  ter que ficar longe dele a esmagava.

Dormiu até tarde no domingo e na segunda- feira foi pra escola, mais uma vez não fez nada nas aulas.

Aguardava pela mãe no portão da escola, sob o olhar da inspetora, quando a prima se aproximou com as amigas.

- A filhinha do papai não pode ir embora de ônibus.- provocou Monica, as colegas riram.

- Vai que se perde.- falou uma garota.

- Também com essa cara de sonsa.- completou outra.

- Com toda certeza vai morrer virgem...- falou Monica.

Jeferson estacionou o carro e buzinou. Dani despediu- se da inspetora e ao passar pela prima falou:

- Virgem? Eu? Vai pensando.- piscou para a prima e foi até o carro.

Estranhou que o pai e a mãe fossem acompanhá- la a psicóloga, desde que descobriram sobre Rafa, apenas a mãe a levava e também trabalhava só pela manhã para ficar vigiando a filha a tarde.

Dani havia combinado com Rafa que João deixaria a carta atrás de um quadro que ficava no corredor do banheiro e que usariam os termos: borboleta e jardim no lugar de nomes.

Para sua surpresa foram os pais que entraram na sala da psicóloga e quando João chegou, puderam trocar as cartas tranquilamente.

Faz Parar...Onde histórias criam vida. Descubra agora